(…)
Em dois anos, duplicou o número de utentes sem
médico de família. São agora quase 1,4 milhões
(…)
[Os profissionais sentem] não serem minimamente valorizados
pelo Governo mesmo depois de terem aguentado uma pandemia.
(…)
[O Ministério da Saúde] passou a ter como objetivo principal
a gestão mediática dos casos e não a resolução dos problemas.
(…)
[O Ministério da Saúde está a] fazer de conta que está a
fazer.
(…)
Há ainda a questão da dedicação
plena que o Governo quer fazer de conta que é
exclusividade.
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Os
concursos anunciados [para as urgências de obstetrícia] já estavam previstos, mas, como não foram
tomadas medidas para aumentar a retenção dos recém-especialistas, continuam a ficar desertos.
(…)
Já se sabe o resultado para Medicina Geral e Familiar: quase
40% das vagas por ocupar.
(…)
[Para o acesso à saúde] é preciso
ter hospitais a funcionar em pleno e não páginas de internet onde se informa
que eles não estão a funcionar.
(…)
Já o
anúncio sobre questões remuneratórias foi triunfalista – os hospitais poderiam
pagar até 70€ por hora extraordinária aos seus
médicos –, mas de aplicação impossível.
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Fernando
Medina, depois de ter dito que o dinheiro para o SNS não seria problema, fechou
a torneira ao SNS enquanto acumula um excedente de 1100 M€ no primeiro
semestre.
(…)
A situação é complicada, mas as soluções não são tão difíceis
assim. Algumas que o Bloco de Esquerda tem apresentado.
(…)
É preciso um Governo que sirva o SNS e não que se sirva do
SNS.
Moisés Ferreira, “Público” (sem link)
[Trump] fez sepultar a sua ex-mulher num talhão criado
para o efeito no campo de golfe do seu Bedminster Club, a 60 quilómetros de
Nova Iorque.
(…)
A razão é meridianamente clara: o clube está localizado no
estado de Nova Jérsia e, sendo registado como cemitério, não paga imposto.
(…)
Bedminster, escassas semanas depois do enterro, será agora o
palco de um torneio financiado por dinheiros sauditas.
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[Trump] foi ao ponto de publicar um comunicado a inocentar o
príncipe bin Salman pela responsabilidade no assassinato de Khashoggi, o
jornalista saudi-norte-americano que foi desmembrado em instalações
diplomáticas sauditas.
(…)
Não é mesmo novidade, a morte pode ser um negócio.
Francisco Louçã, “Expresso” online
(sem link)
Não se
sabe ainda quem ganhará esta guerra (se é que alguém a ganhará,
para além da indústria do armamento), mas já se sabe quem mais perde com ela.
São o povo ucraniano e os restantes povos europeus.
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[Nas sete décadas que se seguiram à 2ª Guerra
Mundial] a Europa Ocidental conseguiu impor-se como uma região de
paz e de desenvolvimento, ainda que muito deste fosse à custa do capital
colonial que acumulara durante séculos.
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Bastou
uma guerra fantasma – travada na Europa, mas não protagonizada pela Europa e
nem sequer no interesse dos europeus – para pôr tudo isto a perder.
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O dióxido de carbono (CO2), responsável pelo aquecimento
global, permanece na atmosfera por muitos milhares de anos.
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A
guerra na Ucrânia e a crise da energia fóssil que ela provocou bastaram para fazer evaporar todos os bons propósitos da transição
energética e das energias renováveis.
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Porque é que perpetuar a guerra é mais importante do que
avançar na transição energética?
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A crise económica e social que se avizinha vai ter impacto no
espectro político dos países europeus.
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Alguns
[partidos de esquerda], que se tinham distinguido no passado contra a NATO,
ficaram em silêncio perante a insensata e perigosa expansão desta a todos os
continentes.
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Como
os cidadãos europeus são seres humanos iguais aos norte-americanos, que
sucederá no caso de o acesso fácil à compra de armas ocorrer na Europa?
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O que
está agora em causa é a possibilidade de o nazismo se transformar numa
ideologia nacionalista como qualquer outra e de os seus recorrentes ataques aos
políticos progressistas da Ucrânia serem convertidos em actos patrióticos.
(…)
O ódio
anti-russo que se exacerbou na Europa por via da invasão da Ucrânia contém
subliminarmente o ódio anticomunista, mesmo sabendo-se que o partido comunista
é muito minoritário na Rússia e que Putin é um político de direita, amigo da
extrema-direita europeia.
(…)
À
frente da União Europeia está uma mulher com mais instintos belicistas do que
cuidados pacifistas, e as primeiras-ministras da Finlândia e da Suécia não
parecem ficar-lhe atrás.
(…)
A
guerra da Ucrânia teve o efeito de trazer à consciência dos europeus mais
informados o modo arbitrário como foi destruída a Jugoslávia.
Boaventura Sousa Santos, “Público” (sem link)
A precariedade docente conflitua com a garantia de segurança
no emprego, consignada no art.º 53.º da Constituição da República Portuguesa.
(…)
A
Comissão já tinha aberto, em Novembro passado, um procedimento de infracção
contra Portugal, a que o Governo respondeu sem, no dizer da Comissão, ter
justificado a discriminação em causa.
(…)
Dado
que o Ministério da Educação afirmou sempre que a introdução dos manuais
digitais revestia a forma de projecto-piloto, onde está a avaliação do que foi
feito?
(…)
Haverá alguma razão para estas provas [para os alunos que
ficaram impedidos por estarem doentes com covid-19] terem sido marcadas
em Agosto e não em Setembro?
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Vai o
Ministério da Educação ressarcir os docentes, cujas férias interrompa,
indemnizando-os por despesas efectuadas, como está consignado no Código do
Trabalho?
Santana Castilho, “Público” (sem link)
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