quarta-feira, 6 de outubro de 2021

PARA QUE NUNCA MAIS! (119)

 

o genocídio que matou mais de 10 milhões de africanos  O nome do rei era Leopoldo II e ele comandou a região no final do século XIX e escravizou nativos para exploração de recursos naturais.

O genocídio comandado pelo rei belga Leopoldo II, no território que hoje pertence à República Democrática do Congo, é uma das maiores barbáries da história contemporânea. Entre 1885 e 1924, estima-se que ao menos dez milhões de congoleses foram mortos em nome da exploração de recursos naturais, como marfim e látex, usado para produção de borracha.

Na época, as terras, quase todas compulsoriamente expropriadas de famílias africanas, foram organizadas em sistema tripartite, formado por terras de domínio exclusivo da pessoa do soberano, terras da coroa (pertencentes ao Estado belga) e terras pertencentes a companhias privadas de exploração econômica. A fim de garantir a ordem na colonização, Leopoldo ordenou a criação de Força Pública, formada por quase 18 mil homens. O uso indiscriminado da força por essa milícia pode ser inferido de suas práticas de recrutamento compulsório e de violência contra a população camponesa.

Na virada do século 20, os africanos eram usados como escravos a serviço dos belgas. Castigos físicos e mutilações de pés e mãos eram usados para punir os trabalhadores que não alcançavam a meta de produção estipulada pelo rei.

Em 1958, ou seja, já na metade do século XX, a Bélgica foi cenário de um acontecimento inimaginável: um zoológico humano foi montado em Bruxelas, onde uma família inteira do Congo foi posta em uma jaula para a exposição e diversão dos belgas.

Hoje, a Bélgica é a 15ª no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial e tem o 22º maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do planeta, equivalente a 0,896. O IDH da República Democrática do Congo é estimado em 0,435, o 13º mais baixo do mundo.

E não há reparação histórica a ser feita? (via NotaTerapia – 5/10/2021)


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