domingo, 28 de fevereiro de 2021
MAIS CITAÇÕES (121)
(…)
É por isso que a pausa letiva nos colégios fez correr rios de
tinta e milhares de alunos pobres afastados da escola por um ensino à distância
que os exclui é tema secundário.
(…)
Que as notícias que nos chegam de detenções são em bairros
carenciados.
(…)
E também não será por acaso que a única freguesia que vive um
cerco sanitários há mês e meio é a mais pobre do país.
(…)
A polícia fiscaliza, nas ruas onde há infetados, se eles saem de
casa.
(…)
Basta ler comentários nas redes açorianas para perceber que os
infetados de Rabo de Peixe são vistos como culpados, não como vítimas.
(…)
Quando são infetados, os “portugueses de bem” ficam doentes. Os de
Rabo de Peixe ficam criminosos.
(…)
A pandemia revelou a nossa desigualdade, a começar pela mais
primária de todas: a que garante direitos constitucionais diferentes conforme a
condição social de cada um.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)
A situação da TAP agrava-se todos os dias.
(…)
Os primeiros meses do plano sugerem o receio maior: o de que três
ou quatro mil milhões depois a empresa não se salve.
(…)
O resgate da TAP serve para manter o hub num país dependente do
turismo.
(…)
A terceira vaga já estragou o ano.
(…)
A empresa estará a perder uns três milhões por dia e os cofres estão
secos.
(…)
Teremos mais turistas do que em 2020, mas podemos falhar a
recuperação prevista, até porque há uma guerra de preços nas viagens.
(…)
A paz social esconde conflitos.
(…)
A Comissão Europeia está a demorar na análise do plano e pode
exigir mais cortes (definitivos) no pessoal e menos slots.
(…)
Gerir uma empresa em reestruturação é impopular.
(…)
A TAP não terá outra oportunidade, Bruxelas não permitirá ir duas
vezes com o cântaro à fonte.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)
Se se foi tornando claro que há variáveis cruciais para a gestão
do confinamento, qual o motivo para que as decisões não se baseiem na variação
desses indicadores?
(…)
Afinal, este povo não só se deixa governar como até ajuda a que a
governação obtenha melhor desempenho.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)
Na sequência da “grande reforma da floresta” do
dr. Capoulas Santos, Portugal foi o país que maior área ardida registou na
União Europeia em 2016, em 2017 e em 2018.
(…)
A demonstração de incapacidade em gerir o nosso
território torna-se assustadora.
(…)
[O problema] vem de trás, até de governos onde
o dr. Capoulas Santos e o dr. António Costa foram ministros, da Agricultura e
da Administração Interna.
(…)
O curioso é que, na passagem da “grande
reforma” do dr. Capoulas Santos para o “programa
de gestão da paisagem” do eng. Matos Fernandes, não
se vislumbra alteração de paradigma.
(…)
Na verdade, o que define os dois ministros é
uma mesma estratégia do anúncio de milhões de euros a atirar à fogueira.
(…)
De então [governo Guterres] para cá basta
observar o gráfico da área ardida em Portugal. Nada mais fácil de fazer para
avaliar resultados da política florestal de Portugal.
(…)
Mais de 20 anos de contínua degradação dos
ecossistemas, de perda de coberto arbóreo, de exposição crescente a pragas e a
doenças, à expansão de espécies exóticas e invasoras.
(…)
No plano de recuperação e resiliência agora
apresentado pelo Governo, ainda em versão preliminar, no que toca às florestas
a história repete-se.
(…)
Entre o anunciado [sobre milhões] e o que se
traduz em realização física (e muito dela acaba por arder) vai um abismo.
Paulo Pimenta de
Castro, “Público” (sem link)
Esta semana tivemos um prenúncio que poderá
resultar na responsabilização do príncipe herdeiro [saudita], quando a
Administração Biden divulgou um relatório da
CIA não confidencial sobre o assassinato de Khashoggi.
(…)
A divulgação do relatório é o primeiro passo
para estabelecer a responsabilidade e impedir que o príncipe herdeiro saia totalmente impune do assassínio.
(…)
Acabar com todas as exportações de armas para a
Arábia Saudita enviaria uma mensagem clara de que as violações dos direitos humanos
deixariam de ser ignoradas no interesse de contratos de armamento
multibilionários.
(…)
As sanções financeiras e de viagem específicas
tornam as consequências pessoais e não apenas abstractas.
(…)
Embora possam continuar a sair dos EUA
documentos mais recentes, nenhuma acção será eficaz a menos que apoiada pela
comunidade internacional.
