segunda-feira, 22 de setembro de 2025

O TRABALHO COM DIREITOS É A BASE DE UMA SOCIEDADE JUSTA

 

Ontem [leia-se 20 setembro] estive na rua, na manifestação nacional organizada pela CGTP, ao lado de todas as pessoas que se mobilizaram para dizer não ao pacote laboral que o Governo está a preparar.

Este conjunto de medidas representa um retrocesso grave: afeta diretamente mães e grávidas, abre caminho a contratos mais precários, permite exigir trabalho extraordinário sem a devida remuneração e fragiliza quem exige apenas o cumprimento do seu horário de trabalho.

Com leis assim, multiplicam-se as ameaças de despedimento, diminui o tempo que as pessoas têm para descansar e instala-se uma verdadeira selva laboral.

O trabalho com direitos é a base de uma sociedade justa.

Cabe-nos defender esse princípio com firmeza. Catarina Martins 


“UNIDOS POR PORTIMÃO”: O NOSSO MANIFESTO E PLANO ELEITORAL

 

O nosso Manifesto e Plano Eleitoral já são públicos!

Aceda ao linktree na descrição, ou por aqui: https://linktr.ee/unidosporportimao

#unidosporportimão #blocodeesquerda #livre #autarquicas2025 #coligacao


FOI A PRESSÃO POPULAR GLOBAL QUE FEZ PORTUGAL E OUTROS ESTADOS RECONHECEREM O ESTADO DA PALESTINA

 

Portugal reconheceu o Estado da Palestina. Mas o reconhecimento tem de ter consequências: sanções contra Israel, para travar o genocídio e ter finalmente uma Palestina livre. Mariana Mortágua


FRASE DO DIA (2511)

 
Permitir que um processo que visa prosseguir o interesse público de fazer cumprir a lei, em favor do trabalhador, seja extinto por uma mera declaração de um trabalhador, frequentemente sob pressão, é um prémio à parte mais forte de uma relação laboral que é sempre desequilibrada. 

José Soeiro, “Expresso” online


A FLOTILHA APROXIMA-SE DE CRETA

 
Entretanto, os minions de Netanyahu já não dizem que é um cruzeiro para "festas em Ibiza", agora são terroristas e é preciso prendê-los ou matá-los. Francisco Louçã

TODOS OS OLHOS SOBRE A FLOTILHA GLOBAL SUMUD

 

Via Yassine chow officiel


JORNALISTA CHINESA QUE TEVE A CORAGEM DE CONTRARIAR A NARRATIVA OFICIAL, DETIDA DE NOVO

 

A jornalista detida divulgou vídeos dos hospitais de Wuhan cheios e ruas vazias que pintaram um cenário diferente da narrativa ofiical.

Leia aqui: https://www.publico.pt/2147973


AS MARAVILHAS DO TEMPO DA DITADURA SALAZARISTA…

 

Via Polígrafo


domingo, 21 de setembro de 2025

UMA EVIDENTE DETERIORAÇÃO DA DEMOCRACIA GRASSA PELO MUNDO

 

As democracias não caem de repente, os sinais estão aí… e Portugal não é exceção!

Vídeo via Anabela Espada

21 DE SETEMBRO, DIA INTERNACIONAL DA PAZ

 

“A paz é responsabilidade de todos. Devemos silenciar as armas. Pôr fim ao sofrimento. Construir pontes. E criar estabilidade e prosperidade.”

Este Domingo, Dia Internacional da Paz, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirma que a paz não pode esperar.

“Por todo o mundo, vidas estão a ser destruídas, infâncias apagadas e a dignidade humana básica descartada, entre a crueldade e as degradações da guerra,” enfatiza, apelando a todos para que falem a linguagem do respeito e abram os seus corações aos outros.

“O nosso mundo em guerra suplica por paz.” ONU


FRASE DO DIA (2510)

 
Os destruidores deste mundo vivem de acusar de “extremismo” ou “radicalismo” aqueles que defendem a igualdade inexorável dos seres humanos, a vida em comum, o respeito mútuo e os direitos de cidadania.

Graça Castanheira, “Público”


ESTÃO A ACOMPANHAR O BIFE DESTA SEMANA ENTRE ANDRÉ VENTURA E ISALTINO MORAIS?

