sexta-feira, 22 de novembro de 2024

CITAÇÕES

 
Pedro Nuno Santos anunciou que viabilizará não apenas o Orçamento (OE), mas o exato ponto percentual de descida do IRC que impossibilitou o acordo com o Governo. 

(…)

Antes, ia viabilizar o OE apesar da descida do IRC.

(…)

Agora, vai viabilizar o OE e a descida do IRC. 

(…)

Se não tivesse cedido à chantagem, o PS deixaria a AD abraçada ao Chega no IRC e Montenegro a abrir a caixa de Pandora do desequilíbrio das contas.

(…)

Com toda a justiça, o PS quer transformar o bónus para as pensões, que o Governo queria oferecer de uma assentada em vésperas de autárquicas, num aumento permanente. 

(…)

No entanto, a mesma AD estava disponível para perder mais dinheiro com uma descida mais acentuada do IRC, contando para isso com o voto do Chega. 

(…)

Pedro Nuno Santos acredita que este Governo é tão fraco que só tem de esperar sentado que se estatele. 

(…)

De facto, a ministra da Saúde é só a primeira bomba-relógio a explodir. 

(…)

Leitão Amaro conseguiu provocar uma greve ao atribuir ao consumo de álcool dos maquinistas uma sinistralidade ferroviária que nunca teve essa causa.

(…)

[O problema] é de incompetência e de política. 

(…)

Este Governo foi pensado para preparar eleições rapidamente. É como o leite do dia: em pouco tempo ficou fora da validade.

(…)

Quem julga que este Governo é moderado acredita que a fronteira entre a esquerda e a direita é o défice (…) e os salários dos funcionários públicos. 

(…)

Com o SNS em declínio, a estratégia é entregar tudo ao privado.

(…)

Ignora-se o que realmente interessa: a instrumentalização política das polícias, sobretudo para a criminalização mediática dos imigrantes. 

(…)

Perante um Governo que chegou a um estado de desgraça tão depressa, PS até poderia esperar sentado.

(…)

Mas nem o líder é indicado para essa estratégia — o que só diz bem dele — nem a política portuguesa é como antes.

(…)

Quanto mais o Chega crescer mais o PS será pressionado a garantir o falso cordão sanitário simulado pela AD, amarrando-se ao Governo.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Há cerca de duas semanas, Trump ganhou as eleições presidenciais nos EUA.

(…)

Começámos a semana passada com a abertura da COP29 e com o relatório provisório de 2024 da Organização Meteorológica Mundial, que indica que 2024 “está a caminho de ser o ano mais quente de que há registo.

(…)

[No Uganda, Nyombi Morris, um ativista climático] teve que fugir do Uganda por se encontrar em risco de vida, depois de ser alvo de “ameaças e acusações falsas” sobre a sua alegada homossexualidade.

(…)

Desde Maio deste ano, que a atividade sexual entre pessoas homossexuais passou a ser punida no Uganda com pena de prisão perpétua ou pena de morte.
(…)

Nyombi Morris “identifica-se como um homem cisgénero heterossexual” e que a história que espoletou as ameaças “não é mais do que um boato”.

(…)

Ou seja, a notícia gira em torno de demonstrar que Nyombi não só não é homossexual, e que é injusto considerá-lo como tal.

(…)

É crucial divulgar que o ativismo climático de Nyombi é visto como tão perigoso que o governo ugandês arranjou formas persecutórias e ameaças à sua vida e à sua família, através das leis homofóbicas do seu país, para o fazer parar.

(…)

Para proteger e defender os direitos de todos os ativistas climáticos e ecossistemas afetados no Uganda e em todo o planeta pela exploração e transporte de petróleo (…) não pode ser preciso discutir ou demonstrar que Nyombi, no caso, não é homossexual.

(…)

O foco da notícia, a sua força, como fonte de informação, catalisadora de pensamento crítico e até de ação politizada, tem de ser no fato de a acusação de homossexualidade servir para perseguir este ativista.

(…)

O que importa é apontar como a violência, opressão e repressão de pessoas LGBTI+ e ativistas climáticos são um só lado da mesma moeda, estruturadas e estruturantes do capitalismo que tem dominado o mundo há demasiado tempo.

(…)

O que importa é apontar como as leis assassinas de pessoas LGBTI+ existentes atualmente no Uganda e noutros países africanos têm origem nesse passado colonial, sobretudo britânico (…) sustentado pela contínua exploração, manipulação e saque destes territórios, suas comunidades e ecossistemas pelo norte global.

(…)

O que importa é que pessoas ativistas climáticas, LGBTI+, mulheres, racializadas, pertencentes a minorias étnicas, migrantes têm agora (…) que se aliar e lutar por todos os seus direitos.

Susana Batel, “Público” (sem link)

 

Importa perceber porque continuam as instituições a falhar na protecção dos seus estudantes e investigadores.

(…)

O ensino superior português continua em atraso na construção de mecanismos responsáveis pelo acompanhamento dessas denúncias.

(…)

A urgência de entender como estes problemas são tratados (ou não) pelas instituições é visível quando Portugal se destaca pelas altas taxas de assédio em espaços universitários.

(…)

As reitorias e direcções das instituições do ensino superior continuam a agir com complacência, acumulando processos arquivados e perpetuando um ciclo de inércia.

(…)

Desde 2022, foram criadas comissões e portais de denúncia, mas estas medidas são insuficientes sem a criação e revisão de códigos de conduta que prezem pela eficácia e pela prevenção.

(…)

O que invariavelmente surge em resposta à inércia do sistema são os colectivos feministas e de vítimas organizados por estudantes e/ou investigadores, como é o caso do Academia sem Assédio em Coimbra.

(…)

É crucial garantir o apoio a estes colectivos, percebendo o que têm para dizer e as suas propostas.

(…)

É preciso que os espaços universitários ouçam as vítimas e que actuem com a compaixão e a urgência que a situação exige.

(…)

Os estudantes precisam de garantias imediatas de que as universidades se esforçarão para ser espaços seguros, onde as denúncias são tratadas com seriedade e respeito devido.

Rafael Pereira, “Público” (sem link)


Sem comentários:

Enviar um comentário