Na sua mais recente entrevista à RTP1,
António Costa fez um conjunto de declarações sobre o Bloco de Esquerda que não
correspondem à verdade. Vamos ao fact-checking!
- Catarina Martins disse que “é preciso mudar a direção do PS”
- “António Costa atribuiu-me declarações
que nunca fiz, nem farei, sobre o futuro da liderança do PS. Depois das
eleições, é com António Costa que espero negociar soluções. E vou debatê-las na
campanha, mesmo que isso atrapalhe o apelo à maioria absoluta.”
- A proposta das pensões do Bloco “ameaça o futuro da Segurança Social”
- O Bloco não propôs qualquer alteração
estrutural ao sistema de pensões. O Bloco quis continuar o trabalho iniciado em
2017: a eliminação do corte do “fator de sustentabilidade” nas pensões
antecipadas que ainda o sofrem. Em 2020 foram apenas 10% do total das novas
reformas.
-“Quando nós, no ano passado aceitámos e cumprimos que o lay-off era pago a
100%, foi porque tínhamos força na Segurança Social para o fazer”
O lay-off simplificado foi pago com
dinheiro do Orçamento do Estado. Não há relação entre este mecanismo e as
contas da Segurança Social ou com a sua sustentabilidade. Este financiamento
pelo Estado foi uma condição exigida pelos partidos de esquerda nas negociações
sobre o lay-off.
- “Nós aceitámos passar à reforma sem qualquer penalização as pessoas com
elevado grau de incapacidade”
- O Governo propôs que as pessoas com 20
ou mais anos de descontos e com 80% ou mais de incapacidade para o trabalho
deixassem de sofrer o corte do “fator de sustentabilidade” aos 60 anos, mas
mantivessem o “fator de redução”. Ou seja, deixariam de sofrer um corte de
15,5%, mas mantinham a penalização de 39,5% (0,5% por cada mês até à idade
legal de reforma) na sua pensão.
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