sábado, 4 de outubro de 2025

MAIS CITAÇÕES (353)

 
A CGTP-IN - completou, no passado dia 1, 55 anos de vida. 

(…)

A sua agenda acabou por municiar as decisões dos governos provisórios, contribuindo para que a Constituição da República inscrevesse os direitos do trabalho como direitos fundamentais. 

(…)

Desde 1976, deu um extraordinário contributo na construção e defesa dos pilares fundamentais da democracia. 

(…)

O lugar e o valor do trabalho para a vida das pessoas, o funcionamento da economia e da sociedade continuam centrais. 

(…)

As novas formas de organização e de prestação de trabalho não lhe retiram centralidade.

(…)

A aversão dos neoliberais a estes princípios tem séculos. Hoje, tentam dar-lhe roupagens novas com manipulações semânticas. 

(…)

A negociação coletiva é atacada, por ser eficaz instrumento que faz crescer os salários, que combate as desigualdades e injustiças e equilibra a distribuição da riqueza. 

(…)

Lutar contra o Pacote Laboral é dar combate à pobreza.

(…)

A afirmação da unidade interna e da unidade na ação com outras forças talvez seja campo onde se impõem melhorias. 

(…)

É execrável a pretensão neoliberal (e fascista) de amputar direitos de cidadania a quem trabalha, em nome da produtividade, da competitividade ou do investimento belicista. 

Carvalho da Silva, JN

 

O uso da classificação de “conservador” é nos dias de hoje, na maioria dos casos, abusiva.

(…)

Nos EUA muitos órgãos de comunicação o classificaram [ Charles Kirk, que morreu assassinado recentemente] de extrema-direita.

(…)

As ideias de Kirk (…) aquilo que o une a Musk e a Trump numa visão cruel do Estado e da sociedade [nada têm de conservador]

(…)

Essa classificação de “conservador”, pouco comum na actual política portuguesa, entrou por imitação das notícias sobre Kirk.

(…)

Como muita coisa que por aí circula, é falsa — a classificação de extrema-direita é mais rigorosa, embora tenda a esconder o que é novo nessa zona política.

(…)

Há no conservadorismo um módico de costumes, uma recusa da má educação, dos insultos nas redes sociais, das caretas e gestos dos deputados do Chega no Parlamento.

(…)

Mas o pensamento conservador, a linguagem, a postura, são completamente distintos desta boçalidade e do programa que ela transporta.

(…)

Basta comparar um genuíno conservador (…)  com o seu anti-intelectualismo e ignorância agressiva, o uso sistemático da mentira e do exagero como discursos principais.

(…)

Percebe-se a distância da extrema-direita impulsionada pelo populismo dessa trilogia.

(…)

Os nossos homens e mulheres de extrema-direita pouco têm a ver com Deus se o personificarmos na Igreja Católica, onde a maioria se proclama crente.

(…)

Uma das coisas que afastavam o ditador conservador que era Salazar do nazismo (…) era o paganismo dos nazis, o culto da violência rácica presente na negação do “outro”, base do racismo e do discurso contra os imigrantes.

(…)

A Igreja de hoje em sociedades como as europeias é uma força de moderação e uma reserva de “empatia” para os mais fracos, como são os pobres e os perseguidos.

(…)

Quanto à Pátria, uma coisa é ser patriota, outra ser nacionalista e xenófobo. A história portuguesa não tem H grande como todas as histórias de qualquer país.

(…)

Aceitar a história como ela foi (…) pode ser um factor de moderação.

(…)

Quanto à Família, esse “valor conservador”, então é que não tem de todo qualquer sentido. 

(…)

Muito do machismo masculino oculta a sua homossexualidade, praticada ou latente.

(…)

E chamar-lhes conservadores [e muita gente da direita radical e da extrema-direita] é dar-lhes uma caução de moderação que não só não têm como é um dos seus alvos principais.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

As loas e os chefes deverão ter nascido na mesma altura.

(…)

Soberanos que gostam de ser bajulados e suseranos que adoram bajular são tão antigos como o poder.

(…)

Ditadores e autocratas elevam a necessidade de ser louvados ao nível do decreto.

(…)

Há quem se disponha a cumprir o papel de adulador, seja por necessidade, por ambição, cobardia ou mesmo por convicção.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Não perdeu tempo. Durante mais de 56 minutos [Trump] atacou a ONU.

(…)

Discursou como se dirigisse a uma assembleia de acionistas. O direito internacional não faz parte da sua formação.

(…)

O rei dos autoelogios deixaria Narciso a chorar de vergonha por não ser capaz de semelhante feito.

(…)

O paraíso está nos EUA desde que tomou posse. Faz milagres.

(…)

Infelizmente continua a haver mais cadeias que universidades e a esperança de vida diminui.

(…)

Em 2024 houve 21.500 homicídios, 77% com armas de fogo.

(…)

Expulsou e mandou prender dezenas de milhar de imigrantes associando-os à alta criminalidade.

(…)

Agradeceu a El Salvador o papel de Herodes.

(…)

Invocou o nome de Deus em vão para justificar o ódio a todos os que não são evangélicos.

(…)

O Cristo de que fala deve ser o redentor das criptomoedas e das bolsas de valores mobiliários.

(…)

Tem as melhores armas do mundo.

(…)

Lançou um violento ataque à energia verde.

(…)

Em relação a Gaza reafirmou o seu papel de apoio a Israel e não se distanciou um milímetro da política de Netanyahu.

(…)

E o conflito da Ucrânia de uma potência fraca que nunca aconteceria com ele ou com que ele acabaria em 24 horas afinal é para continuar.

(…)

Tudo se passou na ONU, para a qual os EUA deram um importante contributo após a Segunda Guerra Mundial, como instância chamada a resolver conflitos por via pacífica.

(…)

Afinal o novo Luís XIV das Américas quer substituir a ONU por ele próprio.

(…)

O que vale é que ele vai impedir que as mulheres grávidas tomem paracetemol.

Domingos Lopes, “Público” (sem link)


Sem comentários:

Enviar um comentário