sábado, 19 de junho de 2021

CITAÇÕES

 
Centeno é o autor de uma vasta produção intelectual em que faz a defesa de uma visão “de mercado” sobre o trabalho, na qual a solução para a “segmentação” é o nivelamento por baixo em termos de regulação e direitos.

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A relação de forças obrigou-o a não fazer [em 2015] enquanto ministro o que sempre defendeu enquanto economista liberal.

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Houve, no entanto um domínio em que o PS se mostrou sempre irredutível: a perpetuação dos cortes que a troika fez.

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De facto, a pandemia provou à saciedade as consequências da informalidade, dos contratos precários (…), dos falsos recibos verdes (que (…), dos longos períodos experimentais durante os quais vigora o despedimento livre e nenhuma compensação. 

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A pandemia demonstrou, também, como o desequilíbrio da lei laboral, (…), é uma fragilidade estrutural na resposta à crise. 

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Porquê, então, o compromisso de Costa que parece querer gravar na pedra a lei laboral da troika?

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O Código do Trabalho que temos é um problema e a pandemia veio comprová-lo de forma reforçada. O apego de Centeno e de Costa à herança da direita é insustentável.

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, respondeu aos deputados na Assembleia da República que a hipótese de usar uma ala da prisão de Caxias para colocar imigrantes estava a ser estudada. [É uma absoluta mentira]

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Quando a resposta foi dada, em inícios de junho, já o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) tinham assinado um protocolo para esse efeito há meses - desde fevereiro. 

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O plano já estava em marcha e em implementação, só o país e o órgão de soberania que tem a função constitucional de fiscalizar o governo não sabiam de nada.

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[A explicação do Governo] não justifica uma escolha que contraria as orientações internacionais ao colocar os imigrantes num espaço físico cujo simbolismo é associado à criminalidade.

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A imigração não é uma questão de polícia, nem os imigrantes devem ser tratados como criminosos.

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Que política é esta de um governo que se diz de esquerda? 

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Creio que o motivo para a ocultação da verdade radica nesta política indigna e desumana.

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Com a atual política, as pessoas migrantes são sempre tratadas como suspeitas ou criminosas, é essa a sua condição perante o Estado Português e da qual têm de fazer prova contrária. 

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Portugal precisa de imigrantes, fundamentais no combate ao envelhecimento demográfico, garantia de funcionamento de vários serviços essenciais do país.

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Ter uma política humana de imigração é urgente para garantir que quem recebemos tenha o tratamento digno que merece.

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Se não há política de imigração digna, se a prisão é o destino oficial de quem chega para trabalhar no nosso país, são as redes tráfico humano que reinam.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

A profunda relação entre o trabalho, o emprego e a proteção social está no cerne de qualquer estratégia para reconstrução do tecido social. 

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É preciso valorizar o trabalho e criar mais e melhor emprego, o que passa por reforçar e qualificar o tecido produtivo e garantir os direitos sociais e laborais às pessoas.

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O tecido produtivo está deslaçado, não basta fazer-lhe chegar dinheiro.

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Mude-se de agulha nas políticas económicas e assegure-se um sistema de relações laborais em condições de dar efetividade ao diálogo e à negociação coletiva.

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O sistema de proteção de que precisamos exige compromissos de solidariedade social estruturada.

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É indispensável reforçar o sistema de segurança social. 

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Na maioria das situações a precariedade só tem uma justificação: ser instrumento de redução da remuneração do trabalho.

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O governador do Banco de Portugal já veio, esta semana, alimentar o peditório: só sabe olhar trabalho e salários como variável de ajustamento.

Carvalho da Silva, JN

 

[A IL] com aquele traço de chico-espertismo populista de quem se julga superior e com o "mui confiante" golpe de asa do marketing inovador, quiseram ser os "enfants terribles" dos arraiais. Foi um duro golpe popular.

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O que não se imaginaria é que o seu [de Passos Coelho] regresso à política activa, através do comentário político, fosse um arraial popular de arremesso às latas. 

Miguel Guedes, JN

 

Mais de 55% dos alemães, franceses e mesmo portugueses entenderiam que a UE está num ponto de rutura.

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Dois dos principais objetivos deste semestre português reduziram-se a pouco: a Cimeira Social do Porto emitiu declarações já esquecidas e a Cimeira UE-Índia foi atropelada pela tragédia de um país cujo Governo garantiu que as preces evitavam a covid. 

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Esta semana foi vendida nos mercados financeiros a primeira tranche de dívida europeia, sendo de notar a decisão curiosa de excluir da operação 10 dos maiores bancos do mundo, (…) apontados como promotores de práticas anticoncorrenciais.

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Como é sabido, a operação chegará a €750 mil milhões, 5,6% do PIB da UE, para subsídios e empréstimos ao longo de cinco anos.

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A Comissão está mandatada para apresentar até ao final do mês as suas propostas sobre novas fontes de financiamento para pagar esta emissão de dívida para o NextGeneration.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Dentro de semanas concluir-se-á a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão e o facto tem imenso significado.

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É só a segunda vez que os Estados Unidos são derrotados numa guerra. 

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[A saída de Cabul] não é possível disfarçar que se trata de uma derrota, como aconteceu com a anterior ocupação soviética. 

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No Afeganistão, a NATO declarou-se dona do mundo — e foi vencida. Ver-se-á o que fica dessa derrota.

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[Ao intervir no Afeganistão, NATO e EUA], já não se trata de garantir a segurança naquela área [do Atlântico Norte], mas de promover a intervenção das suas potências em qualquer parte do mundo.

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[A NATO] teme que [a China] venha a ganhar vantagem tecnológica, por exemplo na Inteligência Artificial, a chave do século XXI.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)


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