sexta-feira, 5 de agosto de 2022

CITAÇÕES

 
Alguns dos mais poderosos novos barões do país estão a ocupar a praça pública com as suas exigências, de um modo que tem sido incomum nas últimas décadas.

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[Um antigo acerto diplomático] parece estar agora a ser substituído por braços de ferro, ameaças e factos consumados, numa espiral que é assinalável.

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A primeira razão é que já vai longo o período de baixas taxas médias de lucro e, ainda mais marcado, de acumulação mínima.

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É uma tendência generalizada no contexto da recuperação medíocre que se seguiu à recessão de 2008-09 e agora à de 2020-21. 

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No caso do sistema bancário, a baixa taxa de juros restringiu a margem financeira e voltou a incentivar as operações sombra em ativos de risco.

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A baixa dos impostos é o alfa e o ómega do discurso dos representantes do capital.

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A segunda razão que impulsiona esta vaga de pressões empresa­riais é o deslizar do contexto político em tempo pós-e-ante-Trump. 

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É de notar a mudança profunda dos partidos políticos da direita, que decorre desta nova parentalidade, e a forma como se posicionam nervosamente na defesa dos interesses de empresas em concreto. 

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O caso da Endesa é [paradigmático].

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O imbróglio deste discurso é que contradiz a experiência social intensa que vivemos, ou como a pandemia revelou a importância dos bens comuns na sociedade moderna, da segurança garantida pelo serviço de saúde até ao apoio ao emprego.

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Marco Galinha, o dono do “DN”, “JN”, TSF e outros, tem movido uma perseguição persistente a quem o questiona.

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[Catarina Martins e Ana Gomes são alvos] presume-se que por terem perguntado como é que uma empresa próxima do poder recebe metade dos fundos.

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Seria o Armagedão se o Governo viesse a aplicar um imposto comparável ao italiano, espanhol ou inglês sobre os “lucros caídos do céu”.

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Este acirrar de posições tem merecido uma resposta débil e não é de antecipar muito mais.

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[Nada restringe] os lucros caídos do céu de mais 153% na Galp e igualmente generosos noutras empresas dominantes.

Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)

 

A razão pela qual o Aeroporto do Porto é tão prezado internacionalmente e, simultaneamente, votado ao desprezo no seu próprio país, é um autêntico triângulo das Bermudas aeroportuário.

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A companhia aérea portuguesa ou se repensa - enquanto companhia de bandeira de todo o país - ou morre para mais de metade do seu território e abandona a sua razão de ser e de existir.

Miguel Guedes, JN

 

A origem de incêndios florestais é sobejamente conhecida.

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Seja como for, qualquer que seja a modalidade da origem do incêndio, o Estado tem de estar preparado para controlar a situação ameaçadora do fogo florestal.

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Como se sabe, da área florestal no continente, apenas 3% é pública, sendo 84% de propriedade privada.

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[Sendo assim] os recursos preventivos do Estado estão grandemente ao serviço dos proprietários privados, ainda não cadastrados na sua totalidade.

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[O Estado pode assumir] a posse administrativa da área florestal privada, em sentido restrito, alegando a defesa do interesse público de vida e bens, ficando salvaguardado o direito de propriedade privada.

António Bernardo Colaço, “Público” (sem link)

 

Nos tempos que atravessamos, por ironia do destino, os mais velhos sentem que o tempo custa a passar até chegar ao final do mês, mais propriamente até ao dia de receber a pensão.

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E tudo isto porque suportar uma inflação superior a 9%, quando as pensões aumentaram 1% ou menos, torna-se insustentável para garantir as condições mínimas de sobrevivência.

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Nestes dois terços [dos portugueses começaram a cortar na alimentação devido ao aumento do custo de vida] estão incluídos milhares de pessoas reformadas com as pensões miseráveis que recebem mensalmente.

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As dificuldades atingem todas as pessoas da classe média cujas pensões se aproximam cada vez mais do salário mínimo.

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Os produtos alimentares, a habitação e as refeições, que tiveram uma inflação superior a 8% (segundo estudo do economista Eugénio Rosa), são os que têm maior peso nos orçamentos das classes médias.

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Portugal é um dos países da zona euro com menores salários e mais baixas pensões e com uma das maiores cargas fiscais.

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O Governo, que vê o Estado a ter lucros excepcionais com a inflação, tem o dever de solidariedade para com quem está a sofrer o aumento brutal do custo de vida de distribuir os lucros.

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Há que acabar com o estigma que coloca as pessoas idosas portuguesas entre as que têm menos saúde e pior qualidade de vida a nível europeu.

Maria do Rosário Gama, “Público” (sem link)

 

Os confrontos entre grupo armados em Port-au-Prince provocaram a morte de 188 pessoas entre Abril e Maio, de acordo com os números divulgados esta semana pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas no Haiti.

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O relato dos representantes da ONU em comunicado mostra como a capital haitiana se transformou numa zona de guerra em que os civis são as vítimas colaterais.

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A descoberta recente de 18 armas de guerra, quatro pistolas e quase 15 mil cartuchos enviados dos Estados Unidos num contentor destinado à Igreja Episcopal do Haiti, aumentou a ira da população.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Em Abril [em El Salvador], no fim do primeiro mês de emergência, já a Amnistia Internacional falava numa “tempestade perfeita de violações de direitos humanos”, desde reformas legais que vulneram as leis internacionais a detenções arbitrárias.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

No segundo trimestre deste ano, foram assassinadas 68 pessoas por dia na África do Sul, (…) o número mais alto em igual período dos últimos cinco anos.

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A polícia sul-africana está cada vez mais pressionada para conter a violência sem ter capacidade para lidar com as causas subjacentes.

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Para lidar com aquilo que está por trás dessa violência, como a deterioração socioeconómica, a urbanização, o aumento da desigualdade e o crescimento da quantidade de armas nas mãos de civis, é preciso uma abordagem mais abrangente por parte do Governo.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


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