sábado, 9 de novembro de 2024

MAIS CITAÇÕES (307)

 
Celebrou-se esta semana o Dia Internacional do One ­Health [Uma só saúde].

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One Health, uma só saúde, tal como um só mundo, aquele em que vivemos, refletem integralmente uma mudança de paradigma na maneira como pensamos o mundo e a nossa presença nele.

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A equação é simples: sem uma boa saúde do ambiente não haverá uma boa saúde humana.

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O projeto One Health, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, aborda de uma forma integrada problemas de saúde humana, animal e ambiental e apresenta alguns dos principais riscos com que nos defrontamos hoje.

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Capítulo a capítulo, vamos acompanhando as doenças e as ameaças que no presente, e não no futuro distante, já são preocupantes .

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O uso crescente de pesticidas tem uma correspondência já indiscutível com o aumento do número de casos de doenças cancerígenas, como é o caso dos linfomas.

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Por alguma razão vários países europeus têm limitado o uso e até mesmo proibido vários fitofármacos e outros agroquímicos. 

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Acresce a isto que o problema não se coloca apenas em termos de saúde humana, mas também em termos de saúde dos animais e das próprias plantas. 

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Depois, o caso dos antibióticos, aos quais a resistência humana constitui já hoje um dos mais importantes riscos de saúde pública.

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Estamos entre os cinco países da UE que mais utilizam antibióticos na produção animal.

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Refira-se também todos os desequilíbrios nutricionais de alimentos que são cada vez menos nutritivos devido às condições em que são produzidos.

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Assinala o livro [resultante do projeto One Health] que um quarto das mortes em todo o mundo se devem a causas ambientais e à interferência irresponsável no ambiente e na natureza.

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Torna-se por isso premente estimular uma literacia pública em saúde e ambiente. 

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O que está em causa é a saúde, a saúde de todos, a saúde de tudo.

Luísa Schmidt, “Expresso” (sem link)

 

O capitalismo age à rédea solta, como máquina afinadíssima de concentração de riqueza, de exploração de quem trabalha (e as “classes médias” cilindradas), de reprodução contínua de pobreza e miséria, mesmo em países onde se produz, ou onde circula, imensa riqueza. 

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O capitalismo ultraliberal promove o ultraconservadorismo e o fascismo, nos EUA, na Europa e noutras latitudes. Já não os dispensa. E precisa da guerra.

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Observando a governação de muitos países, constatamos que a decência na política está abaixo de zero.

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Endeusa-se o lucro e sacrificam-se as pessoas para haver crescimento económico que não se reparte.

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Essa satisfação [das necessidades básicas das pessoas] não está a ser garantida e é fomentada a suspeição e o ódio entre a imensidão dos que ou não chegam a ter plena cidadania, ou vão sendo deserdados. 

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Falta emprego digno e existe muita precariedade.

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Há salários de miséria e é impossível aceder a habitação condigna.

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Falta é coragem para assumir as causas dos problemas sem floreados.

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De repente, dirigentes políticos europeus que urdiram as dependências da União Europeia face aos EUA afirmam a necessidade de autonomia do “projeto europeu”. 

Carvalho da Silva, JN

 

A diabolização de Trump, disfarça o consenso fundamental da sociedade e sistema político dos EUA.

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A vitória do “deus Dólar”, hoje, reina sem limites, nem máscaras. 

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A sociedade que construiu a primeira Constituição liberal moderna, baseada num saudável princípio de desconfiança antropológica, criando para isso um sistema de pesos e contrapesos, mergulhou, em 40 anos, na total promiscuidade entre as esferas pública e privada.

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Os EUA são hoje uma democracia transmutada em plutocracia: o niilismo ético de uma “sociedade de mercado”, onde tudo se compra e vende, incluindo os presidentes.

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O abraço de ferro de Biden à Europa, impondo uma guerra que poderia ter sido evitada, vai ser ainda mais apertado com Trump.

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O colapso do Governo alemão é uma coincidência profética da tribulação que parece aguardar a EU.

Viriato Soromenho Marques, DN

 

Tudo é mau nos resultados eleitorais dos EUA.

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Já não é a primeira vez na história que demagogos, populistas, protoditadores ganham eleições e, sem excepção, os efeitos são sempre maus.

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São maus, em primeiro lugar, para a democracia, depois, dependendo do país, são maus para outros países ou para o mundo.

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Como quem me lê sabe, não foram uma surpresa estes resultados e a preocupação com a possibilidade e depois com a sua concretização.

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A esquerda que anda há mais de uma década convencida das suas “causas fracturantes” (…) acantonou-se nas elites e perdeu as suas bases sociais, a começar pelos sindicatos. 

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Se lessem Marx, perceberiam que trocar “bases sociais” por “bases intelectuais” é derrota certa.

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Não tenham ilusões: há muita gente em Portugal, no processo de radicalização à direita dos últimos anos, que está feliz com a vitória de Trump, e não é só o Chega.

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Para quem sabe o que é a fragilidade da democracia, há um combate político imediato a travar. 

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Por tudo isto, deve denunciar-se a minimização em curso do que se passou, e as suas várias formas – uma delas é só falar dos malefícios e asneiras dos democratas em tom de fúria, muito trumpista, aliás, para evitar falar dos desmandos de Trump.

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Esquecem-se de que Trump é um criminoso que se vai perdoar a si próprio e aos assaltantes condenados do 6 de Janeiro.

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Não há hoje para um homem como Trump quaisquer “checks and balances”, com uma interpretação absoluta do poder presidencial, tendo na mão o Supremo Tribunal, o Senado e talvez a Câmara dos Representantes.

José Pacheco Pereira, “Público” (sem link)


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