sexta-feira, 16 de maio de 2025

CITAÇÕES

 
“Não é não” sempre foi tático, como se percebeu pela rápida cedência na imigração e na segurança, que vai continuar.

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Não haverá mais estado de graça para Montenegro [caso a AD vença as eleições].

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Com a distância entre o seu quadro macroeconómico e os resultados do primeiro trimestre de 2025, acabou-se o governo de campanha.

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As circunstâncias políticas e económicas são mais relevantes para o posicionamento ideológico de um Governo do que as lideranças.

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[Com a “geringonça”], Os partidos mais à esquerda conseguiram, nos primeiros anos, um aumento histórico do salário mínimo, a redução das propinas e do passe social, mais apoios sociais e a racionalização dos contratos de associação com colégios.

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A Iniciativa Liberal passou o último ano em terra de ninguém, porque não era necessária.

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O entendimento é certo, se ela for necessária.

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Está em causa o programa socioeconómico, como estava na “geringonça”.

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As [propostas] da IL, tendo o apoio do poder económico e mediático, têm, apesar de serem ruinosas para o Estado, caminho para fazer.

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Com um primeiro-ministro sem grandes convicções, um Governo que dependa da IL será bem mais doutrinário do que este foi.

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A IL pode ter apagado a taxa plana de IRS dos seus programas, mas as políticas regressivas, dirigidas aos seus nichos sociais, estão lá todas.

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Durante anos, a direita não conseguiu avançar com o plafonamento, que deixaria a Segurança Social para os salários baixos, descapitalizando a sua fonte de receitas.

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Apetitoso para as seguradoras que, pela mão de Montenegro, conseguiram pôr Jorge Bravo a coordenar o grupo para reformar a Segurança Social.

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A substituição de um SNS por um Sistema Universal de Acesso, em que o Estado paga o serviço, seja público ou privado, será o derradeiro prego no caixão do serviço universal público.

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E os cortes ficais propostos pela IL correspondem a uma contração da receita ao nível da troika.

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A privatização do SNS, pondo fim à centralidade do público; a destruição da progressividade fiscal, acrescentando elementos que a vão tornando politicamente insustentável.

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A privatização da Segurança Social, oferecendo nacos aos fundos de pensões, não se legislam e fazem num dia.

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O que conta é o caminho para onde se segue. 

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Se a direita conseguir dois terços até poderá fazer a primeira revisão constitucional sem o PS.

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[A revisão constitucional, pode ser feita, na prática] no papel do Estado Social.

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Nestas eleições, está mais em jogo do que parece.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

No fascismo que se está a implementar a um ritmo impressionante nos Estados Unidos (…) o ataque da Administração Trump contra a independência da justiça é feito com esteróides em cocaína: de forma brutal e frenética.

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Inclinado o Supremo Tribunal de forma acentuada para o lado dos conservadores (…) Donald Trump carrega agora com todo o poder da máquina do Estado contra qualquer juiz e decisão judicial que se intrometa nos seus desígnios.

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A juíza Hannah Dugan, que em Abril foi presa pelo FBI em pleno tribunal de Milwaukee, no estado do Wisconsin, foi esta semana formalmente acusada de obstrução da justiça por alegadamente ter ajudado um imigrante.

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Helen Dugan, que em 2016 foi eleita para o cargo por larga margem, está habituada a superar dificuldades e a defender aqueles que estão “sub-representados no sistema judicial”.

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Pam Bondi, a procuradora-geral de Trump, considerou que a detenção da juíza enviava “uma mensagem muito forte” a quem protege pessoas “que estão ilegalmente no país”.

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Ao mesmo tempo que lança a polícia contra os juízes que tomam decisões que considera desfavoráveis, o Governo Trump tenta no Supremo impedir que a justiça se intrometa nas ordens executivas do Presidente.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

A questão do trabalho cruza-se com o da imigração e isso aumentará a pressão nas democracias ocidentais, quer porque continuarão a tentar chegar à Europa e aos Estados Unidos os desesperados do mundo, quer porque a extrema-direita seguirá explorando o tema em seu proveito.

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Poderá Leão XIV, parafraseando o poeta, ser a voz que resiste, a voz que diz não?

António Rodrigues, “Público” (sem link)


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