Amrit Singh, “Público”
(sem link)
Um tema que tem sido alvo de continuado debate
na actualidade é a questão da liberdade de expressão.
(…)
A consagração da liberdade de expressão como um
direito fundamental parte de uma ideia, liberal e democrática, de que as
pessoas têm direito à sua opinião, e a expressá-la privada e publicamente.
(…)
Ao mesmo tempo, como qualquer direito, há um
pressuposto de responsabilidade e de limites.
(…)
Os defensores mais acérrimos da liberdade de
expressão declaram o direito a ofender como única forma de tornar o direito à
liberdade de expressão real.
(…)
Ao mesmo tempo, não perceber a perigosidade de
certos pronunciamentos e discursos pode conduzir-nos a situações complexas.
(…)
Essa tem sido a estratégia de muitos
populistas, neofascistas, negacionistas e delirantes conspiracionistas,
reivindicando o direito de tudo poder dizer na praça pública.
(…)
O caso mais paradigmático foi mesmo o de Trump,
enquanto presidente dos Estados Unidos da América, que sempre que se
manifestava publicamente mentia e/ou incentivava à violência, ao ódio e à
destruição.
(…)
Por cá, temos os “movimentos pela verdade”,
André Ventura e demais ramificações do Chega, que utilizam essas tácticas de
guerrilha comunicacional.
(…)
A liberdade de expressão tem que ser calibrada
em função da posição de quem se expressa.
(…)
Isto significa que um artista, humorista, ou os
referidos opinadores devem gozar da mais plena liberdade de expressão.
(…)
Já um juiz, um professor na sala de aula, um
médico a falar em público, um governante ou um jornalista nas suas funções, têm
que moderar o seu discurso pela responsabilidade dos cargos que ocupam.
(…)
No caso dos jornalistas, note-se que aqueles
que aparecem como opinadores profissionais perdem a investidura
jornalística.
(…)
A função nobre dos jornalistas é encontrar a
informação, processá-la e transmiti-la.
(…)
Opinar é uma actividade para qualquer um.
(…)
Relativamente ao balanço entre o politicamente
correcto e a liberdade de expressão, penso que o equilíbrio está em darmos mais
liberdade a quem é menos responsável, e darmos menos liberdade a quem é mais
responsável.
Gabriel Leite Mota, “Público” (sem link)
152 ANOS DE ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA EM PORTUGAL
A 25 de fevereiro de 1869 foram abolidas todas as formas de escravatura em todos os territórios sob administração portuguesa. O Marquês de Pombal já havia proibido a importação de escravos para o continente, desde 1761, embora quem já leu o meu D. Maria I não possa esquecer, por exemplo, os anões escravos da corte, enviados como presente à rainha. Fomos, aliás, o primeiro país do mundo a abolir a escravatura — sempre mais fácil no papel do que na prática, e até 1869 a escravatura era permitida nas colónias portuguesas. Até à sua independência — que aconteceu em 1822 — o Brasil era responsável para maior parte do volume de tráfego de escravos em territórios portugueses.
Foi o filho da nossa D. Maria II, D. Luís I a abolir definitivamente a
escravatura em todos os territórios portugueses. Recorde-se que, também no
reinado do filho de D. Maria II, Portugal foi pioneiro na abolição da pena de
morte para crimes civis, a 1 de julho de 1867.
Este quadro da abolição da escravatura é da autoria de François-Auguste
Biard. (via Isabel Stilwell)
sábado, 27 de fevereiro de 2021
FRANCISCO LOUÇÃ EXPLICA O ESQUEMA DA VENDAS DE 6 BARRAGENS
Francisco
Louçã explica o esquema que a EDP e a ENGIE montaram para fugirem ao pagamento
de impostos no negócio da venda das barragens do Douro.
CITAÇÕES
(…)
A
dificuldade em olhar com verdade para o passado colonial não vem de hoje nem se
revelou apenas neste caso.
(…)
Esse
pacto [de silêncio sobre a guerra] manifesta-se nas “burocráticas omissões”
como a que ficou patente no recente voto de pesar do Parlamento, validado pela
direita e pelo PS.
(…)
Este
“pacto de silêncio” tem-nos privado de uma abordagem madura do legado colonial
e dos padrões que herdámos dele e que hoje se exprimem diversamente.
(…)
Quem
ousa questionar essa narrativa [das teses lusotropicalistas] e esse
revisionismo histórico, logo é apelidado de querer “politizar a história”.
(…)
Como
se os processos de desmemória que abrem a porta à banalização do colonialismo e
do racismo não fossem a mais política das escolhas.
(…)
À
recriminação das tentativas de promover uma leitura crítica do passado no
espaço público, tem-se somado ainda a fabricação histriónica de falsas
polémicas.
