sábado, 13 de junho de 2020

CITAÇÕES


Tantos anos de exposição pelas razões da guerra e pelos trajetos trágicos de quem teve de abandonar a sua casa, a Síria desapareceu do mapa.
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[Na Síria] os dados sobre pessoas contaminadas são mínimos e pouco credíveis, porque até na tragédia que se vive é preciso encaixar nos padrões dominantes.
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Sem crise sanitária visível [na Síria], não há lugar para a crise humana da guerra.
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[A Síria] não é terra segura para se regressar, a fome alastra como nunca e a guerra teima em não deixar o povo.
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Estima-se que neste momento haja mais de metade da população sem comida suficiente, sendo certo que um milhão de pessoas está mesmo com muita fome.
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O conflito na Síria deixou de ser um foco de atenção.
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Ali mesmo ao lado, a Palestina continua a ser atacada de todas as formas por Israel com o apoio dos Estados Unidos.

Uma evidência do relevo histórico deste tempo que vivemos é, sem dúvida, a reafirmação do lugar central que o trabalho tem na sociedade e a necessidade de, em defesa da justiça social, das liberdades e da democracia se eliminarem gritantes desigualdades observadas na sua divisão social e internacional, na sua organização e prestação.
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No início da construção da União Europeia houve um forte envolvimento dos trabalhadores e seus sindicatos (até indicavam um dos comissários da Comunidade) e plasmou-se o compromisso de harmonizar no progresso os direitos laborais e sociais.
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Urge mudar de agulha no mundo do trabalho, sob pena de se transformar o choque pandémico numa crise social e económica permanente.

As contas certas na política exigem mais respeito pelas regras e pelas expectativas que decorrem de uma eleição popular.
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A construção de portas giratórias após o abandono de cargos políticos é uma especialidade maligna, parente da benigna construção de pontes.

[No Brasil] atualmente, o epicentro da epidemia é a Amazônia Brasileira, onde 104 profissionais de saúde foram contaminados com a covid-19
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As terras Yanomami estão invadidas por mais de 20.000 garimpeiros de ouro.
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Em Manaus, o caos é total.
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No Brasil inteiro, os números sobre covid-19 estão subnotificados.
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A falta de uma ação nacional no combate à pandemia do coronavírus pelo Presidente Jair Bolsonaro atingiu os povos indígenas em todas as regiões de norte a sul do Brasil, agravando a dramática situação já existente.
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O ministro da Educação Abrahan Weintraub disse que odeia os Povos Indígenas.
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Acostumados a lutar pelos seus direitos há 520 anos, os indígenas estão se unindo para encontrar novos caminhos e exigirem melhores condições de assistência à saúde, defesa de suas terras e do meio ambiente.
Rosa Gauditano, “Público” (sem link)

No caso da TAP, falta é saber como será usado esse dinheiro [1200 milhões], se o Estado continuará como o maior acionista da empresa mas refém da vontade dos privados, que continuarão a mandar na empresa.
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Afinal, a exigência do Governo para passar o chorudo cheque parece resumir-se a uma maior capacidade de “monitorização e controlo dos movimentos de caixa” e à exigência que os privados também entrem com algum dinheiro.
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Sobre as escolhas estratégicas da empresa, tudo parece continuar entregue aos privados.
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A presente crise mostrou como não se deve entregar setores estratégicos a privados.
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Há coisas demasiado importantes para serem entregues apenas aos mercados e aos interesses privados de lucro.
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No caso concreto da TAP, o Governo até já devia ter tirado as conclusões antes da pandemia.
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A privatização da TAP foi um desastre, manter os privados a mandar é um absurdo.
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A receita de “o Estado paga, mas não manda” não serviu antes, não serve definitivamente agora.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Rio, na entrevista dada à TVI no dia 8 deste mês, entre o politicamente correto e o seu conservadorismo/autoritarismo, largou a embraiagem e seguiu em frente – indignado com as manifestações antirracistas, se fosse ele que mandasse proibia tais manifestações.
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Racismo na mente de Rio já não existe porque viola a lei. Esqueceu-se que um ucraniano foi morto à pancada no aeroporto de Lisboa dentro do SEF por polícias.
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No domínio da economia ele também não passa da iniciativa privada. O risco, a alma do capitalismo, é tempo passado.
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[O Estado já não é gastador] se socorrer os privados, investir milhares de milhões e voltar a entregar a quem não é capaz de gerir empresas e bancos.
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A superioridade da gestão privada em muitos casos assenta no princípio de que o Estado é a ambulância para a salvação, custe o que custar.
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A imoralidade roça a indignidade – os cortes passados das pensões em contraste com os mais de 20 mil milhões para o sistema financeiro.
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Rio chegou a líder do PSD, um partido que se foi tornando cada vez mais direitista.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

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