segunda-feira, 31 de outubro de 2022
ALOJAMENTO ESTUDANTIL: GOVERNO NÃO CRIOU CAMAS PÚBLICAS, DEIXOU OS ESTUDANTES À MERCÊ DO MERCADO
Joana Mortágua
confronta o Governo com a insuficiência de apoios aos estudantes deslocados que
frequentam o Ensino Superior e com a ausência de medidas para regular o mercado
habitacional.
FRASE DO DIA (1947)
domingo, 30 de outubro de 2022
LADO A LADO SOBRE OS PROTESTOS NO IRÃO E INTERCONEXÕES ENERGÉTICAS
No “Lado a Lado” desta semana, o José Gusmão e eu, conversamos sobre os protestos no Irão e o silênciodas instituições europeias e da comunidade internacional. Conversamos também sobre o acordo entre a França, a Espanha e Portugal relativo às interconexõesenergéticas. (Marisa Matias)
Para ver a versão completa do podcast 🏼https://youtu.be/piTkwgFCvQ8
FRASE DO DIA (1946)
Graça Castanheira, “Público”
JOANA MORTÁGUA PEDIU ESCLARECIMENTOS AO GOVERNO SOBRE AS PRESSÕES EXERCIDAS CONTRA AS JUDOCAS PORTUGUESAS
A deputada bloquista confrontou o
secretário de Estado do Desporto com as denúncias de discriminação e de falta
de condições de estágio das atletas olímpicas portuguesas que vieram a público
nas últimas semanas.
sábado, 29 de outubro de 2022
“QUANTOS POBRES SÃO PRECISOS PARA PRODUZIR UM SUPER-RICO?”
Governo insiste em não ver uma ligação entre o aumento da pobreza e os
lucros milionários das grandes empresas. Insiste em não taxar os lucros
excessivos, dá borlas fiscais milionárias a quem mais tem mas recusa-se a
baixar o IVA da energia, dos produtos essenciais e a controlar preços.
MAIS CITAÇÕES (204)
(…)
Jefferson
esteve envolvido no processo do “mensalão” (como beneficiário e denunciante
para reduzir a sua pena).
(…)
Para
lidar com a avalancha de desinformação, o Tribunal Supremo Eleitoral tem
mandado retirar milhares de posts, vídeos e imagens.
(…)
Por
decisão judicial, a polícia foi buscar Jefferson a casa, para que passasse de
prisão domiciliária (por outro processo) para preventiva.
(…)
Jefferson,
que tinha um arsenal em casa, recebeu os agentes com 20 tiros e duas granadas,
ferindo dois.
(…)
Bolsonaro
facilitou o armamento da população para contar com “milícias do bem” que, dos
tribunais aos resultados eleitorais, nada respeitam se não lhes for conveniente.
(…)
No
momento da detenção, só faltou um pedido de desculpas pelo incómodo.
(…)
Bandido,
para a extrema-direita brasileira, não é um criminoso como Roberto Jefferson,
que atirou sobre a polícia e teve direito a tratamento VIP.
(…)
Ela
sempre viveu bem no meio do crime.
(…)
[Para
a extrema-direita] bandido é o pobre, o favelado, o negro.
(…)
É
insuportável manter altos níveis de desigualdade sem desumanizar o pobre.
(…)
E
Bolsonaro representa o ódio social profundo que marca uma elite moldada por
séculos de escravatura.
(…)
[Bolsonaro]
disse, em 2015, que só votaria no auxílio à pobreza se viesse associado ao
controlo de natalidade, caso contrário seria um incentivo para os pobres se
reproduzirem.
(…)
Disse
que o pobre não estava preparado para a educação.
(…)
[Bolsonaro]
opôs-se à regulamentação do trabalho das empregadas domésticas, com um efeito
brutal no Brasil, e ao Bolsa Família, que ajudou a tirar milhões da fome.
(…)
Há
registos de patrões a ameaçarem os seus trabalhadores de despedimento se Lula
vencer e a prometerem prémios se a vitória for de Bolsonaro.
(…)
Um
mandato de Trump e outro de Bolsonaro chegaram para disseminar o vírus do ódio
quase até à loucura coletiva.
(…)
Se
Bolsonaro for reeleito, será letal. O Brasil será dos “bandidos de bem”.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)
António
Costa sabe que quando o calor aperta a sua agenda ideológica não é assim tão
diferente [do passismo].
(…)
Entre
diminuir a dívida ou aproveitar a suspensão das regras do euro para subir
salários e pensões a par com a inflação, ele não hesita. Cumpre o que Bruxelas
lhe pede.
(…)
O seu
tom de ódio contra o Bloco de Esquerda faz parte do filme.
(…)
E
precisa, sobretudo, de se convencer a si próprio de que a sua “troika light”
será perdoada.
