terça-feira, 14 de outubro de 2025

É UMA TRAIÇÃO DO PS VIABILIZAR UM ORÇAMENTO QUE NÃO SIRVA OS INTERESSES DA MAIORIA

 

A lição que Pedro Nuno Santos nos deixa é ácida, mas necessária: a verdadeira Esquerda não pode, em momento algum, viabilizar ou permitir um Orçamento que não sirva os interesses da maioria.

 

Verticalidade à Esquerda: O Espelho da Traição no PS

A suspensão do mandato de Pedro Nuno Santos não é uma manobra, é um murro na mesa e um raríssimo ato de verticalidade política num sistema onde a coerência morreu.

Este gesto tem de ser lido como um protesto público contra a atual direção do PS. Quando um líder com o seu peso ideológico rompe com a disciplina partidária antes de uma votação de Orçamento, está a dizer, de forma inequívoca: esta abstenção é uma traição aos princípios de esquerda e uma cumplicidade inadmissível com as políticas da direita.

A abstenção na votação de um Orçamento que inevitavelmente irá prejudicar os trabalhadores e os serviços públicos não é "sentido de Estado"; é vazio ideológico. É a prova de que a cúpula do PS, mais uma vez, trocou a luta pelos mais vulneráveis pelo conforto da gestão do sistema e pela conveniência tática.

A lição que Pedro Nuno Santos nos deixa é ácida, mas necessária: a verdadeira Esquerda não pode, em momento algum, viabilizar ou permitir um Orçamento que não sirva os interesses da maioria. A grandeza na política hoje mede-se pela coragem de romper com o próprio partido quando este se afasta dos seus compromissos sociais. Que este ato de princípio sirva de sismo para quem insiste em enterrar a social-democracia nos jogos de bastidores.

✍️João d'Oliveira dixi


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