 

Joana Mortágua


ESTADOS UNIDOS A CAMINHO DE UMA DITADURA

 

As organizações e os profissionais da comunicação social denunciaram as novas restrições impostas pelo Pentágono como inconstitucionais, descrevendo-as como um ataque à primeira emenda, que garante a liberdade de imprensa.

➡️https://l.euronews.com/qGTF


TRABALHADORES ITALIANOS BLOQUEIAM PORTO PARA IMPEDIR SAÍDA DE BARCO COM ARMAMENTO PARA ISRAEL!

 

O porto italiano de Ravenna bloqueou dois contentores com destino a Israel, depois de trabalhadores das docas e oficiais do governo alertarem as autoridades do porto. Entretanto, vários portos em Itália estiveram em greve, dia 19 de setembro, em solidariedade com a Palestina. Imagem via Celeste Santos


A SEDE DE JUSTIÇA DOS POVOS ESTÁ NA ORDEM DO DIA

 

Imagem via “Diário de Coimbra”


OS MÉTODOS DA PIDE EM MOÇAMBIQUE

 

Nas celas da cadeia da Machava, em Maputo, a PIDE deixava os presos morrer por inanição. Outros sucumbiam às torturas feitas durante os interrogatórios na sede da corporação. Uma série de trabalhos PÚBLICO.

Mais Aqui


sábado, 20 de setembro de 2025

MAIS CITAÇÕES (351)

 
Caro Henrique Raposo, li o seu artigo com a atenção que se dá a um bom romance de ficção política: há drama, vilões e conspirações internacionais.

(…)

O Bloco de Esquerda defende a paz, os direitos humanos e a autodeterminação de todos os povos. 

(…)

Pessoalmente, nem acompanhava as posições de Kirk.

(…)

Atribuir-me (ou a uma tal de “esquerda woke”) a organização de um baile de máscaras para celebrar mortes é simplesmente ridículo.

(…)

A Al Jazeera é um órgão de comunicação social. Leio-a como qualquer outro: com espírito crítico e sem cartão de sócia.

(…)

Esqueceu-se de mencionar que os repórteres da estação foram banidos por Israel.

(…)

A minha diferença com Ventura não está apenas no projeto político, mas também nos “amigos internacionais” que cada um escolhe.

(…)

Eu faço alianças com quem defende direitos humanos, igualdade e liberdade.

(…)

E se essa extrema-direita, ou mesmo o Henrique, é indiferente à morte de 28 crianças por dia, eu não sou.

(…)

As pontes que quero construir neste momento são para alimentar um povo que morre de fome. 

(…)

Henrique, a política precisa de debate sério, não de intrigas de série B. Se quiser discutir ideias, cá estarei.

Mariana Mortágua, “Expresso”

 

Uma morte é uma morte, e a violência política é sempre um ataque à democracia, mesmo quando a vítima é inimiga da democracia.

(…)

[Kirk] defendia a teoria da “grande substituição”, que os negros viviam melhor quando eram escravos, que as execuções deveriam ser televisionadas, patrocinadas e vistas por menores, que a pena de morte devia ser aplicada a alguns opositores de Trump e que as mortes de crianças em tiroteios escolares eram um custo aceitável de “direitos dados por Deus”.

(…)

O autoplay das redes disparou mais rápido do que a bala. 

(…)

Controlar a emoção é controlar a reação.

(…)

76% das vítimas de atentados cometidos por extremistas, na última década, nos EUA, foram mortas por grupos ou indivíduos ligados à extrema-direita. 

(…)

Anunciou que vai classificar Antifa e outros grupos de esquerda como terroristas. 

(…)

Como já tem acontecido em relação à imprensa, a instituições públicas, à justiça e às universidades, isto quer dizer censura, repressão e limpeza cultural.

(…)

Em poucos dias, várias pessoas foram despedidas por terem feito publicações desagradáveis sobre Kirk, tendo sido criado um site para expor quem critique o novo mártir.

(…)

Em cinco dias, o congressista do Wisconsin Derrick Van Orden escreveu 550 tweets sobre uma “segunda Guerra Civil” e apelando à violência contra democratas e jornalistas. 

