sábado, 9 de outubro de 2021

CITAÇÕES

 
[Paulo] Freire, que tinha 29 doutoramentos honoris causa de diferentes universidades, é o autor de língua portuguesa mais citado do mundo, segundo a Google.

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[Paulo] Freire merece ser homenageado no seu contributo para o conflito e a emancipação. 

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Mostrou-nos como os processos de alfabetização não são mera didática de letras e números, mas aprendizagem em comunhão para nomear o mundo e a nossa condição nele, para ler a sociedade e escrever a nossa própria história. 

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[Paulo] Freire esteve na Guiné, encontrou Amílcar Cabral e identificou as formas coloniais de “invasão das consciências” que perduraram mesmo depois do colonialismo político e que fazem dos oprimidos hospedeiros dos seus próprios opressores. 

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[Paulo] Freire inspirou muitos processos de alfabetização integral e de animação cultural, como aconteceu em Portugal no período pós-revolucionário. 

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Ele, que foi nomeado Patrono da Educação Brasileira em 2012, é outra vez perseguido e proibido pelo poder [bolsonarista]. 

José Soeiro, “Expresso” Diário

 

Não há mistério no facto de a zona de Lisboa e Vale do Tejo ser onde se regista a maior concentração de pessoas sem médico de família. 

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Não se conseguem atrair médicos para virem trabalhar para Lisboa.

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Acho que se deve levar a sério o alerta que esta dificuldade revela. Explica uma das razões, talvez a principal, para a surpreendente derrota do PS na capital.

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[Lisboa terá perdido mais de 1,4% da população] pois também recebeu estrangeiros que vieram para comprar ou alugar casa e viver. 

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A população estrangeira no concelho cresceu 305%, nesta década.

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Um décimo da população de Lisboa pode ter abandonado a cidade ao longo de uma década, foi um terramoto populacional. O PS expulsou os seus eleitores da cidade.

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[Alguns] terão sido vítimas da gentrificação através da sua mecânica implacável, que vai da lei Cristas sobre os arrendamentos (…) até ao incentivo mais poderoso, a multiplicação do Alojamento Local.

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Lisboa tem mais alojamentos locais que Barcelona, (…), ou mesmo que Madrid.

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O centro de Lisboa é hoje uma montra para turistas.

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A capital já não é uma cidade acessível à famosa classe média.

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A fronteira de Lisboa, que é o preço, tornou-se a questão política determinante das eleições.

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O carrossel dos preços recomeçou, no segundo trimestre de 2021 a subida do índice da habitação foi 6,6%.

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Berlim baniu o Airbnb e, no final de setembro, 56% dos berlinenses determinaram em referendo a expropriação municipal dos grandes fundos imobiliários com mais de 3000 fogos, para colocar 240 mil habitações no mercado do arrendamento a preços controlados.

Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)

 

No quadro da discussão do Orçamento do Estado (OE) para 2022, a Direita, numa pluralidade que vai do Chega ao PSD, apresenta-se sintonizada na defesa de um caderno contraditório.

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O país precisa de políticas articuladas na resposta a uma crise que é económica e social. Estas duas componentes são um todo.

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A Direita faz tábua rasa daquele princípio.

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Também não espanta a sintonia entre este caderno, tão consensual entre as diversas forças de Direita, e o pronunciamento de alguns representantes de organizações patronais.

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Esta semana tivemos, mais uma vez, o presidente da CIP a pôr travões a um aumento minimamente digno do salário mínimo nacional e a uma melhoria geral dos salários, como se esse fosse o grande problema das empresas.

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[Numa semana] em que a revista "Forbes" deu a conhecer que, em 2020, os mais ricos do Mundo aumentaram os seus lucros como nunca tinha acontecido, como é possível continuar a reclamar-se baixos salários e pensões, e diminuição de direitos laborais e sociais? 

Carvalho da Silva, JN

 

O episcopado francês demonstrou "vergonha" e pediu "perdão" às mais de 300 000 vítimas de pedofilia, menores abusados em instituições da Igreja Católica francesa entre 1950 e 2020.

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Qual a razão que levou cerca de 3000 pessoas ligadas à Igreja Católica a abusarem sexualmente de menores, à média de 4300 crianças/ano? Desde logo, o sentimento de protecção e de impunidade.

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Tudo o que [o episcopado francês] não fizer internamente para erradicar estes comportamentos, a partir de agora que todos nós sabemos que sabe, fará caminho directo ao inferno.

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Mais do que um acto de humildade e reconhecimento do erro perante o outro, pedir desculpa ou perdão é um acerto com a História.

Miguel Guedes, JN

 

Dezoito meses de pandemia têm-lhe servido [ao Governo] para manter congelado um diploma sem o qual a geometria do SNS vai variando ao sabor do que de momento é avaliado como carenciado de resposta. 

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Tendo passado mais de dois anos sobre os acontecimentos que levaram à aprovação da LBS [Lei de Bases da Saúde], as lições desse processo ficaram por aprender.

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Como se substituir uma lei de 1990, que abriu a porta à promiscuidade entre o sector público e o sector privado, fosse matéria que podia esperar mais trinta anos. 

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É inquestionável que cabe ao Governo produzir a legislação que regulamente muitas das disposições da LBS, entre elas a elaboração do ESNS [Estatuto do Serviço Nacional de saúde].

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Será o ESNS que estabelecerá, conjuntamente com a política de saúde decorrente do que ficou consignado na LBS, o modelo de organização e funcionamento em que aqueles recursos podem ser mais bem aproveitados e aplicados.

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A política de saúde é muito mais do que cuidados primários, cuidados hospitalares e cuidados continuados.

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Começa a tornar-se incompreensível e absurdo haver deputados que vão discutir o orçamento do SNS para 2022 sem que estejam reunidos os pressupostos que tornem essa discussão coerente.

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Sabemos quem anda a fazer esse investimento [se sucessivos adiamentos da entrada em vigor do ESNS], só não se percebe que quem devia estar alertado para isso não dê conta do que se está a passar.

Cipriano Justo, “Público” (sem link)


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