quarta-feira, 3 de agosto de 2022

CITAÇÕES À QUARTA (14)

 
A situação do Serviço Nacional de Saúde é grave e está a deteriorar-se rapidamente.

(…)

Em dois anos, duplicou o número de utentes sem médico de família. São agora quase 1,4 milhões

(…)

[Os profissionais sentem] não serem minimamente valorizados pelo Governo mesmo depois de terem aguentado uma pandemia.

(…)

[O Ministério da Saúde] passou a ter como objetivo principal a gestão mediática dos casos e não a resolução dos problemas.

(…)

[O Ministério da Saúde está a] fazer de conta que está a fazer.

(…)

Há ainda a questão da dedicação plena que o Governo quer fazer de conta que é exclusividade.

(…)

Os concursos anunciados [para as urgências de obstetrícia]  já estavam previstos, mas, como não foram tomadas medidas para aumentar a retenção dos recém-especialistas, continuam a ficar desertos.

(…)

Já se sabe o resultado para Medicina Geral e Familiar: quase 40% das vagas por ocupar.

(…)

[Para o acesso à saúde] é preciso ter hospitais a funcionar em pleno e não páginas de internet onde se informa que eles não estão a funcionar.

(…)

Já o anúncio sobre questões remuneratórias foi triunfalista – os hospitais poderiam pagar até 70€ por hora extraordinária aos seus médicos –, mas de aplicação impossível.

(…)

Fernando Medina, depois de ter dito que o dinheiro para o SNS não seria problema, fechou a torneira ao SNS enquanto acumula um excedente de 1100 M€ no primeiro semestre.

(…)

A situação é complicada, mas as soluções não são tão difíceis assim. Algumas que o Bloco de Esquerda tem apresentado.

(…)

É preciso um Governo que sirva o SNS e não que se sirva do SNS.

Moisés Ferreira, “Público” (sem link)

 

[Trump] fez sepultar a sua ex-mulher num talhão criado para o efeito no campo de golfe do seu Bedminster Club, a 60 quilómetros de Nova Iorque.

(…)

A razão é meridianamente clara: o clube está localizado no estado de Nova Jérsia e, sendo registado como cemitério, não paga imposto. 

(…)

Bedminster, escassas semanas depois do enterro, será agora o palco de um torneio financiado por dinheiros sauditas.

(…)

[Trump] foi ao ponto de publicar um comunicado a inocentar o príncipe bin Salman pela responsabilidade no assassinato de Khashoggi, o jornalista saudi-norte-americano que foi desmembrado em instalações diplomáticas sauditas.

(…)

Não é mesmo novidade, a morte pode ser um negócio.

Francisco Louçã, “Expresso” online (sem link)

 

Não se sabe ainda quem ganhará esta guerra (se é que alguém a ganhará, para além da indústria do armamento), mas já se sabe quem mais perde com ela. São o povo ucraniano e os restantes povos europeus.

(…)

[Nas sete décadas que se seguiram à 2ª Guerra Mundial] a Europa Ocidental conseguiu impor-se como uma região de paz e de desenvolvimento, ainda que muito deste fosse à custa do capital colonial que acumulara durante séculos.

(…)

Bastou uma guerra fantasma – travada na Europa, mas não protagonizada pela Europa e nem sequer no interesse dos europeus – para pôr tudo isto a perder.

(…)

O dióxido de carbono (CO2), responsável pelo aquecimento global, permanece na atmosfera por muitos milhares de anos.

(…)

A guerra na Ucrânia e a crise da energia fóssil que ela provocou bastaram para fazer evaporar todos os bons propósitos da transição energética e das energias renováveis.

(…)

Porque é que perpetuar a guerra é mais importante do que avançar na transição energética? 

(…)

A crise económica e social que se avizinha vai ter impacto no espectro político dos países europeus.

(…)

Alguns [partidos de esquerda], que se tinham distinguido no passado contra a NATO, ficaram em silêncio perante a insensata e perigosa expansão desta a todos os continentes.

(…)

Como os cidadãos europeus são seres humanos iguais aos norte-americanos, que sucederá no caso de o acesso fácil à compra de armas ocorrer na Europa?

(…)

O que está agora em causa é a possibilidade de o nazismo se transformar numa ideologia nacionalista como qualquer outra e de os seus recorrentes ataques aos políticos progressistas da Ucrânia serem convertidos em actos patrióticos.

(…)

O ódio anti-russo que se exacerbou na Europa por via da invasão da Ucrânia contém subliminarmente o ódio anticomunista, mesmo sabendo-se que o partido comunista é muito minoritário na Rússia e que Putin é um político de direita, amigo da extrema-direita europeia.

(…)

À frente da União Europeia está uma mulher com mais instintos belicistas do que cuidados pacifistas, e as primeiras-ministras da Finlândia e da Suécia não parecem ficar-lhe atrás.

(…)

A guerra da Ucrânia teve o efeito de trazer à consciência dos europeus mais informados o modo arbitrário como foi destruída a Jugoslávia.

Boaventura Sousa Santos, “Público” (sem link)

 

A precariedade docente conflitua com a garantia de segurança no emprego, consignada no art.º 53.º da Constituição da República Portuguesa.

(…)

A Comissão já tinha aberto, em Novembro passado, um procedimento de infracção contra Portugal, a que o Governo respondeu sem, no dizer da Comissão, ter justificado a discriminação em causa.

(…)

Dado que o Ministério da Educação afirmou sempre que a introdução dos manuais digitais revestia a forma de projecto-piloto, onde está a avaliação do que foi feito?

(…)

Haverá alguma razão para estas provas [para os alunos que ficaram impedidos por estarem doentes com covid-19] terem sido marcadas em Agosto e não em Setembro?

(…)

Vai o Ministério da Educação ressarcir os docentes, cujas férias interrompa, indemnizando-os por despesas efectuadas, como está consignado no Código do Trabalho?

Santana Castilho, “Público” (sem link)


Sem comentários:

Enviar um comentário