Lígia Morais, “Público”
quinta-feira, 17 de outubro de 2024
FRASE DO DIA (2330)
GARANTIR JUSTIÇA PARA PENSIONISTAS
O Bloco de Esquerda apresentou hoje um Projeto de Lei que propõe alterar o
regime de atualização anual das pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de
Aposentações, eliminando a regra que impede a atualização no primeiro ano após
a atribuição da pensão.
Atualmente, a lei só permite o aumento a partir do segundo ano, o que afeta
negativamente os pensionistas. O objetivo é garantir que todas as pensões sejam
atualizadas anualmente, sem exceções, corrigindo injustiças que perduram desde
2007. José Soeiro
NÃO É POSSÍVEL QUE O MUNDO CONTINUE A FICAR INDIFERENTE PERANTE OS CRIMES ATROZES QUE ISRAEL ESTÁ A COMETER EM GAZA
O mundo não pode ficar apenas a assistir enquanto Israel recorre ao cerco,
à fome e a crimes atrozes para deslocar pessoas civis à força e destruir vidas civis em Gaza.
Passaram 9 meses desde que o Tribunal Internacional de Justiça alertou para
o risco de genocídio em Gaza ser real, mas as autoridades israelitas continuam
a violar as medidas provisórias ordenadas pelo tribunal.
Os líderes mundiais devem exigir um cessar-fogo imediato por todas as
partes, para pôr fim ao sofrimento dos civis a que temos assistido no último
ano.
Assine a petição em www.amnistia.pt/peticao
HÁ PROFESSORES EM PORTUGAL QUE PAGAM PARA TRABALHAR
Há professores em Portugal que pagam para
trabalhar, atravessam o país para dar aulas e para que toda gente tenha acesso
à educação. O governo criou um regime injusto de apoio aos professores
deslocados que deve ser corrigido e melhorado. Hoje estivemos com eles na luta.
Mariana Mortágua
quarta-feira, 16 de outubro de 2024
CITAÇÕES À QUARTA (125)
(…)
[Lembro-me] como os partidos do centrão recebiam os seus
apoios e lhe retribuíam.
(…)
Se Ricardo
Salgado era Dono Disto Tudo, era dono de muitos dos que agora lhe têm nojo. Sabiam o que a casa gastava.
(…)
[Ricardo Salgado acabou] na desgraça porque o esquema montado
pelo novo capitalismo financeiro ruiu.
(…)
Não foi a distração das entidades reguladoras que levou ao
colapso global. Foi a sua cumplicidade, dos bancos centrais às agências de
notação.
(…)
Ainda hoje, causa maior preocupação um governador vindo da
política do que da banca.
(…)
[O BES estava em
roda livre porque] o Banco Portugal fechou os olhos e os ouvidos a todos os
avisos, porque entre cavalheiros do mesmo ofício não há
desconfianças.
(…)
Nesta década, ninguém pediu explicações a Cavaco Silva, um
Presidente da República que se atravessou pela credibilidade do BES quando tudo
já era evidente.
(…)
Nem a Maria Luís Albuquerque, a ministra responsável pela
ruinosa resolução do banco, que até foi premiada com um lugar em Bruxelas.
(…)
Um julgamento que começa uma década depois
das investigações serem públicas dificilmente pode estar no seu tempo.
(…)
O principal protagonista perdeu a
capacidade de se defender dos crimes que terá cometido.
(…)
Agora, far-se-á
história, não justiça.
(…)
Nunca gostei de bater em quem
já está no chão. Muito menos quando já nem pode defender-se.
(…)
A humilhação a que Ricardo
Salgado foi exposto ontem é o oposto de qualquer ideia de justiça.
(…)
Sabia o que fazia quando o
fez, não sabe o que fez agora.
(…)
A pena a que seja sujeito
servirá para quê?
(…)
Ricardo Salgado não está a ser
julgado porque, para o ser, teria de ter consciência do julgamento e dos seus
crimes.
(…)
Sem ele, sobra o espetáculo
indigno de uma justiça de um país civilizado.
Daniel
Oliveira, “Expresso” online
Hoje celebra-se o Dia Mundial da Alimentação,
este ano subordinado ao tema “O direito aos alimentos para uma vida e um futuro
melhores”.
(…)
A garantia do acesso universal a uma
alimentação equilibrada, segura e disponível deve constituir a salvaguarda de
um direito humano consagrado.
(…)
Fome,
desnutrição e insegurança alimentar que contrasta com abundância e desperdício
alimentar nos cenários extremos e opostos.
(…)
O Dia Mundial da Alimentação foi instituído há
45 anos, por iniciativa da FAO (Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura) e celebra-se desde 1981.
(…)
É precisamente
neste contexto que a nutrição – e o nutricionista – se assume enquanto pilar
dos vários processos envolvidos.
(…)
Aos nutricionistas cabe a tarefa de educar a
população, capacitando-a com estratégias e conhecimentos de literacia em saúde,
incentivando a melhores escolhas alimentares.
(…)
[É verdade que] quando
o excesso de oferta alimentar é uma realidade, isso não é sinónimo de população
saudável e informada.
(…)
[Em Portugal,
apenas um quarto da população segue os princípios da dieta mediterrânica
o] que se reflete nos índices crescentes de obesidade, com destaque para a
obesidade infantil.
(…)
Neste momento,
os hábitos alimentares inadequados são o terceiro fator de risco de mortalidade.
(…)
O nutricionista
orienta sobre as escolhas alimentares mais saudáveis e combinações equilibradas
e acessíveis de alimentos.
(…)
Os nutricionistas têm um papel imprescindível
no desenvolvimento de políticas públicas de saúde, garantindo o direito à
alimentação como condição para uma população mais informada e saudável.
