sábado, 13 de fevereiro de 2021

CITAÇÕES

Os dados mostram que nunca houve nenhum problema logístico no plano de vacinação.

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Quando há vacinas, a administração é feita rapidamente, a uma velocidade superior à de muitos países europeus.

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Agora parece consensual entre as autoridades nacionais, o que temos entre mãos é um problema de produção das farmacêuticas e não um problema logístico do nosso Estado.

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Mas quem nos pôs, enquanto comunidade, na mão das farmacêuticas?

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Foi a própria Organização Mundial de Saúde, não esqueçamos, quem há um ano fez o apelo para que tornassem públicas as patentes.

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Ora, o que pensa disto o atual Presidente do Conselho de Ministros da União Europeia, que por acaso é António Costa? Aparentemente, nada.

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Mas não estará ao nosso alcance intervir na questão da produção? Restar-nos-ia, então, cruzar os braços e deixar o problema às farmacêuticas?

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A Comissão Europeia fez declarações indignadas, mas o aceno de litigância não comoveu as empresas.

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Apesar de o desenvolvimento das vacinas só ter sido possível com uma quantidade colossal de financiamento público (…), estamos agora nas mãos das farmacêuticas e da sua produção a conta-gotas.

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Em Portugal, estávamos a contar com 4,4 milhões de doses até ao final do primeiro trimestre, e vamos receber menos de metade, ou seja, 1.980 mil doses. 

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O impacto no plano de imunização é brutal, com os custos em termos de infetados e de vidas que poderiam, certamente, ser poupadas.

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Mas o que dizer desta situação em que a capacidade produtiva instalada no mundo não está a ser utilizada, pela simples razão de que permitimos submeter-nos ao despotismo do mercado?

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

O sidonismo regenerador, o governo dos homens probos, o desdém para com a centralidade dos partidos na democracia, tudo são melodias de sempre.

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O fascínio pela superioridade da tecnocracia como modo de governação é antigo nas elites portuguesas.

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Governar sem condicionalismos ideológicos quer dizer não ter de governar à esquerda o conteúdo de políticas.

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O coro da salvação nacional tem saudades do arco da governação.

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O afundamento de Portugal são as suas desigualdades.

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O afundamento de Portugal é o chico-espertismo de colarinho branco no BPN ou no Novo Banco.

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O afundamento de Portugal é a precarização sem fim à vista de sucessivas gerações sem outro sentido de futuro que não seja a da incerteza e o da instabilidade permanentes.

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O afundamento de Portugal são dois milhões de pobres depois de prestações sociais (sem elas seria mais do dobro).

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A salvação do país passa por pensar estrategicamente e sem condicionalismos ideológicos liberais a qualificação dos trabalhadores, a começar pelo seu salário.

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A salvação do país passa por um programa de transição energética.

José Manuel Pureza, “Visão” (sem link)

 

Centeno saiu do Governo, ficou João Leão no turno das restrições orçamentais, mas a caixinha mágica no Ministério das Finanças continuou igual.

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A pandemia trouxe a mais súbita recessão económica que alguma vez enfrentamos.

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À medida que os meses iam passando, a velha política continuava a mandar  no Ministério das Finanças: as promessas eram muitas, as medidas apresentadas em catadupa, mas depois tudo ficava empatado no ministério.

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Nada conseguia escapar a tempo e horas, chegava tarde e em poucochinho.

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Havia sinais claros que o Governo não estava a cumprir o que tinha acordado anteriormente devido à contenção na despesa, atrasando concretizações, prometendo várias vezes a mesma coisa sem nunca cumprir o prometido.

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Agora, sabemos a dimensão entre o que tinha sido acordado cumprir em 2020 e o que, realmente, foi cumprido: 6866 milhões de euros.

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Não há estratégia económica que resista a esta política de cativações e garrotes na execução orçamental.

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Passado um ano desta destruição económica e das provações que enfrentam as famílias, a economia e os serviços públicos, ninguém compreende como nem sequer tenha sido gasta a despesa inicialmente prevista no Orçamento do Estado, quanto mais o que estava previsto no [Orçamento] suplementar. 

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Com as escolhas de João Leão, ficamos no grupo dos países da OCDE que menos despesas adicionais fizeram para reforçar os serviços de saúde.

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Quem não combate a crise, agrava-a, dá-lhe espaço para crescer.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Irresponsáveis, contrários ao uso da máscara, adversários do confinamento, contestatários da gravidade da pandemia e dos testes PCR, [os autodenominados “médicos pela verdade” são] opositores do isolamento de infectados assintomáticos, burlões capazes de ensinar como forjar resultados dos testes à covid.

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Não se encontra pior momento para que os enfermeiros, profissionais a cuja abnegação e coragem tanto devemos, sejam representados pela malcriadez de uma bastonária em simulação que, embora eleita, envergonha qualquer processo de escolha.

Miguel Guedes, JN

 

A necessidade de medidas excecionais evidenciou a insustentabilidade do modelo económico e financeiro dominante (…).

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O drama é que se teima em não mudar muito o desastroso rumo que vinha de trás.

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Entretanto, no fundamental, a UE está a responder à crise prosseguindo políticas assentes na insultuosa dicotomia "frugais"/"não frugais", deixando países como Portugal numa situação delicada.

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O nosso país necessita de um Governo mais capaz em várias áreas e com muito mais fôlego.

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Contudo, esse fôlego jamais será conquistado se a direita do Partido Socialista for, como está a ser cada vez mais, a representante da Direita.

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Esta semana disse-se que o salário médio dos portugueses subiu durante a pandemia. Puro engano. 

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Na economia e no trabalho os problemas a resolver são grandes.

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[Há que] impedir a regulação unilateral do trabalho, para se defender emprego e termos sistemas de segurança social que garantam vidas dignas.


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