(…)

Musk passou uma semana a promover a manifestação da extrema-direita que espalhou o caos pelas ruas de Londres. 

(…)

[O assassínio de Kirk] é, para a extrema-direita, Trump e Musk, uma oportunidade.

(…)

E é porque a História rima que acabaremos por ter o incêndio do Reichstag, provocado pelos próprios ou por crimes de outros.

(…)

O guião da extrema-direita, pelo menos desde a ascensão ao poder de Mussolini ou Hitler, foi sempre o mesmo: semear a violência e a desordem para, quando as sociedades se entregam a esta bebedeira, imporem a sua ordem autoritária.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Em muitos países europeus e do Ocidente, a possibilidade de o voto ser a arma de aniquilamento da própria democracia é dramática, mas é real. 

(…)

Cresce aceleradamente o número dos deserdados pelas políticas neoliberais executadas em nome da democracia, designadamente na Europa.

(…)

Há, assim, muito voto de protesto que pode convergir com o dos inimigos da democracia.

(…)

As governações europeias renderam-se aos encantos e benefícios imediatos do ultraliberalismo económico, num quadro em que este impõe a espiral de sucção de recursos mais forte da história.

(…)

O terreno da política está cheio de vírus que matam a democracia. Como responder a esta situação?

(…)

Quando os governos e outras instituições do poder não respondem aos justos anseios dos povos, há que afirmar o poder da rua, gerando-lhes incómodos. 

(…)

São importantes as manifestações contra as alterações às leis laborais avançadas pelo Governo.

(…)

 É necessário um combate na defesa de todos os fatores de coesão de que a sociedade dispõe.

(…)

Vamos ter a "comemoração revanchista" do 25 de novembro. Como disse o presidente da Associação 25 de Abril, "Eles não querem o 25 de Abril. Eles odeiam o 25 de Abril". 

(…)

A pretensa entrega de competências ao poder local, sem correspondentes meios, é uma das causas geradoras de expectativas que não podem concretizar-se. 

Carvalho da Silva, JN

 

Ser racista e anti-imigrantes parece ter virado moda — uma moda perigosa. 

(…)

[Mais de 100 mil pessoas responderam em Londres a] um chamado de Tommy Robinson, fundador da English Defence League e conhecido racista britânico com várias condenações criminais.

(…)

A maioria eram gente da classe média baixa, gente pobre, gente cuja vida se enche apenas de problemas e que se deixou seduzir por um discurso de ódio sem fundamento contra os imigrantes.

(…)

Pobres contra pobres, atraídos pela convocatória de um criminoso racista, confundidos pelos verdadeiros culpados dos seus problemas.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Se não os querem no seu país, as pessoas que marcham contra os imigrantes deveriam ficar impedidas de se apropriarem da sua comida e da sua cultura.

(…)

[A cultura e a comida dos americanos] nada tem da pureza que os racistas brancos introduziram como solução simples para uma equação complexa.

(…)

Na marcha anti-imigrante do Reino Unido, outro dos países cuja cozinha é uma apropriação cultural (…) [também se vê] os participantes numa manifestação racista passando pelas barracas de comida indiana, cingalesa, afegã, caribenha para alimentar a barriga.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


PORQUE A HABITAÇÃO SE INTEGROU NOS MERCADOS FINANCEIROS GLOBAIS…

 

"A bolha do imobiliário não vai rebentar porque não existe bolha. Existe uma transformação permanente e irreversível onde a habitação se integrou definitivamente nos mercados financeiros globais."

📢Leia o megafone da economista Bruna Santos aqui: https://www.publico.pt/2145996


GAZA: ROBERTO BENIGNI LANÇANDO UM GRITO!

 

Ana Brito Lança via “Amigos do Bloco de Esquerda”


NO TEMPO DO DITADOR SALAZAR

 

A maioria da população não tinha água canalizada.

As mulheres iam lavar a roupa à ribeira ou a um tanque público.

O povo esquecido só pode ter água canalizada depois do 25 de Abril com a Democracia.