(…)
Devem também ter
uma palavra decisiva na alocação de ajudas financeiras para a produção de
alimentos saudáveis e locais.
(…)
Os
nutricionistas devem ser os profissionais-pivot na promoção de hábitos
alimentares sustentáveis,
(…)
Neste Dia
Mundial da Alimentação não ficam nunca esquecidas as populações cujo acesso a
alimentos é limitado.
(…)
Também nas situações de emergência, como as
guerras a que assistimos na atualidade, estes profissionais de saúde ajudam na
procura de soluções para a garantir o acesso seguro à alimentação.
(…)
No que se refere à produção alimentar, os
nutricionistas podem ter uma ação de colaboração direta com agricultores,
produtores e outros profissionais na promoção de práticas de produção alimentar
sustentáveis.
(…)
Os nutricionistas podem ser agentes de
transformação em várias áreas estruturantes quando o tema é o acesso a
alimentos e a disponibilidade alimentar.
(…)
O Dia Mundial da Alimentação é também o dia
daqueles que diariamente nela depositam os seus esforços, o seu conhecimento, a
sua dedicação.
Liliana Sousa, “Público”
(sem link)
Uma das técnicas
[para ocultar a essência das coisas tal como elas são] é reduzir a
complexidade da realidade e reduzi-la quase infantilmente aos bons e aos maus.
Os bons são os nossos. Os outros os maus.
(…)
O que se está a passar no Médio Oriente é
paradigmático. O mundo ocidental abraçou a causa de Israel que designa como
sendo a nossa.
(…)
A Resolução 1514 da ONU reconhece a todos os
povos o direito à independência e condena as ações repressivas contra a
liberdade dos povos subjugados e ocupados.
(…)
O direito internacional reconhece aos
palestinianos o direito à autodeterminação nos territórios ocupados por Israel,
designadamente a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Leste, de acordo com
a Resolução 242 da ONU.
(…)
Há décadas que
sucessivos governos israelitas oprimem e reprimem violentamente os direitos
nacionais palestinianos.
(…)
Em Gaza, desde 7 de outubro de 2023 os
bombardeamentos contra a população indefesa superam as noventa mil toneladas de
bombas, três vezes o poder destrutivo das bombas atómicas sobre Hiroshima e
Nagasaki (cada uma tinha 15 KT de TNT).
(…)
Gaza foi
arrasada, inclusive hospitais, escolas e campos de tendas onde viviam dezenas
de milhares de palestinianos.
(…)
(…)
Para retaliar por 1500 mortos não se pode matar a sangue-frio
41.000 palestinianos e arrasar Gaza.
Na Palestina [o
Ocidente] considera os ataques ao ocupante israelita como sendo terroristas.
(…)
O nome desta
política [de Netanyahu] é o mais
cruel terrorismo – o terrorismo de Estado.
(…)
Até que Israel
ponha termo à ocupação dos territórios palestinianos e reconheça a
autodeterminação do povo palestiniano não haverá paz.
POR UMA POLÍTICA DE IMIGRAÇÃO CONSISTENTE
Uma política de imigração consistente trata de garantir:
1) que os serviços públicos são preparados e não ficam em sobrecarga.
Proteger quem vem e proteger quem cá está.
2) que as empresas que contratam imigrantes são co-responsáveis pelo seu
acolhimento e alojamento. Os gigantescos investimentos feitos a contar com mão
de obra imigrante têm de incluir condições de vida digna para quem trabalha.
Não se pode esperar nada de Ventura, que desfila por Lisboa na companhia de
neonazis cadastrados.
Mas é preocupante verificar a contaminação da direita pelo Chega e a opção
do governo por fechar a via de regularização e assim promover o trabalho
clandestino e a marginalização dos imigrantes. Mariana Mortágua
O GOVERNO INDICOU PARA A COMISSÃO EUROPEIA UMA REPRESENTANTE DA FINANÇA INTERNACIONAL
Maria Luís Albuquerque, a mesma ex-ministra que
jurava que o BES não teria impacto nas contas públicas enquanto assinava um
cheque de 3.9 mil milhões de dinheiro dos contribuintes. Mariana Mortágua
AO ASSISTIR IMPÁVIDO E SERENO AOS CRIMES COMETIDOS POR ISRAEL, PORTUGAL FICA DO LADO ERRADO DA HISTÓRIA
A União Europeia tem um acordo de associação com Israel, em vigor em 2000.
O artigo 2º do acordo obriga ao respeito pelos direitos humanos.
O mundo assiste aos crimes de Israel. Ao fim de um ano de genocídio em Gaza
e após a invasão e bombardeamentos no Líbano, com mais de 2 mil mortos em
poucos dias, governos europeus como o espanhol e o irlandês já exigiram a
suspensão deste acordo.
Questionado hoje por Mariana Mortágua
no Parlamento, Luís Montenegro recusou comprometer o governo português com o
lado da paz e do direito internacional.
Perante o genocídio, quem não escolhe os direitos humanos fica do lado
errado da história.
terça-feira, 15 de outubro de 2024
RICARDO SALGADO GOZOU DE IMPUNIDADE EM PORTUGAL E NÃO SÓ
A família Espírito Santo enriqueceu na Primeira
República à sombra de monopólios do Estado, fez parte do núcleo duro da ditadura e depois do 25 de abril teve mais de duas dezenas de governantes do PS e da direita na sua lista de pagamentos. O Bloco de Esquerda foi muitas vezes acusado de obsessão com o Ricardo Salgado. Mas o tempo mostrou a natureza do "dono disto tudo" e da economia em que se sustentou. Mariana Mortágua