Este ano só os salários mais baixos
irão subir. Mas mesmo esses perderam poder de compra nos últimos 11 anos.
Funções mais qualificadas têm maiores perdas.
Com a pandemia a devastar a economia e
as finanças públicas, caiu por terra a promessa do Governo, que tinha ficado
inscrita no Orçamento do Estado de 2020, de aumentar o salário de todos os
funcionários públicos em, pelos menos, 1% em 2021. Afinal, só as remunerações
mais baixas irão subir, refletindo o aumento do salário mínimo nacional para os
€665. É esse o novo valor da base remuneratória na Administração Pública, que
em 2020 estava nos €645,07. Além disso, o Governo dá mais €10 por mês para quem
ganha até €791,91. Mas nem assim os salários mais baixos na Função Pública vão
recuperar a perda de poder de compra resultante de anos de congelamento desde
2010, só interrompido em 2020. E nos salários mais elevados, associados a
funções mais qualificadas, essa perda é ainda mais expressiva.
Os cálculos do Expresso indicam que, em
termos reais (considerando o impacto da inflação para analisar a evolução do
poder de compra), mesmo com o aumento deste ano a somar ao registado em 2020,
as remunerações mais baixas vão ficar 5,6% abaixo do patamar de 2010. Já para
quem ganhava até €791,91, e que por isso terá mais €10 mensais, a perda chega
aos 8,5%. Traduzido em euros, a perda para os trabalhadores com salários mais
baixos oscila entre €40 e €74. (Texto e imagem retirados do suplemento Economia do “Expresso”)
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