domingo, 14 de junho de 2020

MAIS CITAÇÕES (86)


A nossa cultura e a nossa história são deitas disto mesmo, de monumentos grandiosos e de momentos sinistros, de brilho e de vergonha.
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Este filme [“E tudo o vento levou”] é um hino ao racismo e deve poder ser visto.
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A cultura é o que somos, uma luta permanente entre valores e, assim, permite a descoberta do humano, em tudo o que tem de podre e de vibrante, de sujo e de belo.
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A nossa vida não ficará protegida da exposição ao racismo, à pedofilia, à violação da autodeterminação sexual, se a barreira for a censura.
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Devemos conhecer a cultura como ela é e tem sido, e lê-la no seu tempo.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Dizia o ministro, subtilmente contrariado pelo chefe do Governo, que quem paga [na TAP] deve mandar, mas Bruxelas parece falar mais alto.
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Quem lê o Expresso estará já a imaginar para onde isto pode ir, para um novo Novo Banco, põe-se lá o cheque do Estado e depois uma qualquer Lone Star vem cobrar.
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A TAP está, assim, a tornar-se uma armadilha política dentro do Governo e, com ele, para a economia nacional.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

[Nos EUA] para os [afrodescendentes] que estão em baixo, sobreviver pode ser um abismo. O racismo é um sistema.
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Em Portugal (…) conhecem-se incidentes, desigualdade na habitação, diferenças nas carreiras profissionais, insultos em estádios de futebol e a vida difícil para tantas pessoas.
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[Em Portugal] não sabemos qual é o peso da desigualdade no trabalho, na habitação, no sucesso escolar, na saúde.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

O comboio da covid-19 só nos passa por cima esmagando-nos se passarmos nós por cima dele esquecendo-o.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

[Em meados de maio], uma maioria esmagadora [de professores] considerava que as desigualdades [entre os alunos] se agravara (94%).
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Numa sociedade que vem recuperando muito lentamente, nos indicadores de abandono escolar precoce e em que persiste um grande défice de qualificações, estes meses de ensino à distância deviam fazer soar todos os alarmes.
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Com o afastamento físico e simbólico da escola pública, as desigualdades agravam-se e o país delapida um património de conquistas recentes.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

Algum alemão decente aceitaria que uma única estátua de Hitler continuasse numa praça?
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porque é que tudo o que está ligado ao Holocausto só se tolera, e bem, como memorial e são aceitáveis monumentos que glorificam escravocratas?
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O primeiro engano deste debate é achar que as estátuas contam a história.
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Seja como for, só faz sentido derrubar estátuas quando o conjunto da sociedade chega ao ponto de as considerar insultuosas para a memória coletiva.
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Aas estátuas não são sagradas, a democracia sim.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

Todas as revoluções e combates emancipatórios se erguem contra os símbolos dos regimes que pretendem derrubar ou das formas de opressão que pretendem abolir.
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A História, dos sumérios ao presente, convive com estátuas erguidas, conservadas ou derrubadas.
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O eco da decapitação, em fevereiro de 1975, da estátua de Salazar erguida em Santa Comba Dão, marcou entre nós o desejo de um corte com o passado.
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Na realidade, nos EUA, como por todo o lado, o episódio de Minneapolis apenas funcionou como rastilho numa situação em que políticas fundadas na manipulação da democracia, no autoritarismo e no populismo apenas têm vindo a reforçar, ou a tornar mais visíveis, recorrentes situações de injustiça e desigualdade.
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O atual movimento de derrube das estátuas relaciona-se ainda com situações de iniquidade e opressão, determinadas por passados e leituras da História, das quais aqueles símbolos são por vezes uma visível e afrontosa representação.
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O ideal será sempre deslocalizar estátuas e outros símbolos que sejam abertamente caducos e vexatórios, colocando-os em museus e parques e associando-os ao estudo crítico da sua origem e significado, como já tem sido feito.  

A parca informação que chega da Amazônia indica que o atendimento médico aos povos indígenas está próximo do colapso.
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As populações indígenas, sem acesso aos devidos cuidados de saúde e vítimas de invasão pelos criminosos que sempre lucram com a destruição da floresta e dos povos, estão novamente enfrentando o risco de genocídio.
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Aos organismos internacionais, missões e instituições humanitárias, lembramos que o apoio técnico e político de órgãos multilaterais é imprescindível.
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Pedimos apoio político para a sobrevivência presente e futura da organização da vida social e das condições necessárias à proteção de saúde e reprodução demográfica das etnias e povos.
Marcos Cólon, “Público” (sem link)

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