A VERGONHA QUE JÁ NOS FEZ PASSAR TALVEZ SEJA O MOTIVO PRINCIPAL DA ANTECIPAÇÃO DO GOVERNO

 

A informação foi avançada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português. Além de Portugal, vão reconhecer o Estado palestiniano a França, Andorra, Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e São Marino


FORAM ASSIM AS RELAÇÕES DE TRABALHO DURANTE 350 ANOS ATÉ À ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

 

Nesses tempos o código do trabalho era simples e moderno, os horários de trabalho eram adequados e a flexibilidade laboral era um factor de competitividade.

Nunca se esqueçam que a grande maioria das fortunas dos dias de hoje foi conseguida assim.

Texto e imagem de Nuno Miguel Cavaco via Horácio Lopes Duarte


O PRIMEIRO AUTO DE FÉ, EM PORTUGAL, TEVE LUGAR EM LISBOA, NO DIA 20 DE SETEMBRO DE 1540

 

Há certamente na longa sequência do ADN um qualquer gene da crueldade que molda o cromossoma humano, mas ninguém faz o mal com tanto entusiasmo e tamanha alegria como quem tem uma fé à prova da clemência e uma devoção que exonera a compaixão.

Das instituições que levaram a perversão a maiores requintes, a tortura a mais elevados níveis e o êxtase pelo sofrimento alheio a um grau de felicidade tamanho, destaca-se a Inquisição, essa máquina sinistra para matar hereges, bruxas, judeus, não deixando sem castigo a adivinhação, a feitiçaria ou a bigamia.

Em Portugal, foram os santos frades dominicanos que entusiasticamente se dedicaram à incineração dos vivos e à exaltação criativa para ampliar e prolongar o sofrimento, para maior glória de Deus e purificação das almas dos réprobos.

Na Península Ibérica assistiu-se a esta curiosidade sinistra, países onde a Reforma nunca chegou, motivo do atraso dos seus povos, mas que exigiram a Inquisição, o instrumento mais cruel da Contrarreforma. Era a piedade dos reis que via nos padecimentos de quem não seguisse a religião verdadeira, ou quem pecasse contra ela, a forma de assegurarem a viagem para o Paraíso.

Texto via Cláudia Teixeira

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

CITAÇÕES

 
A coligação de direita PSD/CDS apresentou o anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, intitulado Trabalho XXI.

(…)

O anteprojeto (…) não traz nada de realmente inovador e muito menos de progressista.

(…)

Retoma inegavelmente a agenda concretizada pelo Governo PSD-PP, liderado por Durão Barroso, logo no princípio do século XXI, com o Código de Trabalho de 2003 Trabalho XXI – relações laborais e agenda que subverteu radicalmente o quadro de regulação das relações coletivas institucionalizado na sequência da Revolução do 25 de Abril de 1974.

(…)

Esta subversão consistiu na introdução da caducidade unilateral das convenções coletiva.

(…)

Essas mudanças contranatura minaram as bases mínimas de algum equilíbrio nas relações de poder em sede de negociação coletiva, em desfavor dos sindicatos.

(…)

Por outro lado, as condições de mobilização coletiva – suporte crucial do poder de negociação sindical – foram sofrendo uma erosão crescente.

(…)

O ímpeto dinamizador visionário da direita política ressurgiu à sombra da troika e “para além da troika”, como o Governo PSD/CDS liderado por Passos Coelho perto de uma década mais tarde.

(…)

O anteprojeto procura (…) servir receitas requentadas, enquanto as novidades conjugam o liberalismo selvagem do sec. XIX com a economia digital.

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Com efeito, o anteprojeto visa alterar substancialmente para muito pior o regime de negociação coletiva do Código do Trabalho de 2009.

(…)

[Abrem-se] as portas para aumentar a pressão patronal no sentido de baixar o pagamento do trabalho suplementar e para reduzir as proteções do regime legal de teletrabalho em sede de negociação coletiva.

(…)

O anteprojeto estabelece também que vários aspetos do regime de trabalho intermitente (não abrangido pelo tratamento mais favorável) podem ser alterados por convenção coletiva.

(…)

Reintroduz o banco de horas individual, revogado pela legislação de 2019, contornando assim as convenções coletivas que não admitem bancos de horas.

(…)

Por outro lado, as prerrogativas patronais são reforçadas.