(…)
Este
silêncio e esta polarização tem vários efeitos de invisibilização.
(…)
E
concorre, finalmente, para a banalização e a legitimação da extrema-direita
atual.
(…)
Está
aí, no namoro explícito entre dirigentes do PSD e Ventura.
(…)
E está
aí, também, no discurso de uma direita intelectual que tem vindo a relativizar
de forma explícita o regime constitucional e a própria democracia.
(…)
Eis,
no seu esplendor, a miséria de espírito, a abdicação democrática e a
infantilidade política destas elites.
(…)
Felizmente,
há um outro país que (…) está disposto a lutar por democratizar a
democracia, em vez de abdicar dela.
José Soeiro, “Expresso” diário
Um
apelo público veio propor a abertura das escolas, a começar pelas dos mais
pequenos, a partir de março.
(…)
O que
mais qualifica [os signatários do apelo] não é a profissão ou a ciência, é
simplesmente procurarem responder às dificuldades com o bom senso.
(…)
Ainda
nem um quinto da população está protegida.
(…)
Andamos
longe da imunidade de grupo e nem sabemos quanto tempo nos protegem estas
barreiras.
(…)
O
problema desta nova estratégia [que passaria por aumentar massiva e rapidamente
a testagem de todos os contactos de pessoas infetadas] é que foi
anunciada antes de haver capacidade para a aplicar ou mesmo sem preparação
técnica adequada.
(…)
Quanto
ao recrutamento e treino de rastreadores, que devia ter sido multiplicado desde
março passado, parece haver um atraso incompreensível.
(…)
Espero
que o Governo não ignore que estamos a perder tempo e que cada dia que passa é
pior para a vida de centenas de milhares de crianças e jovens.
(…)
A
escola só funciona presencialmente e não há ensino envolvente que não seja na
sala de aula.
(…)
Quanto
menor a idade, mais determinante é essa aprendizagem na comunidade escolar.
(…)
As
sugestões daquele apelo para a abertura das escolas são certeiras: menor
horário e mais diferenciado por anos letivos, vacinação de professores e
funcionários, turmas mais pequenas.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)
É
ocioso perguntar (…) se o exército norte-americano condecora os torcionários de
Abu Ghraib.
(…)
Houve
fanfarra na homenagem [a Marcelino da Mata], com partidos de direita a
disputarem a primeira fila e todas as autoridades a curvarem-se
cerimoniosamente.
(…)
[Houve
quem explicasse que] em todo o caso, há mérito no paralelo entre essa coisa de
matar em nome da raça e a contestação da ganância dos hospitais privados, que
fecharam as portas a doentes no início da pandemia. Parece piada.
(…)
Além
do medalhado, o episódio dos florões da Praça do Império é outro momento desta
vertigem da saudade passadista.
(…)
E, se
tudo parece uma caricatura, um número de Parque Mayer, o caso revela de que se
ocupa esta direita.
(…)
Há a humilhação nacional com o elogio da
ditadura, perdoemos-lhes, pois, de noite, todos os gatos são pardos.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Em janeiro estavam registadas no Instituto do Emprego e Formação
Profissional cerca de 420 mil pessoas desempregadas. São mais 100 mil do que em
janeiro do ano passado.
(…)
Foram apanhados por esta vaga de desemprego sobretudo trabalhadores em
situações de precariedade.
(…)
[São] vítimas de uma dupla desproteção:
não têm vínculo com as empresas para quem efetivamente trabalham e são
excluídos, total ou parcialmente, da proteção social.
(…)
Todos os dias aparecem aos milhares, sem
rendimentos ou com magríssimos apoios sociais criados durante a pandemia.
(…)
A pandemia realçou o lugar e o valor
central do trabalho.
(…)
Mas é uma fraude dizer-se que no futuro
não haverá empresas e que os trabalhadores terão de passar a ser
"colaboradores" sem contratos de trabalho, pendurados em plataformas
comandadas por algoritmos.
(…)
Em muitas plataformas os trabalhadores já
hoje são forçados a baixar o custo das tarefas a que podem concorrer até ao
limite do suportável ou até ao prejuízo, na esperança de no futuro serem
selecionados para outras tarefas.
(…)
A extensão da proteção social em caso
algum compensa a perda de segurança resultante da inexistência de contratos de
trabalho.
Mesmo que criminosa, a História não tem
direito à prescrição porque vive sob o jugo da memória. E essa não esquece.
O facto de se manter uma amnésia induzida sobre
este acontecimento histórico [guerra colonial] faz com que ele regresse
sucessivamente, e de formas nem sempre expectáveis.
