Até 2017, dos 2468 topónimos que a
cidade [do Porto] tinha, só 50 eram de mulheres. Como explicava a atriz [Sara
Barros Leitão], 95% dos nomes das ruas eram masculinos.
(…)
A história dos subalternos, da classe
trabalhadora ou das mulheres, das minorias étnicas ou culturais, está ainda em
grande medida por contar.
(…)
[Está ainda por contar a História] da
colonização portuguesa contada por quem foi vítima dela e dos seus processos de
escravização, de violência e de expropriação.
(…)
Os jovens racializados, ajudam a colorir
os dias “interculturais” das escolas, mas que são relegados para “currículos
alternativos”.
Em todo o mundo, são 79,5 milhões de
pessoas deslocadas em resultado da guerra, de perseguição ou da violação de
direitos humanos.
(…)
São mais nove milhões de pessoas do que
em 2018 e quase o dobro em relação a 2010.
(…)
Os poderes vigentes continuam a ignorar
o estatuto de dignidade que cada pessoa merece e, em muitos locais, continua a
vender-se uma imagem de "perigo" associada a quem tudo perdeu.
(…)
Parece impossível, mas ainda hoje [na UE]
não há uma estratégia comum de asilo e os mecanismos que tinham sido criados
para garantir alguma dignidade a quem foge da morte foram sendo gradualmente
desmantelados.
Enquanto o governo francês
pagou 1500€ de bónus aos profissionais de saúde que estiveram na linha da
frente da resposta à covid-19 ou a Alemanha decidiu aumentar a remuneração
destes profissionais, o primeiro-ministro português passa das palmadinhas nas
costas para uma desconcertante metáfora futebolística.
(…)
Como todos sabemos, não é
com salvas de palmas ou pancadinhas nas costas que se pagam as contas no final
do mês, não serve para trocar por comida na mercearia nem consta que seja nome
de algum vale de desconto.
(…)
Em quanto é que a
Champions aumenta os salários destes profissionais [da saúde] ?
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
Ainda não há passado para
onde possamos regressar após esta epidemia.
(…)
O grupo internacional
"EndCoronavirus.org", onde se reúnem mais de quatro mil cientistas,
coloca Portugal na categoria dos países em alerta vermelho no combate à
epidemia.
Barroso foi o lacaio de
serviço na organização da cimeira das Lajes, em 2003, onde foi assumido o
avanço para a invasão e guerra do Iraque.
(…)
Ora, ele sabia muito bem
que as Nações Unidas não aceitavam tal ato.
(…)
Durão Barroso participou,
bem informado e conscientemente, num dos atos criminosos e belicistas mais
graves após a II Guerra Mundial.
(…)
Propositadamente traiu o
povo português, mas ganhou "competências" que o catapultaram para
presidente da Comissão Europeia e agora para chairman do banco Goldman Sachs
Internacional, um dos principais pilares, à escala global, da "economia
que mata" a que se refere o Papa Francisco.
A União [Europeia] vive
uma crise de legitimidade, em resultado do fracasso do modelo pós-Maastricht,
que supôs a constitucionalização do neoliberalismo como única política
possível.
(…)
É certo que o Pacto de
Estabilidade está suspenso, mas só momentaneamente, não sendo revogado, mesmo
quando as suas trágicas consequências são agora evidentes.
(…)
Com a recessão de 2009 e a
crise da dívida soberana de 2011, ocorreu uma gigantesca transferência de
recursos do sul para o centro e das classes populares para as classes
dominantes.
A ideia de que a maioria
dos estudantes internacionais são ricos é um mito urbano que precisa ser
desmontado.
(…)
Foram os próprios
diretores dos Serviços de Ação Social de várias instituições com quem reuni que
propuseram o alargamento da aplicação dos seus fundos de emergência à
comunidade académica internacional.
(…)
Todos os combates contra o
abandono escolar são estratégicos para darmos um pontapé na crise.
Luís
Monteiro, “Público” (sem
link)
A novidade é o PSD de Rui
Rio ter escolhido o mesmo lado [que o CDS e o Chega]. É evidente que Rui Rio
sabe que há racismo em Portugal.
(…)
Ao arriscar esta colagem,
o PSD afastou-se do centro político ao qual se tem agarrado com unhas e dentes,
revelando mais medos do que certezas.
(…)
Se entre a democracia e
Ventura, Rio escolhe o segundo, arrisca-se a afundar as miudezas no espaço que
não é o da direita clássica.
Cecília
Honório, “Público” (sem
link)
Lutar pela humanidade é não ter medo de reagir
quando, sob forma de piadas veladas, se ataca tudo o que é diferente de nós.
(…)
A mudança faz-se não só quando as pessoas que não
têm voz se revoltam, mas também quando as pessoas que a têm se unem ao coro.
(…)
Eu quero que vejas a minha cor e quero que me
ames, não independentemente disso, mas também por isso.
Sara Vaz Garez Gomes, “Público” (sem link)
Sem comentários:
Enviar um comentário