Tantos anos de exposição
pelas razões da guerra e pelos trajetos trágicos de quem teve de abandonar a
sua casa, a Síria desapareceu do mapa.
(…)
[Na Síria] os dados sobre
pessoas contaminadas são mínimos e pouco credíveis, porque até na tragédia que
se vive é preciso encaixar nos padrões dominantes.
(…)
Sem crise sanitária
visível [na Síria], não há lugar para a crise humana da guerra.
(…)
[A Síria] não é terra
segura para se regressar, a fome alastra como nunca e a guerra teima em não
deixar o povo.
(…)
Estima-se que neste
momento haja mais de metade da população sem comida suficiente, sendo certo que
um milhão de pessoas está mesmo com muita fome.
(…)
O conflito na Síria deixou
de ser um foco de atenção.
(…)
Ali mesmo ao lado, a
Palestina continua a ser atacada de todas as formas por Israel com o apoio dos
Estados Unidos.
Uma evidência do relevo
histórico deste tempo que vivemos é, sem dúvida, a reafirmação do lugar central
que o trabalho tem na sociedade e a necessidade de, em defesa da justiça
social, das liberdades e da democracia se eliminarem gritantes desigualdades
observadas na sua divisão social e internacional, na sua organização e
prestação.
(…)
No início da construção da
União Europeia houve um forte envolvimento dos trabalhadores e seus sindicatos
(até indicavam um dos comissários da Comunidade) e plasmou-se o compromisso de
harmonizar no progresso os direitos laborais e sociais.
(…)
Urge mudar de agulha no
mundo do trabalho, sob pena de se transformar o choque pandémico numa crise
social e económica permanente.
As contas certas na
política exigem mais respeito pelas regras e pelas expectativas que decorrem de
uma eleição popular.
(…)
A construção de portas
giratórias após o abandono de cargos políticos é uma especialidade maligna,
parente da benigna construção de pontes.
[No Brasil] atualmente, o
epicentro da epidemia é a Amazônia Brasileira, onde 104 profissionais de saúde
foram contaminados com a covid-19
(…)
As terras Yanomami estão
invadidas por mais de 20.000 garimpeiros de ouro.
(…)
Em Manaus, o caos é total.
(…)
No Brasil inteiro, os números sobre covid-19 estão
subnotificados.
(…)
A falta de uma ação
nacional no combate à pandemia do coronavírus pelo Presidente Jair Bolsonaro
atingiu os povos indígenas em todas as regiões de norte a sul do Brasil,
agravando a dramática situação já existente.
(…)
O ministro da Educação
Abrahan Weintraub disse que odeia os Povos Indígenas.
(…)
Acostumados a lutar pelos
seus direitos há 520 anos, os indígenas estão se unindo para encontrar novos
caminhos e exigirem melhores condições de assistência à saúde, defesa de suas
terras e do meio ambiente.
Rosa
Gauditano, “Público” (sem
link)
No caso da TAP, falta é
saber como será usado esse dinheiro [1200 milhões], se o Estado continuará como
o maior acionista da empresa mas refém da vontade dos privados, que continuarão
a mandar na empresa.
(…)
Afinal, a exigência do
Governo para passar o chorudo cheque parece resumir-se a uma maior capacidade
de “monitorização e controlo dos movimentos de caixa” e à exigência que os
privados também entrem com algum dinheiro.
(…)
Sobre as escolhas
estratégicas da empresa, tudo parece continuar entregue aos privados.
(…)
A presente crise mostrou
como não se deve entregar setores estratégicos a privados.
(…)
Há coisas demasiado
importantes para serem entregues apenas aos mercados e aos interesses privados
de lucro.
(…)
No caso concreto da TAP, o
Governo até já devia ter tirado as conclusões antes da pandemia.
(…)
A privatização da TAP foi um desastre, manter os privados a mandar é um absurdo.
(…)
A receita de “o Estado
paga, mas não manda” não serviu antes, não serve definitivamente agora.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
Rio, na entrevista dada à
TVI no dia 8 deste mês, entre o politicamente correto e o seu
conservadorismo/autoritarismo, largou a embraiagem e seguiu em frente –
indignado com as manifestações antirracistas, se fosse ele que mandasse proibia tais
manifestações.
(…)
Racismo na mente de Rio já
não existe porque viola a lei. Esqueceu-se que um ucraniano foi morto à pancada no aeroporto de Lisboa dentro do SEF por polícias.
(…)
No domínio da economia ele
também não passa da iniciativa privada. O risco, a alma do capitalismo, é tempo
passado.
(…)
[O Estado já não é
gastador] se socorrer os privados, investir milhares de milhões e voltar a
entregar a quem não é capaz de gerir empresas e bancos.
(…)
A superioridade da gestão
privada em muitos casos assenta no princípio de que o Estado é a ambulância
para a salvação, custe o que custar.
(…)
A imoralidade roça a
indignidade – os cortes passados das pensões em contraste com os mais de 20 mil
milhões para o sistema financeiro.
(…)
Rio chegou a líder do PSD,
um partido que se foi tornando cada vez mais direitista.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)
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