(…)
O argumento formalista, [do voto de pesar pela morte de
Marcelino da Mata] que consiste no elenco das condecorações, omite que foram
dadas por um regime cujo derrube, justamente no quadro de uma derrota política
na guerra, é a razão da democracia que temos.
(…)
Se é verdade que a guerra é a guerra, também não é certo considerar
que todos aqueles que nela participaram se regiam pela mesma bitola ou tiveram
os mesmos comportamentos [que Marcelino da Mata].
(…)
Com efeito, a guerra colonial foi o desfecho tardio de um
império já anacrónico.
(…)
O que é que Portugal pretende fazer para enfrentar, de forma
cabal, os persistentes silêncios sobre este passado?
Miguel Cardina, “Público” (sem link)
A VIOLAÇÃO DE MULHERES TEM DE SER CONSIDERADO CRIME PÚBLICO
A
violação é a forma mais abjeta de violência contra as mulheres e é um crime,
como não podia deixar de ser, tipificado como criminalidade grave. Não pode
continuar a ser considerado matéria do foro privado, diz respeito a todos e a
todas. Tem de ser considerado crime público. (Sandra
Cunha)
FILHOS DE CASAIS HOMOSSEXUAIS COM MELHOR DESEMPENHO ESCOLAR
Crianças
em famílias com pais ou mães homoafetivas superam crianças em famílias de pais
heterossexuais em vários indicadores de desempenho acadêmico, incluindo taxas
de conclusão do ensino médio e matrícula na faculdade. Este é o resultado de
uma pesquisa feita na Holanda e publicada em artigo na Duke University Press na
última semana.
A
consulta foi feita com mais de 1,4 milhão de filhos de casais heterossexuais e
3 mil crianças de casais homoafetivos. Dessas, 125 moravam com casais gays e
2.881 com lésbicas ao longo de dois anos. (Via Mídia Ninja)
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
GOVERNO TENTA DESCULPAR A SUA FALTA DE RESPOSTAS COM A RESPONSABILIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
Moisés
Ferreira afirmou que “ a população está a fazer
enormes sacrifícios para conter e combater a pandemia enquanto que o Governo
parece querer, cada vez mais, desculpar as suas respostas tardias, as suas não
respostas, as suas insuficiências, através da responsabilização da população”.
O deputado defendeu a urgência de o Governo “assumir a responsabilidade” e
garantir “vacinas públicas, intensificação da vacinação e do rastreamento e uso
de todos os recursos públicos para apoiar as vítimas da crise”.
FRASE DO DIA (1558)
APROVADO PROJETO PARA ALARGAR APOIO A RENDAS DE ESPAÇOS COMERCIAIS
O programa Apoiar Rendas, implementado
no início deste mês tem excluído de acesso vários pequenos empresários e
empresários em nome individual contrariamente ao que a lei tem vindo a definir.
Foi tendo isso em conta e a urgência de se corrigir estes erros que levamos
hoje a votações um projeto de resolução que alarga a abrangência deste Programa.
Foi aprovado, pelo que o Governo terá que garantir o acesso a todos os ENI e
que todos os contratos de renda de que a AT tem conhecimento podem aceder ao
apoio. (Maria Manuel Rola)
O CEO DA ASTRAZENECA MENTIU E NÃO CUMPRIU ACORDO COM OXFORD
Hoje
[ontem] o Parlamento Europeu pode questionar os CEOs das farmacêuticas que
estão a produzir a vacina para a Covid-19. Uma oportunidade única mas que deu
em muito pouco. Respostas redondas ou ausência de respostas, foi assim quase
toda a audição. De todas as formas, aqui fica a minha intervenção. (Marisa
Matias)
VIVA KRÚPSKAIA!
Exatamente
152 anos atrás, dia 26 de fevereiro de 1869, nascia Nadiéjda Konstant Ínovna
Krúpskaia. Pedagoga, militante revolucionária e uma das pioneiras da luta pela
emancipação feminina na Rússia soviética, seus textos estão reunidos na
antologia A REVOLUÇÃO DAS MULHERES, organizada por Graziela Schneider.
