quarta-feira, 3 de novembro de 2021

PARA TERMOS UMA IDEIA DO QUE ERA O “ESTADO NOVO”…

 

Para terem uma vaga ideia do que era realmente o Estado Novo deixo-vos aqui alguns números oficiais do Instituto Nacional de Estatística:

- O PIB per capita a preços constantes, em 1960, era de 3.682 euros. Em 2016 era de 18.061 euros (https://cutt.ly/DgfYVuS) - (corrigido)

- A mortalidade infantil era de 55,5 por mil nascituros, em 1970. Em 2015 era de 2,9 em cada mil nascituros.

- Em 1970, sofriam de tuberculose 131,8 portugueses, em cada cem mil. - Em 2016 eram 17,7 em cada cem mil.

- Em 1970, havia 94 médicos para cem mil habitantes. Em 2016 havia 486 médicos para cem mil habitantes.

- Em 1970, havia 159 enfermeiros para cada cem mil habitantes. Em 2016 eram 673 para cada cem mil habitantes.

- Em 1970, quase 26% dos portugueses eram analfabetos. Em 2015 eram ainda 5,2%.

- Em 1972, o Estado gastou com a educação de cada português 2,6 euros. Em 2016 gastou 695,1 euros, por cada português.

- Em 1960, a Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações pagou 119.586 pensões. Em 2016 foram 3.637.341 pensionistas que receberam a sua merecida reforma.

Perante a frieza destes números, custa a entender porque há cada vez mais pessoas, algumas mesmo miseráveis, que suspiram pelo regime fascista, onde apenas os ricos, viviam decentemente.

Antes de 1974 como é sabido, os portugueses não votavam livremente, não podiam manifestar as suas ideias e opiniões em público, não podiam criticar o Governo e se o fizessem, podiam ser presos ou desterrados. O portugueses não podiam sequer organizar-se livremente em partidos e outras organizações sociais e os jovens eram obrigados a participar numa guerra estúpida.

Hoje somos livres, temos uma Democracia adulta e é visível que o povo português ainda não está a viver como desejaria e o descrédito mantém-se em relação ao futuro. Não obstante esse desagrado, não podemos comparar o tempo da escravatura, da fome, do arbítrio, deportação, censura e opressão do Estado Novo, com o tempo de hoje, e quem o fizer só poderá ser por má-fé, ou ignorância do que foi realmente o Fascismo da mais tenebrosa, estúpida, retrógrada ditadura da Europa, marcada pela máxima “orgulhosamente sós”. .../...

- Excerto dos meus apontamentos em - A Mala - de Braga a Caldelas, via Olossato e Zurique (Manuel Araújo, via Fernando Gregório)


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