o genocídio que matou
mais de 10 milhões de africanos – O nome do rei era Leopoldo II e ele comandou a região no final do século
XIX e escravizou nativos para exploração de recursos naturais.
O genocídio comandado pelo rei belga Leopoldo II, no território que hoje
pertence à República Democrática do Congo, é uma das maiores barbáries da
história contemporânea. Entre 1885 e 1924, estima-se que ao menos dez milhões
de congoleses foram mortos em nome da exploração de recursos naturais, como
marfim e látex, usado para produção de borracha.
Na época, as terras, quase todas compulsoriamente expropriadas de famílias
africanas, foram organizadas em sistema tripartite, formado por terras de
domínio exclusivo da pessoa do soberano, terras da coroa (pertencentes ao
Estado belga) e terras pertencentes a companhias privadas de exploração
econômica. A fim de garantir a ordem na colonização, Leopoldo ordenou a criação
de Força Pública, formada por quase 18 mil homens. O uso indiscriminado da
força por essa milícia pode ser inferido de suas práticas de recrutamento
compulsório e de violência contra a população camponesa.
Na virada do século 20, os africanos eram usados como escravos a serviço
dos belgas. Castigos físicos e mutilações de pés e mãos eram usados para punir
os trabalhadores que não alcançavam a meta de produção estipulada pelo rei.
Em 1958, ou seja, já na metade do século XX, a Bélgica foi cenário de um
acontecimento inimaginável: um zoológico humano foi montado em Bruxelas, onde
uma família inteira do Congo foi posta em uma jaula para a exposição e diversão
dos belgas.
Hoje, a Bélgica é a 15ª no ranking de competitividade do Fórum Econômico
Mundial e tem o 22º maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do planeta,
equivalente a 0,896. O IDH da República Democrática do Congo é estimado em
0,435, o 13º mais baixo do mundo.
E não há reparação histórica a ser feita? (via NotaTerapia – 5/10/2021)
Sem comentários:
Enviar um comentário