Mais Aqui
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
JOÃO VASCONCELOS QUESTIONA O MINISTRO DO PLANEAMENTO SOBRE A CRISE QUE SE VIVE NO ALGARVE
Questionei
o ministro do Planeamento sobre a grave crise económica e social que está a
viver o Algarve - neste momento já são cerca de 35 mil desempregados - e sobre
a tal bazuca de milhões que nunca mais chega. Afinal que verbas vão ser destinadas
ao Algarve? Para quando essas verbas e a que programas vão ficar afetas? O
ministro apenas respondeu o que já se sabia: o Algarve será contemplado, no
âmbito dos fundos estruturais, com uma verba adicional de 300 milhões! Mas
quando? Nada! Que setores a apoiar? Nada disse. E assim o Algarve, os seus
trabalhadores, empresas e populações vão morrendo aos poucos. Decididamente, o
Algarve não é preocupação dos nossos (des)governantes. (João
Vasconcelos)
FRASE DO DIA (1557)
ESCANDALOSO ESQUEMA DA EDP PARA FUGIR AO PAGAMENTO DE IMPOSTOS
Mariana Mortágua explica o esquema que a EDP
montou para fugir ao pagamento de impostos sobre a venda de 6 barragens num
valor de 110 milhões de euros.
CUIDAR DOS CUIDADORES
Esta terça-feira reuniu o Grupo de
Interesse de Cuidadores Informais do Parlamento Europeu, do qual sou
co-presidente. A conclusão foi unânime: é urgente concretizar uma Estratégia
Europeia para os Cuidadores Informais e um plano de ação sobre como “Cuidar dos
Cuidadores”.
É uma questão de democracia respondermos
a todas estas pessoas. (Marisa Matias)
TRANSIÇÃO DIGITAL: RESPONSÁVEL, SOLIDÁRIA E TRANSPARENTE
Na
União Europeia há 150 milhões de pessoas com poucas ou nenhumas competências
digitais. 20% do Fundo de Recuperação e Resiliência são para a transição
digital. Por isso hoje na reunião da Comissão Parlamentar da Indústria, da
Investigação e da Energia (ITRE) perguntei quais são as medidas concretas para
combater as desigualdades digitais? Ou para a qualificação de trabalhadores que
estão a ser deixados para trás? E qual o envolvimento das operadoras digitais
no financiamento da estratégia europeia de transição digital? Deixo-vos
o vídeo da minha intervenção. (Marisa Matias)
CONTINUA O GENICÍDIO PALESTINIANO PERANTA A PASSIVIDADE DA COMUNIDADE INTERNACIONAL
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
FRASE DO DIA (1556)
SOBRE O PLANO DE RECUPERAÇÃO E RESILIÊNCIA
Fica cada vez mais claro que o Plano de Recuperação e Resiliência é menos
de resposta direta à crise mas é mais para prosseguir planos que já vinham de
trás na área da transição energética e digital.
Não seria mau, não fosse o caso de ter sido apresentado como um grande
pacote de resposta à crise. Ainda não se compreendeu de que forma responderá
diretamente aos setores mais afetados pela crise, tal como não rompe com regras
europeias que poderão trazer contrapartidas aos Estados. (Isabel Pires)
LAMENTAVELMENTE NÃO SE PASSA NADA PARA ALÉM DO FUNCIONAMENTO DO MERCADO…
Não se
passa nada. A vacina da AstraZeneca foi desenvolvida com dinheiros públicos,
mas não pode ser partilhada porque os lucros de uma empresa que não inventou
coisa nenhuma (e que tivesse inventado?) são mais importantes do que milhões de
vidas. (José Gusmão)
Mais
Aqui
ÁGUA E COMIDA!
Segundo a OCDE, 270 milhões de pessoas passaram fome em 2020.
Dados da Unicef relativos a 2019 mostram que a cada 4 segundos morreu uma
pessoa por fome, o que significa uma média de 21.600 por dia (8.500 são
crianças), resultando em cerca de 8 milhões por ano (dos quais 3 milhões são
crianças). (via Dora
Martinez Pinto)
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
AUDIÇÃO AO CEO DA TAP
Hoje dedicamos a manhã a ouvir o CEO da TAP, Ramiro Sequeira.
Se já tínhamos receios e dúvidas sobre o processo que levou ao plano de
reestruturação, com as declarações de Ramiro Sequeira elas agravaram-se hoje.
Parece-me haver a confirmação de que durante demasiados meses não se quis
trabalhar em conjunto com os sindicatos o plano de reestruturação. E isto fez
com que, de facto, as negociações tidas foram sob condições que não deveriam
ter acontecido: com a chantagem colocada sobre mais ou menos despedimentos,
mais ou menos cortes salariais.
Também me parece ficar mais claro que o objetivo de longo prazo é uma
reestruturação demasiado grande para que a TAP possa responder ao momento de
retoma.
Não deve ser este o caminho. Temo-lo dito várias vezes e houve várias
hipóteses de fazer um caminho diferente.
Da parte da tarde ainda ouviremos o Dr. Miguel Frasquilho, pelo Conselho de
Administração da TAP. Esperamos mais esclarecimentos. (Isabel Pires)