sexta-feira, 23 de julho de 2021

ERA POSSÍVEL TER OPTADO POR UM CAMINHO DIFERENTE NA RESPOSTA À CRISE

 

A deputada Isabel Pires, no debate do Estado da Nação, defendeu que, perante o impacto da pandemia, era possível ter optado por um caminho diferente na resposta à crise.

A deputada criticou a forma como o governo tem comunicado ao longo deste ano e meio, o que tem criado dificuldades no entendimento das medidas de apoio às empresas e que a confusão e a dúvida sobre as medidas têm efeitos dissuasores, protelando a recuperação da atividade económica.

A deputada alertou que a concentração da resposta pública nos empréstimos bancários e nas moratórias levaram ao aumento do endividamento, agravando um problema pré-existente, conforme confirma, por exemplo, o estudo sobre o Estado da Nação elaborado pelo ISCTE.

Lembrou que as várias linhas e medidas de apoio não estão a chegar à esmagadora maioria das micro empresas que delas necessitam e acusa o ministro de ir ao parlamento debitar muitos números sobre os vários milhões já pagos, mas a realidade ser muito diferente.

Abordou ainda a questão do desemprego alertando para o facto de muitas empresas que receberam apoios, e outras grandes empresas, com lucros, continuarem a utilizar a pandemia como desculpa para levar a cabo despedimentos coletivos, lembrando o exemplo dos trabalhadores da MEO e das ameaças na banca, no setor da energia, na Groundforce ou na TAP.

Finalizou questionando o ministro sobre o que prevê para mitigar o efeito que este aumento de endividamento poderá ter no aumento das falências e no consequentemente aumento do desemprego, e se vai ou não o governo tomar medidas efetivas que combatam a vaga de despedimentos coletivos a que estamos a assistir?


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