sábado, 8 de maio de 2021

CITAÇÕES

 
O "emprego para todos, no quadro de uma recuperação inclusiva" é mesmo um desígnio da UE?

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A "bazuca europeia", concebida no impacto inicial da crise é insuficiente e tem ano e meio de atraso. 

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Para haver emprego é preciso investimento, público e privado, e que se promova o crescimento económico fazendo chegar recursos às pessoas, às empresas e ao Estado para a missão de nos garantir direitos fundamentais.

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É indispensável apostar na educação e na formação, mas acabar com a mentira - que volta a esta Cimeira - de que basta as pessoas terem formação (…) para se colmatarem défices de desenvolvimento.

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Se não houver oferta de emprego, melhoria de salários, proteção social digna e serviços de saúde, habitação acessível e condições de mobilidade, o que temos é emigração e envelhecimento da sociedade.

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Uma grande parte da pobreza são trabalhadores (e suas famílias) que auferem baixíssimos salários. 

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Mais de 25% do total de trabalhadores recebem apenas o SMN (665 euros ilíquidos).

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É esta relação entre trabalho, emprego e proteção social que deve estar presente na definição das políticas de investimento, privado e público, e no desenho e implementação das políticas públicas.

Carvalho da Silva, JN

 

Joe Biden dá um passo monumental para a credibilização de uma liderança moral que só parecia estar ao alcance da Europa, mesmo com todas as suas contradições e actuais perigos.

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A União Europeia (UE) está a gerir este dossiê como geriu a questão dos contratos com as farmacêuticas: a formular um desastre. 

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O levantamento das patentes é a única forma de acelerar a produção e distribuição global de vacinas, rentabilizando o investimento público que foi feito em larga escala para o bem comum global.

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Dentro da UE, a Espanha já declarou publicamente ser favorável à suspensão das patentes em nome do bem público internacional da saúde.

Miguel Guedes, JN

 

A recomendação [debatida na A.R. sobre o levantamento das patentes das vacinas contra a covid-19] pretendia que Portugal defendesse, na União Europeia e nas várias instâncias internacionais, as vacinas como um bem público e universal.

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Essa coisa do levantamento de patentes das vacinas, diziam [PS, direita e extrema-direita], era coisa de radicais.

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[Nem um mês depois, Katherine Tai, a representante do Comércio Externo dos EUA] anunciou que o país defenderá na Organização Mundial do Comércio (OMC) a suspensão temporária das patentes das vacinas.

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A motivação é óbvia: a situação pandémica à escala global está a piorar e é uma ameaça mundial.

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É preciso que a União Europeia também mude de posição e não seja um entrave a esta suspensão.

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Os urros das grandes farmacêuticas seguiram-se rapidamente ao anúncio dos EUA.

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É a visão de quem não enxerga para lá do seu umbigo, colocando a indústria à frente das necessidades da humanidade.

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A evolução da pandemia e a proliferação de novas variantes mostrou que ninguém está protegido enquanto todos não estivermos protegidos.

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 A vacinação global é uma urgência, interessa a todos os países e povos.

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O levantamento das patentes e a transferência do conhecimento podem garantir a massificação da produção de vacinas e a sua distribuição célere à escala mundial.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

O Fundo de Resolução tem usado dinheiro público para financiar esta operação [Novo Banco] e há um abuso contratual que não tem sido escrutinado.

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O custo gigantesco da operação, no entanto, foi apresentado ao país como a garantia de que os contribuintes estariam blindados contra novas despesas.

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Berardo, que em 2014 devia 282 milhões ao NB, herança do passado, não era o único exemplo destas facilidades. [vários outros exemplos se seguem]

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Ora, se estas operações eram o custo do passado do BES, o Novo Banco prolongou esses créditos, em alguns casos reforçou-os, não exigiu novas garantias e aceitou as perdas.

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Este tem sido o modelo Berardo: viver com créditos vultuosos a procurar margens milagrosas em negócios espantosos. 

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Mark Carney, que foi até 2020 governador do Banco de Inglaterra, depois de uma carreira no Goldman Sachs e em bancos centrais (…) escreve que Milton Friedman estava errado e que a ganância não constrói uma sociedade próspera.

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O mercado pode destroçar normas sociais fundamentais, como aliás tinha sido percebido por Adam Smith, o fundador do liberalismo moderno, que, na sua “Teoria dos Sentimentos Morais”, um livro menos conhecido, explicava que é a confiança a virtude fundamental na sociedade.

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Os nossos milionários devedores levam uma vida a comprovar a falta que faz uma economia baseada na confiança.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

[O Tribunal Constitucional alemão] considera que, não havendo metas definidas para os anos seguintes, o plano de transição climática está incompleto e não protege o horizonte de vida de quem é agora mais jovem.

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Pode ser que esta decisão alemã pressione as autoridades europeias. 

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Assim, se até agora se tem tratado a transição climática como uma questão de responsabilidade, este tribunal acrescenta que é também uma questão de liberdade para as próximas gerações.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

A mudança de comportamento da União Europeia e o aparente abandono da retórica austeritária não são alheios às altas taxas de popularidade do investimento público e da taxação de quem enriqueceu com a crise. 

Joana Mortágua, Jornal i

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[Aquelas vidas dos trabalhadores migrantes de Odemira] são restos da humanidade, mão de obra para a nossa prosperidade. Para eles, os direitos humanos não existem e a democracia não conta. 

Daniel Oliveira, “Expresso” Diário (sem link)


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