sábado, 1 de maio de 2021

CITAÇÕES

 
[Este último ano] teria sido um inferno sem a dedicação, resistência e criatividade dos trabalhadores e se não dispuséssemos de um Serviço Nacional de Saúde capaz, de um Sistema de Segurança Social Público e Universal.

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Reforçou-se a evidência da centralidade do trabalho na definição da qualidade de vida de cada cidadão, confirmou-se uma relação profunda entre o trabalho, o emprego e a proteção social, e entre a quantidade e qualidade do emprego e o progresso da sociedade. 

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Neste 1.º de Maio afirmemos, em primeiro lugar, a solidariedade com todos os que ficaram no desemprego ou nele podem cair a curto prazo.

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Há ou não política social da UE? Há sim, e má. 

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[A caracterização do populismo atual encontra-se] nas desastrosas políticas das últimas décadas que liberalizaram e precarizaram o trabalho, destruíram a indústria, promoveram o desemprego, financeirizaram a economia, acentuaram desigualdades e injustiças, geraram pobreza.

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A tática política de invocar medos sobre o futuro, para esconder a falta de resposta aos problemas reais do presente contínuo, é feia, mas está aí.

Carvalho da Silva, JN

 

Não pode ser negado à Direita o direito de percorrer o seu próprio caminho de extermínio, se uma das suas candidatas, Suzana Garcia, declara desejar que o Bloco de Esquerda seja exterminado.

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Portugal pede um banho de ética e a Direita responde com um banho de mofo.

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A vertiginosa felicidade com que alguns democratas se aprestam a querer ouvir, na primeira fila e sem contraditório, o homem do partido da prisão perpétua, dos portugueses de bem e da misoginia, da cerca sanitária a etnias (…) tem um nome: conivência.

Miguel Guedes, JN

 

Há agendas que teimam em semear o ódio e a divisão.

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A exterminadora implacável que o PSD apresenta como candidata autárquica ao concelho da Amadora mostrou, novamente, que é uma ameaça à democracia e à livre expressão de opiniões.

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[O PSD é] um partido que deixou de defender uma linha política ou de ter uma memória histórica para se transformar numa equipa de comunicação cujo único objetivo é dizer que é um cordeiro o lobo que lhe veste a pele.

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Enquanto alguns procuram o ódio e a divisão, eu prefiro dedicar este texto ao que nos une, a uma das maiores realizações que alcançamos enquanto país: o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

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Em todos os dias [o SNS] é a rede de segurança que não deixa ninguém sem cuidados de saúde.

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Há vários motivos para orgulho no SNS, mas aquele que mais se destaca nas comparações internacionais é o da mortalidade infantil. 

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Em quatro décadas de existência, o nosso país passou de uma das maiores taxas de mortalidade infantil do mundo a uma das menores.

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Falar do serviço de Obstetrícia e do Bloco de Partos do CHTS [Centro Hospitalar Tâmega e Sousa] é provavelmente falar da joia mais brilhante desta coroa.

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Sei que o SNS é muito grande e tem realidades muito diferentes, mas há valores, cultura, experiência e partilhas de conhecimento que são transversais.

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Quando agradeço às e aos profissionais do serviço de Obstetrícia do CHTS, é a todos os profissionais do SNS que digo Obrigado.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

[O grupo de comunicação social do Observador] é um projecto político da ala mais radical da direita portuguesa e o que verdadeiramente nele conta é a opinião e a mobilização da tribo pelos comentários.

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Esta lista [de opinadores] comunica com blogues, alguns actualmente muito próximos do Chega e da extrema-direita, que não é a mesma coisa que a direita radical.

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Só a lista de nomes e posições revela como a vitimização da direita sobre o acesso aos órgãos de comunicação social é apenas isso, vitimização.

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A Maçonaria está também presente, a do PSD e a outra, da direita radical.

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O MEL [Movimento Europa e Liberdade] não está a fazer um colóquio ou um debate, está a fazer uma “convenção”. Isso significa que há pertença, e é por isso que tem sentido falar de uma espécie de “congresso” de uma certa direita, a direita que inclui o Chega, a Iniciativa Liberal, o CDS e… parte do PSD.

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Nem nenhum problema sério da direita conservadora, democrática e liberal será lá discutido. Compreende-se que seja assim, não é para isso que eles vão lá.

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O primeiro problema da direita é a ineficácia eleitoral.

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O segundo problema, que é a causa do primeiro, é a sua radicalização e tribalização.

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O terceiro problema, que deriva do segundo e explica o primeiro, é a errada análise da realidade política, com uma aproximação ideológica e política que tem medo de dizer ao que vem, com uma enorme ambiguidade em relação à ditadura e à guerra colonial.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

[Outro] problema é a essência do Facebook, como de outras redes sociais: a empresa não quer que se investigue o seu poder algorítmico, o mecanismo de controlo da contaminação. Sem se avaliar essa tecnologia de polarização não se evitarão novas vagas de ódio.

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Discutem-se, por isso, várias respostas a este poder da plataforma, que vão para além do caso Trump, para se concentrarem na proteção democrática.

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Se não agirmos a tempo, essas empresas [donas das redes sociais] virão a dominar os Estados, afirma [Nick Srnicek].

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Se as redes sociais forem forçadas a responsabilizar-se pelo que publicam, como acontece aqui, proteger-se-ão para evitarem incentivar crimes.

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Seriam também forçadas a abolir o anonimato, que é uma das raízes da cultura de violência.

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[Trump] se tornou um pretexto para que o Facebook esconda a sua responsabilidade na trumpização do mundo. O problema é o poder dos donos da rede.

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Depois do negacionismo de Trump e Bolsonaro, um terceiro populista de extrema-direita faz o seu povo pagar o preço da tragédia sanitária. É Narendra Modi, o primeiro-ministro da Índia.

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[A Índia é] um país com 1400 milhões de habitantes e que é o maior produtor de vacinas do mundo.

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Nenhuma cerimónia foi adiada e Modi, em campanha eleitoral, reuniu dezenas de milhares de pessoas numa sequência de comícios. 

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A capacidade produtiva não está a ser completamente utilizada e, ao ritmo atual, a população demorará mais de um ano a ser vacinada.

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Entra então o negócio: quem tiver entre 18 e 45 anos pode comprar a sua vacina, o mercado salva os ricos.

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Seria difícil conceber uma tão metódica destruição da vida humana, mas é assim a Índia comandada por Modi.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)


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