(…)

Um caminho que leva tudo à frente, limitando a ação sindical nas empresas sem trabalhadores sindicalizados. 

(…)

Introduz novas limitações ao direito à greve – limitando por isso também os recursos de poder sindical em sede de negociação coletiva.

(…)

Finalmente, o anteprojeto acentua a precariedade dos vínculos laborais e facilita os despedimentos com e sem justa causa, reduzindo a proteção dos trabalhadores.

(…)

O anteprojeto reduzirá drasticamente o universo de trabalhadores das plataformas potencialmente abrangidos por um contrato de trabalho.

(…)

Estas medidas reduzirão a cobertura potencial das convenções coletivas.

(…)

Dinamização e renovação? Não. Implosão, pura e simples.

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A ser aprovado, este projeto representará um retrocesso dramático no campo das relações coletivas de trabalho.

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Neste contexto, é imperativa a unidade das centrais sindicais e de todos os sindicatos e a ação de mobilização coletiva sindical e cidadã para travar este projeto antilaboral, antissindical e antidemocrático.

Maria da Paz Campos Lima, “Público” (sem link)

 

Criar barreiras à legalização de imigrantes não resolve problemas — agrava-os.

(…)

A imigração em Portugal tem sido alvo de uma crescente demonização, muitas vezes sem qualquer base factual que a sustente.

(…)

Discursos políticos e mediáticos associam os imigrantes ao aumento da violência ou à perda de oportunidades para os nacionais, mas a realidade aponta noutra direção.

(…)

Pelo contrário, os números disponíveis demonstram que os imigrantes são, em larga medida, um motor essencial para a economia portuguesa.

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Segundo dados recentes, a receita líquida deste sistema atingiu máximos históricos — 3,64 bilhões (mil milhões) de euros somente em 2024.

(…)

Grande parte dos imigrantes que hoje se encontram em situação irregular não chegou a Portugal de forma clandestina. Veio ao abrigo de um mecanismo autorizado pelo próprio Estado português: a manifestação de interesse, prevista na Lei nº 23/2007.

(…)

Este instrumento permitia que um cidadão estrangeiro entrasse em Portugal legalmente e, após 12 meses de descontos para a Segurança Social, pudesse iniciar o processo de regularização.

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O problema não esteve no conceito, mas na execução. O volume de processos ultrapassou em muito a capacidade dos recursos humanos e de informática do Estado, o que transformou o sistema num verdadeiro caos.

(…)

A empatia natural seria esperar que uma nação marcada pela experiência da emigração soubesse compreender o que leva outros povos a procurar aqui o mesmo.

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Assiste-se a um movimento contrário, de hostilidade e desconfiança, amplificado por um volume crescente de desinformação.

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Imigração em Portugal: números que contam outra história

Entre as mentiras mais partilhadas, estava a ideia de que os imigrantes teriam prioridade nas matrículas escolares, um boato desmentido, mas que serviu para alimentar tensões sociais.

(…)

Ao contrário da percepção popular, o número de imigrantes que chega ao país não compensa o número de portugueses que emigra.

(…)

A médio e longo prazo, políticas que dificultem a legalização e a integração dos imigrantes poderão ter consequências severas para a economia.

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Portugal tem de decidir se quer um futuro assentado no medo e na exclusão ou num modelo de integração capaz de gerar prosperidade coletiva.

(…)

Demonizar o imigrante hoje é, no fundo, negar a própria condição de emigrantes de ontem. 

Adriana Chiaradia, “Público” (sem link)

 

Eleger pessoas começa a ser, cada vez mais, sinónimo de votar em personalidades ou figuras públicas.

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Perante eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro, a velocidade será furiosa.

(…)

Não há tempo a perder para a miríade de candidatos que se perfila, sobretudo à Direita, o que diz bem da incapacidade da Esquerda em se bater contra a dispersão numa frente comum que trouxesse uma linguagem nova de esperança, paixão e crença.

(…)

Desde a ditadura, talvez nunca tenha havido tantas razões para a Esquerda se mobilizar para uma luta nova, aproveitando a sede ao pote que muitos candidatos no espectro político à Direita têm manifestado. 

Miguel Guedes, JN