sábado, 17 de fevereiro de 2024

MAIS CITAÇÕES (270)

 
Como a aprovação do programa do Governo Açores será depois de 10 de março, não veremos o que todos sabemos: o Chega vai viabilizar o Governo de Bolieiro.

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E o recuo de Ventura, que começámos a ver nos Açores, já se sente no país.

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Saltando dos Açores para o continente, o PSD e o seu exército de comentadores exigem que o PS se comprometa a viabilizar um Governo do PSD se este ficar em primeiro.

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Montenegro não aceita trabalhar em cenários de derrota, mas exige que Pedro Nuno Santos o faça.

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[Pedro Nuno Santos] liderará a oposição em caso de derrota.

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Pelo contrário, Montenegro, que teve dois anos para preparar estas eleições e tem tudo a seu favor, já estava com os dias contados se perdesse as europeias. 

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Se não devolver o poder ao PSD depois de tantos anos de seca, irá borda fora.

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Ou Montenegro arranja uma forma de dar o dito por não dito e, mesmo perdendo, forma Governo com uma maioria de direita que conta com o Chega, ou demite-se.

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Se o PS ficar em primeiro e não tiver maioria de esquerda para governar, não está em posição igual à do PSD, que tem a possibilidade de fazer maioria com o Chega.

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É aqui que está o truque: a direita quer o melhor dos dois mundos.

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[O Chega] serve para impedir o PS de governar, se ganhar, e para impedir o PS de fazer oposição, se perder.

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No momento em que o PS dissesse que viabilizava um Governo do PSD, libertaria voto de direita para o Chega.

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E no momento em que o PSD dissesse que viabilizaria um Governo do PS os eleitores mais à direita votariam no Chega, para o impedir.

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Uma aliança informal entre PS e PSD retira ao segundo partido a liderança da oposição, entregando essa função ao Chega.

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É trabalhar para lhe dar 30% nas eleições seguintes.

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O que os dois blocos políticos têm de fazer é assumir que o Chega está fora das contas de todos.

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Se o Chega não conta, e o eleitorado do PSD não quer que conte, basta o PSD e o PS assumirem isso mesmo. Os eleitores ponderarão esse facto no momento do voto.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Rafah era o reduto supostamente seguro para onde os civis na Faixa de Gaza podiam fugir e refugiar-se da guerra, na sequência da violência bélica que se agravou nos últimos meses.

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Estas pessoas foram enganadas por todos os “senhores da guerra”, de todos os lados envolvidos.

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A Amnistia Internacional investigou e documentou quatro ataques a Rafah. 

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Três deles ocorreram de noite, o normal período de descanso.

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Os locais destes ataques foram visitados pela Amnistia Internacional. Todos se situavam em diferentes zonas residenciais de Rafah, onde não foi encontrado qualquer objetivo militar, nem alvos militares legítimos.

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Tratando-se de – aparentemente – ataques deliberados e indiscriminados contra civis e objetos civis, devem ser investigados como crimes de guerra.

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Pelo menos 95 pessoas – civis, sublinhe-se  perderam a vida. Destas, 42 eram crianças.

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Este tipo de ataques indiscriminados, que ferem e matam civis, são crimes de guerra.

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Famílias inteiras foram dizimadas e esta forma de fazer guerra tem sido um padrão que viola o direito internacional.

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Em Rafah, a população é hoje cinco vezes maior do que antes da guerra.

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Este cenário tem de reforçar os apelos sobre a urgência de um cessar-fogo, da ajuda humanitária

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É preciso um embargo às armas, à guerra, à violência. Será o lucro do armamento mais importante do que a paz?

Pedro A. Neto, “Público” (sem link)

 

As políticas de baixos salários tornam acidentada a vida de grande parte dos portugueses.

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Existem pronunciamentos (até do presidente da CIP em várias entrevistas) que convergem na constatação de que o valor médio dos salários de quem trabalha em Portugal devia estar entre 15% e 20% acima do seu valor atual.

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Entretanto, [no início do século, o PSD] foi cirúrgico nas alterações à legislação laboral para alavancar políticas de desvalorização salarial.

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Na atual campanha eleitoral, o PSD acompanhado de toda a Direita, recupera as propostas da CIP de falsos aumentos salariais.

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Toda a Direita - com mais requinte a Iniciativa Liberal - usa e abusa da demagogia que “o Estado é egoísta” e que chegou o momento de “o Estado fazer sacrifícios pelas pessoas”.

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Ora, Portugal necessita muito de investir na saúde, no ensino, nas forças de segurança, na proteção social. 

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Se o Estado substituir os patrões no pagamento de parte dos salários, ficam menos recursos para investir.

Carvalho da Silva, JN

 

[Segundo dados do INE] o número de pessoas com dois ou mais empregos atingiu no ano passado um recorde de mais de 251 mil portugueses.

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No ano passado existiram mais 16200 pessoas (um aumento de 7% face ao ano de 2022) que tiveram necessidade de encontrar uma fonte de rendimento adicional.

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A maioria dos profissionais que acumula dois empregos em 2023 tinha formação superior (141900), seguindo-se os detentores do ensino secundário (55800) e do básico (53300)

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Isto significa que é entre os licenciados que que existe uma maior percentagem de portugueses com duplo emprego.

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Outro lado preocupante é o aumento dos contratos precários (…) que aumentou pela primeira vez desde 2019 para 17,4%, mais 0,9 pontos percentuais que em 2022, o que demonstra o aumento da precariedade do emprego em Portugal.

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Ainda de acordo com o INE, no seu relatório de Novembro de 2023, a taxa de risco de pobreza em Portugal aumentou 17% em 2022.

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O aumento da pobreza, abrangeu todos os grupos etários, embora de forma mais significativa os menores de 18 anos.

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Por outro lado, a taxa de risco de pobreza afetou mais significativamente as mulheres (de 16,8% em 2021) para 17,7% em 2022) do que os homens ((de 15,9% em 2021 para 16,2% em 2022).

Jorge Bernardino, “Diário de Coimbra” (sem link)


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