sexta-feira, 29 de agosto de 2025

CITAÇÕES

 
[Aharon Haliva, ex-chefe dos serviços de informações das IDF confirmou que] para a extrema-direita e o primeiro-ministro, “o Hamas é bom para Israel” porque “se toda a Palestina estiver destabilizada e enlouquecida, é impossível negociar” e “não haverá acordo”.

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O objetivo sempre foi tirar a Autoridade Palestiniana, que tinha estatuto internacional, da equação, para rebentar com todas as possíveis pontes de diálogo.

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É Israel que não reconhece o direito de existência a um Estado palestiniano e tem uma estratégia consistente e bem-sucedida para o impedir.

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O 7 de Outubro foi pretexto, não causa.

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Alimentar o Hamas, destruindo a legitimidade internacional da causa palestiniana e inviabilizando o diálogo.

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Disseminar uma cultura de desumanização dos palestinianos de modo a facilitar a sua expulsão ou extermínio.

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As coisas não ficarão por aqui até Israel colonizar praticamente todo o território a oeste do rio Jordão.

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Dentro do “muro de ferro” de Jabotinsky, líder terrorista de perfil fascista que inspira Netanyahu, não há lugar para a Palestina.

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Como Putin, Netanyahu sempre disse ao que vinha.

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Ao contrário do que pensam os antissemitas, nada há que predisponha para este crime uma nação construída como sonho de paz e de segurança para o povo mais perseguido da História.

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Mas a razão primeira para o genocídio dos palestinianos é tão antiga como a Humanidade: Israel faz o que faz porque pode. 

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Se Netanyahu foi bem-sucedido na limpeza de Gaza, as coisas não pararão por aqui.

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[Netanyahu continuará] numa bebedeira amoral de poder ilimitado que tanto desumaniza a vítima como o agressor.

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[Crimes contra a Humanidade aconteceram] porque pessoas banais, cúmplices ativas ou passivas do crime, se convenceram de que o seu futuro dependia da ausência de futuro do outro.

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Israel tem menos população do que Portugal, menos território do que o Alentejo e um PIB inferior ao da Bélgica. Nunca iria tão longe sem a cumplicidade das nossas nações.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A dimensão humana do primeiro-ministro não resiste ao choque com a realidade após a noção, cair de ficha, de que o fogo queimou bem mais do que floresta. 

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Há um certo heroísmo na certeza de que se deve fazer o que se quer e o que se entende, mesmo quando a percepção indicaria que a Festa do Pontal jamais se poderia ter realizado naqueles termos.

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Mas o arrependimento na sua imagem pública surgiu mais rápido que um Fórmula 1 no Algarve e vai queimar em lume brando, atiçado pelo rescaldo da oposição.

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Enquanto a situação dramática dos fogos florestais se mantiver (…) nenhum primeiro-ministro pode gozar férias no Verão. 

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Também é verdade que [qualquer governante] não pode primar pela ausência e ou pela falta de recato, sobretudo quando uma das grandes catástrofes nacionais se anuncia e se cumpre, quase todos os anos, como uma fatalidade.

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Quando o mal arde para se ver, a contagem de espingardas vem sempre com o cheiro a napalm.

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No momento em que os incêndios se apagam, é o maior condutor de fogo que existe. 

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É preciso coragem e antecipação. E essa coragem passa por encarar a propriedade florestal como uma obrigação do Estado.

Miguel Guedes, JN

 

Enquanto o presidente [da Argentina] se apoia em delírios místicos e latidos imaginários, a economia nacional segue no caos: inflação que corrói salários, pobreza crescente e uma dívida que ninguém sabe como pagar.

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A corrupção é o velho cão de guarda que nunca abandona a política argentina.

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Décadas de governos de todos os espectros prometeram mudanças, mas o sistema de favores, clientelismo e esquemas escusos segue firme.

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Fuga de capitais, falta de investimento produtivo e uma sociedade cada vez mais descrente.

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O governo de Javier Milei, que prometia ser a antítese da "casta política” e da corrupção associada ao kirchnerismo, enfrenta agora seu próprio terremoto ético.

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O vazamento de áudios do ex-titular da Agência Nacional de Deficiência, Diego Spagnuolo, expôs uma suposta rede de cobrança de propinas para a compra estatal de medicamentos.

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Não é o primeiro escândalo a abalar o discurso anticasta de Milei, nem a primeira vez que ele demora a se pronunciar.

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O episódio, que já levou à abertura de investigações judiciais e a operações de busca, foi inicialmente silenciado pela Casa Rosada por cinco dias.

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Ao invés de responder às acusações de corrupção, o presidente transforma o episódio em mais um capítulo da batalha contra os inimigos internos.

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O escândalo estoura em um momento delicado para o governo argentino: duas semanas antes das eleições provinciais em Buenos Aires e a menos de dois meses do pleito legislativo nacional.

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Enquanto o presidente se diverte em batalhas ideológicas e provocações midiáticas e a oposição se perde em disputas internas, a população vive o dilema de como colocar comida na mesa.

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A inflação não late, mas morde — e morde forte.

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Sem [qualquer presidente] enfrentar a corrupção estrutural, nenhum plano econômico — seja liberal, seja keynesiano ou espiritual — vai funcionar.

Marina Pereira Guimarães, “Público” (sem link)


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