quarta-feira, 2 de abril de 2025

CITAÇÕES À QUARTA (149)

 
Com mais de 8 mil ocorrências em poucas horas, este mês de março já bateu recordes: quatro depressões num só mês.

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E não é coincidência: é a crise climática a intensificar-se.

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As águas do Atlântico Norte têm estado persistentemente acima da média - chegando a três ou quatro graus a mais. E um oceano mais quente é combustível para tempestades mais fortes. 

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A crise climática está a manifestar-se de forma cada vez mais frequente e devastadora. Isto não é coincidência; é consequência.

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[Os Governos] com leis fracas que fingem abordar o tema, enquanto continuam a subsidiar as indústrias fósseis e emissores de carbono.

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Sabemos hoje que esse limite [do aumento da temperatura média global a 1.5ºC] foi oficialmente ultrapassado em 2024 [depois do acordo de Paris de há 10 anos]. 

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Cada cheia, cada incêndio, cada furacão, cada seca e cada onda de calor não são episódios isolados, mas facetas interligadas da mesma crise.

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Estes não são fenómenos separados - são sintomas de um sistema em colapso.

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Este ano, várias foram as vezes em que diversas estradas em Portugal foram bloqueadas, seja por incêndios devastadores ou por chuvas torrenciais.

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Lutar contra a crise climática é condenável, mas causá-la não? 

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Enquanto o mundo arde, inunda-se, derrete, pessoas afogam-se e morrem de sede, os “líderes” mundiais observam impassíveis.

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Mas uma coisa é certa: o custo de não travar a crise climática é infinitamente maior do que o custo de agir já.

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Sabemos que, com os planos políticos atuais, a tendência é para que fenómenos como este se tornem cada vez mais frequentes e graves.

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Apenas em 2024, a ONU registou mais de 150 catástrofes climáticas sem precedentes. Estes não são desastres naturais.

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A crise climática não é uma tragédia – é um crime.

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Está na hora de condenar os verdadeiros responsáveis: a indústria fóssil, e os governos que a sustentam. A solução é reduzir drasticamente as emissões e travar a crise climática.

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No dia 1 de Junho, é lá [no Aeroporto Humberto Delgado] que haverá uma assentada popular pela não expansão da aviação, pelo fim dos voos de curta distância onde poderiam existir comboios acessíveis e ecológicos.

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Agir aqui e agora, com coragem, determinação e solidariedade, é a única forma de travar o colapso iminente que estão a perpetuar.

Bianca Castro, “Expresso”

 

A série da Netflix Adolescence alertou as consciências para a existência de realidades que os (pré) adolescentes conhecem e os adultos não.

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A exposição das crianças ao mundo através dos seus telemóveis tem, infelizmente, levado ao confronto com indivíduos que, já eles próprios, foram socializados por outros “criadores de conteúdos”. 

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Atribui-se a responsabilidade pelas frustrações de cada um às feministas, aos transexuais, aos imigrantes.

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Inflama-se o rapaz, que é homem, que é “duro”, que não tem de aprender história e ciência na escola, mas sim ganhar dinheiro.

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A aprendizagem do que sejam os relacionamentos sexuais ser feita por via da pornografia e de adolescentes ou homens que odeiam as mulheres vai formar outros adolescentes à sua semelhança.

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Em Portugal, o debate público tem circundado a eliminação de conteúdos da disciplina de “Educação para a Cidadania”.

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Por força da recente Diretiva da UE relativa ao combate à violência contra as mulheres, [o Estado Português] tem a obrigação de fazer justamente o oposto.

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Os artigos 34.º e 35.º desta Diretiva impõem medidas preventivas desta violência.

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A discussão tem de visar, então, incrementar, a educação para a cidadania, e não o contrário.

Mariana Vilas Boas, “Expresso”

 

Desde 2023 que Portugal assinala o dia 31 de Março como Dia Nacional da Visibilidade Trans.

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O país mostra dar um passo importante naquele que é o reconhecimento da luta das pessoas trans e de todas as identidades não conformes com o binário sexo/género, feminino/masculino, macho/fêmea.

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Na verdade, nos últimos anos, temos assistido a um avanço significativo no que diz respeito aos direitos das pessoas trans.

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Em 2024, são proibidas as práticas de "conversão sexual" contra pessoas LGBTQ+.

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O acesso digno a cuidados de saúde mostra continuar a não ser uma realidade para grande parte destas pessoas [trans].

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O acesso à educação, justiça, trabalho e habitação dignas e seguras mostram estar ainda por assegurar.

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Assistimos à censura, exclusão e perseguição de pessoas trans nos EUA com base numa ideologia similar daquela que perseguiu e matou milhares de pessoas LGBTQ+ durante o regime de Hitler na Alemanha Nazi.

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Vivemos num tempo de autoritarismos que pretendem apagar a história, censurar e reprimir certas identidades.

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Também aqui, neste país pequeno e pacato, os direitos de pessoas LGBTQ+ estão longe de estar assegurados.

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Importa por isto unir forças e não deixar ninguém para trás.

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Importa hoje, mais do que nunca, defender a democracia, a liberdade de expressão e a protecção contra discursos de ódio e discriminação.

Daniel Alexandre dos Santos Morais, “Público” (sem link)

 

Enquanto as testemunhas da II Guerra Mundial se tornam anciãs e escassas, muitos jovens [alemães] enxergam nas pautas da extrema-direita a solução para a crise econômica no país.

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Hitler ascendeu ao poder pelo voto popular, quando o povo se sentia fragilizado e elegeu o que Freud chamaria de um “Pai forte”.

