domingo, 5 de julho de 2020

MAIS CITAÇÕES (89)


Quando, há duas semanas, alcançámos a fasquia de um milhão de teses, 40% dos quais no privado, ficámos a saber que os laboratórios poderão ter recebido entre 40 e 50 milhões de euros.
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[Há quase 50 anos, Milton Friedman sugeria que se deve aproveitar a crise] para fazer o que é impensável por ser muito impopular.
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Não precisamos ir muito longe para nos lembrarmos de como a aterragem da troika na Portela foi sentida como uma oportunidade para impor o que nenhum programa eleitoral suportaria.
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[Milton Friedman publicou na New York Times Megazine em 13 de Setembro de 1970] um panfleto afirmando que a responsabilidade social da empresa é somente o lucro dos acionistas, não tem obrigação perante a comunidade.
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A Gilead Sciences cobra 2100 euros pelo tratamento com Remdesivir. (…) E aqui está como uma empresa que faz da crise uma oportunidade não responde a obrigações sociais, mas aos lucros dos acionistas.
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Na década de 90, Mandela enfrentou as grandes farmacêuticas violando as patentes e replicando os medicamentos antissida, dado que a África do Sul não conseguia pagar os preços exorbitantes.
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Precisamos de saber salvar vidas de novo contra a bela oportunidade de negócio.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Nunca uma multinacional [como a Facebook] teve tanto poder sobre os Estados nem tanta influência sobre os utilizadores.
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À frente do colosso, Zucherberg é a mais moderna mistura de um barão da indústria e de um corsário do rei.
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O FB está a mostrar uma prosápia que desmente a lenda da plataforma aberta que põe toda a gente em comunicação feliz.
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Como qualquer espaço público, as redes sociais devem obedecer a normas que sejam aplicáveis e verificáveis e devem garantir o seu cumprimento.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Esta crise, que pode durar um tempo indeterminado, para a aviação comercial trata-se de um tsunami.
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Precisamos de uma companhia aérea de bandeira, mas temos pouca capacidade para a sustentar.
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Portugal necessita, em simultâneo, de capitalizar uma empresa [TAP] já muito endividada e garantir injeções financeiras no futuro.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

O [nosso] nervoso resulta de uma expetativa infundada: a de que o confinamento iria vencer o vírus.
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Há cada vez mais sinais de que a imunidade é muito variável e que uma vacina eficaz pode ser uma quimera.
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Quem não trabalha com a ciência tem de trabalhar com a percepção e com o medo.
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Tenho poucas certezas sobre o que nos está a acontecer. Só uma se vai instalando: que isto vai durar.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

Com efeito, desde os incêndios de 2003 e de 2017 que esta área florestal pública [da Mata Nacional de Leiria] se encontra sob gestão de abandono.
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A questão que importa colocar é como irá o Estado ocupar terrenos privados, para neles concretizar as operações de reconversão “exigíveis”, se nas áreas sob sua gestão directa não concretiza as operações exigíveis?
Paulo Pimenta de Castro, “Público” (sem link)

A liberdade de expressão só tem sentido para o discurso que detestamos, não para o que nos agrada.
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A censura prévia, a censura a posteriori, a auto-censura, a censura por omissão, cresce.
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O problema do ascenso da censura não se limita apenas às redes sociais, tem também um efeito de policiamento da linguagem que neste momento nos EUA ganhou foros de uma verdadeira paranoia.
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O caminho da censura faz-nos perder a liberdade, que anda no ar que se respira mais do que nas leis.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

Partidos políticos que proclamem o ódio racial e disseminem o fascismo devem ser ilegalizados e os seus eleitos no parlamento devem perder os mandatos, conforme o disposto na lei fundamental.
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[O Chega] uutiliza a Assembleia da República para fazer propostas inconstitucionais e de incitamento ao ódio (castração química, confinamento específico das comunidades ciganas, o fim do combate à discriminação racial, etc.).
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[Com a manifestação do Chega] André Ventura ensaiou e conseguiu traduzir no espaço público a narrativa da negação e da banalização do racismo.
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À moda de populistas como Bolsonaro, Viktor Orbán, Salvini ou Trump, André Ventura, consciente da sobrevivência de um imaginário salazarista na sociedade portuguesa, não tem pejo em assumir-se com o Messias da direita.
Associação Cavaleiros de S. Brás e outras associações antirracistas e antifascistas, “Público” (sem link)

Vários cientistas sociais apontam para a importância de estudar os brancos com o intuito de desvelar o racismo, pois estes, intencionalmente ou não, têm um papel importante na manutenção e legitimação do sistema opressor do racismo.
Cláudia Silva, “Público” (sem link)

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