domingo, 27 de junho de 2021

MAIS CITAÇÕES (136)

 
[A chanceler Merkel] trata o nosso país como uma periferia vagamente incómoda, cujo nome pode ser usado e abusado.

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Dijsselbloem, e tratava-se de um social-democrata da família dos PS, foi bastante mais frescote com os “copos e mulheres” que seriam consumidos neste canto à beira-mar, mas o princípio é o mesmo.

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A bem dizer, este complexo está entranhado em governantes que nunca estranharam que assim fosse. 

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De seis em seis meses, a Comissão fará o exame, logo veremos se a matéria foi toda estudada e se temos boa nota. 

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Afinal, o segredo é mais prosaico, basta estudar para os exames e depois “já se pode ir ao banco”, como agora se diz.

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É a isto que está reduzido o belo discurso sobre a Europa como solidariedade.

Francisco Louçã, “Expresso” economia (sem link)

 

A condenação da Shell em tribunal, forçando a empresa (e as suas fornecedoras) a alcançar uma redução das suas emissões em 45% até 2030, gerou um susto na empresa e, como seria de esperar, um vigoroso recurso para uma instância superior. 

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A Shell é das maiores responsáveis mundiais pelo problema [da emissão de gases com efeito de estufa], dado que emite mais de nove vezes o total da Holanda e é uma das 10 maiores emissoras do planeta.

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[Segundo um relatório da ONU, espera-se que essas emissões] em 2030 ainda sejam superiores aos valores dessa primeira década do século, apesar dos compromissos que têm sido aceites por diversos países da redução de emissões em 7% em 2020.

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O relatório acrescenta que para limitar o aumento da temperatura média a 2ºC, uma meta que, aliás, é insuficiente, seria imperativa uma redução de emissões de 25% em 2030.

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Em 37 países os movimentos ambientalistas decidiram levar a tribunal as metas de Governos e empresas, em vez de ficarem à espera de ajustamentos na política dos Governos.

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Têm tido ganho de causa nas mais importantes destas querelas.

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O efeito desta nova forma de intervenção é poderoso, ao deslocar para os tribunais o esforço de defender os interesses coletivos das populações, forçando os Governos a tomarem decisões que preferem adiar.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O preço da eletricidade tem batido recordes no mercado ibérico, refletindo o aumento do custo para os produtores das emissões de CO2 (150% no último ano).

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A urgência da recuperação económica e do alívio das pessoas empobrecidas na pandemia levou o governo espanhol a reduzir o IVA (…) e a cortar a remuneração de algumas centrais elétricas, com vista a reduzir a fatura doméstica em quase 5%.

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Esta semana, o Bloco propôs que Portugal adote um corte equivalente, visando, além do mais, evitar a desvantagem da nossa economia face à espanhola.

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[As acusações do ministro do Ambiente] replicam a propaganda das grandes companhias elétricas contra a decisão do governo espanhol – esse perigoso inimigo da descarbonização que o Bloco vem “copiar” (sic).

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Em vez de mentir para manter os lucros injustificáveis da EDP, o governo devia tratar de conter a escalada dos preços para defender as pessoas e a economia.

Jorge Costa, “Público” (sem link)

 

Proibir a “promoção” da homossexualidade [na Hungria] quer dizer, em linguagem homofóbica, impor a invisibilidade dos homossexuais.

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Porque o amor entre dois homens ou duas mulheres equivale a pornografia.

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Várias federações de futebol e clubes espalharam, e bem, o arco-íris pelas redes sociais.

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Quando [o arco-íris] passa de um braço para um estádio, incomoda um governo e tem mais conteúdo do que um anúncio da Benetton, a defesa da diversidade deixa de ser “uma boa causa”.

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A UEFA impôs à Alemanha a censura de Orbán. Mas não está sozinha.

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Muito mais grave é a secretária de Estado dos Assuntos Europeus ter explicado que Portugal não subscreveu uma carta assinada por 13 Estados-membros sobre a violação dos direitos LGBT na Hungria por “dever de neutralidade” da presidência da UE. 

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Orbán conseguiu que a UE passasse a ser neutral na defesa de direitos humanos.

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Numa coisa têm todos razão: a defesa dos direitos LGBT não é apenas uma “boa causa”, é uma causa política.

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A UEFA representa mais do que a UEFA. São muitos os que se incomodam e reagem à luta pelos direitos LGBT. 

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A luta pelos direitos humanos sempre encontrou a resistência de quem, tendo garantido o privilégio de decidir o que é “normal” ou aceitável, não quer perder esse poder.

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[A resposta ao crescimento da extrema-direita] é ser igualmente intransigente na luta contra a desigualdade que afeta a maioria: a social e económica.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Ser político não é cadastro, pelo contrário, mas é uma escolha que limita escolhas, as que impliquem conflitos de interesses. 

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O caso de António Oliveira mostra que também no PSD não se joga grande xadrez, joga-se damas em que os jogadores ou alinham ou são peças comidas.

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Uma alcateia é uma família e nesta alcateia PS em que o macho-alfa é António Costa, [Ana Paula] Vitorino foi nomeada pelo macho-beta, Pedro Nuno Santos.

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Como em todas as alcateias, há depois uma infinidade de ómegas, que pouco mandam mas muito obedecem, que são protegidos desde que não desafiem, que são os últimos a comer mas comem sempre. 

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É uma cultura de favores, de interesses, de cunhas, de cartões de partido como cartões de visita, uma cultura que desrespeita as instituições e a separação de poderes. 

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

Com picos de intensidade, há um ano que assistimos a um coro coletivo que dá conta do falhanço do(s) Governo(s) na resposta à covid.

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Se pensarmos em Portugal, não faltam exemplos recentes: da forma entusiástica como recebemos uma final da Champions à permissibilidade nos festejos do título do Sporting.

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Qualquer coisa está de novo por explicar no comportamento da covid entre nós.

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Se o problema estava nos turistas na final da Champions no Porto ou na pausa escolar dos britânicos no Algarve, qual o motivo para ser na região de Lisboa que a variante Delta se propaga?

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)


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