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[Freud] teve seus livros queimados pelos nazis e precisou se exilar na Inglaterra.

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Numa massa organizada, o sujeito se identifica com o líder de tal modo que o situa no lugar do seu próprio Ideal — de pensamento, de conduta, etc.

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É um processo humano, que aconteceu e acontecerá em outros contextos.

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Em troca da sua servidão voluntária, a massa ganha a fantasia de segurança, pertencimento e irmandade. São todos “filhos” do grande líder.

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Segundo Freud, tais projeções tendem a ocorrer em qualquer massa organizada em torno de um líder forte.

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Aliás, a crença na superioridade do “nós” em relação ao “eles” é a essência do supremacismo nazi.

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Nenhum de nós está livre do risco de cometer violências em nome de um Ideal que nos capture, inconscientemente, num momento de vulnerabilidade.

Fernanda Hamann, “Público” (sem link)


HÁ QUE TRAVAR TODO O INVESTIMENTO EM ARMAMENTO?

 

Via Joana Mortágua


MARISA MATIAS ENFRENTOU UM DEPUTADO DE EXTREMA-DIREITA

 

Quando um deputado da extrema-direita não sabe debater sem insultar, em particular as mulheres, é preciso enfrentá-lo. Foi o que fiz hoje. Marisa Matias


RASI: GOVERNO RETIROU CAPÍTULO SOBRE AMEAÇAS DA EXTREMA-DIREITA


Na passada segunda-feira, o Governo apresentou o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), com uma secção relativa a “Extremismos e Ameaças Híbridas”, que constava das páginas 35 a 39 do documento. Essa secção foi suprimida da versão entregue à Assembleia da República.

O Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre a razão para o desaparecimento do capítulo dedicado à extrema-direita e às ameaças que representa no documento que foi enviado aos deputados.


TAMBÉM HÁ BOAS NOTÍCIAS: PORTUGAL É O PRIMEIRO PAÍS A PROIBIR EXTRACÇÃO DE MINERAIS NO FUNDO DO MAR ATÉ 2050

 

É oficial: Portugal é o primeiro país a proibir extracção de minerais no fundo do mar até 2050

Veja aqui: https://www.publico.pt/2128018


MONTENEGRO RECEIA OS DEBATES MAIS COMPLICADOS

 

Montenegro foge dos debates mais complicados, faz conferências de imprensa sem perguntas, evita comissões de inquérito. Essa fuga permanente é um desrespeito perante os cidadãos. Quem quer ser primeiro-ministro, tem de dar a cara.

https://www.publico.pt/.../mortagua-so-debate-montenegro...

Via José Gusmão


“A EDUCAÇÃPO DEVERIA CRIAR PENSADORES NÃO PARTIDÁRIOS OBEDIENTES”

 

Via MAKAO


terça-feira, 1 de abril de 2025

FRASE DO DIA (2419)

 
Não é indiferente para quem trabalha que o novo ciclo político aconteça com uma esquerda diminuída ou, pelo contrário, que se paute pelo reforço de quem não hesita em defender as maiorias trabalhadoras contra a minoria oligárquica. 

Manuel Afonso, Esquerda.net


NOVO BANCO: A MENTIRA QUE NOS CUSTOU MAIS DE 8 MIL MILHÕES

 

No dia das mentiras, lembramo-nos de quando PS e PSD juraram que a falência do BES não custaria um cêntimo aos contribuintes. Essa mentira custou mais de 8 mil milhões de euros. Mariana Mortágua


O AEROPORTO DE LISBOA É A INFRAESTRUTURA QUE MAIS EMITE GASES DE EFEITO DE ESTUFA NO PAÍS

 




A crise climática intensifica-se e vai criando muito mais "incómodos" do que qualquer bloqueio de estradas protagonizados pelos ativistas que lutam contra a crise climática.

🔊A indignação tem que ser com os responsáveis pela crise climática: a indústria fóssil e os governos que a sustentam.

❤️‍🔥Dia 1 de Junho vamos levar a nossa indignação até ao Aeroporto de Lisboa, a infraestrutura que mais emite gases de efeito de estufa no país e alimenta o colapso climático.

Descobre mais sobre a assentada popular no aeroporto, vem às nossas assembleias e/ou preenche o formulário de participação. Toda a info no link na bio. Climáximo


QUEM QUER ALEGRIA NA VIDA OPÕE-SE A ESTA DEGRADAÇÃO EM QUE QUEREM TRANSFORMAR PORTUGAL

 

Ainda um fragmento da entrevista da semana passada no programa “Isto é gozar com quem trabalha”, com Ricardo Araújo Pereira. Francisco Louçã.

"ISRAEL MATA UMA CRIANÇA A CADA 10 MINUTOS"...

 

Via “Free Palestine”


PARTILHAR O CRIME É SER CRIMINOSO

 

Milhares de pessoas viram as imagens da violação e não denunciaram. Milhares continuam a partilhar as imagens, o que também é crime. A nova onda violenta e misógina nas redes sociais produz vitimas muito reais. No Linhas Vermelhas de ontem, na íntegra em podcast e no site e app da SIC Notícias.


"A FINLÂNDIA RECUSOU EXPORTAR OVOS PARA OS ESTADOS UNIDOS"

 

Via AK Production


segunda-feira, 31 de março de 2025

MARIANA MORTÁGUA CONVIDA

 

Se queres lutar pela liberdade, tenho um convite para ti. O Bloco abre a campanha a voluntários. Inscreve-te em participa.bloco.org