(…)
Mas
pode não ser. A pobreza e o desalento são grandes.
Ângela Silva, “Expresso” (sem link)
O Brasil é relevante nas mudanças
geopolíticas em curso à escala global e será, seguramente, influente na nova
era que já começou.
(…)
O que está em confronto nestas eleições
no Brasil? São duas opções económicas? São as personalidades de Jair Bolsonaro
e de Lula da Silva?
(…)
Por que razão a campanha eleitoral se tem
desenvolvido num clima tão crispado, cheio de insultos, de desinformação, de
ódio?
(…)
É inequívoco que o confronto é bem mais
que entre modelos económicos: é mesmo em torno do modelo de sociedade.
(…)
O neoliberalismo e a economia
financeirizada que o integra têm exigências económicas e sociais só exequíveis
com a presença de forças reacionárias e fascistas nos altos cargos do poder.
(…)
O insulto e o ódio disseminaram-se,
embora em doses bem diferentes em cada uma das candidaturas, mas não nasceram
agora.
(…)
Hoje, existe a esperança de a Esquerda
mais o Centro e alguns setores da Direita serem vencedores com a candidatura de
Lula.
(…)
Grande parte do povo brasileiro não
desistiu da luta.
(…)
Bolsonaro na presidência perverteu
valores republicanos e democráticos.
(…)
Incentivou o belicismo, o racismo, o ódio
às diferenças na sexualidade e a misoginia, num país de enorme diversidade
cultural e étnica.
(…)
Defendeu políticas de educação e de saúde
que negam a ciência, foi um desastre para o ambiente.
Carvalho da
Silva, JN
Os
últimos meses têm sido caracterizados por um clima económico de incerteza,
marcados por uma subida das taxas de juro em resposta ao aumento da inflação.
(…)
A inflação é considerada, ao contrário de outros impostos
(IRS, por exemplo), um imposto regressivo.
(…)
Quanto
menor for o rendimento de um agregado familiar, menor será, em termos
relativos, a sua capacidade para adequar o seu cabaz de consumo em função da
variação dos preços.
(…)
Por
este motivo, quando a inflação aumenta, isto é, quando os preços aumentam, quem
sofre mais, em termos relativos, são os mais pobres.
(…)
No entanto, estudos recentes indicam que não só são os mais
pobres quem sofre mais, mas também os mais velhos.
(…)
As
famílias mais pobres sofrem mais o efeito da subida dos preços em bens de
primeira necessidade (produtos alimentares e bebidas não alcoólicas), enquanto
os mais ricos sentem mais ao nível dos preços de hotéis e restauração.
(…)
Quando
olhamos para a faixa etária, o mesmo estudo indica que são os mais velhos
(reformados e pensionistas) que, à semelhança dos mais pobres, sentem mais os
efeitos da inflação nos bens de primeira necessidade.
(…)
Seria
de esperar que qualquer tipo de apoio às famílias para mitigar os efeitos da
inflação fosse diferenciado de acordo com os seus rendimentos, pois só assim
seria socialmente justo.
(…)
Não
parece socialmente justo que uma família que ganhe em média 833 euros mensais
receba o mesmo apoio que uma que receba 2.700 euros.
André Oliveira, “Público” (sem link)
Os
dados mais recentes do Eurostat mostram que a taxa de desemprego em Portugal [15,9%]
é superior à média da União Europeia [13%].
(…)
Os
jovens com menos de 30 anos enfrentam hoje em dia desafios consideráveis para encontrar
emprego correspondente às suas competências.
(…)
Quase
metade dos jovens europeus tem contratos de trabalho temporários (45,9%) em
comparação com um em cada dez dos restantes trabalhadores.
Jorge Bernardino, “Diário de Coimbra” (sem link)
MILIONÁRIOS COM VISTOS GOLD ESTÃO A RECEBER APOIO DE 125 EUROS
Trabalhadores com outros esquemas de pensões estão excluídos de receber a
meia pensão e a Segurança Social não está a pagar o apoio de 125€ a estagiários
bolseiros. Mas milionários recebem estes trocos porque o governo não achou
conveniente contar com os rendimentos de capital na hora de distribuir este
apoio. (José Gusmão)
https://eco.sapo.pt/.../milionarios-com-vistos-gold.../
“GOVERNO PROTEGE QUEM ROUBA PARA EMPOBRECER QUEM TRABALHA”
O Governo acha que o grande problema que faz aumentar a inflação são os
salários de quem trabalha. No entanto, só até setembro deste ano, a Jerónimo
Martins fez 419 milhões de euros em lucros, a GALP, 608 milhões, a EDP
renováveis, 416 milhões de euros e a SONAE duplicou os seus lucros.
A inflação não é apenas culpa da guerra, é também culpa de quem carrega nos
preços para fazer lucros milionários e continuam a fazê-lo porque sabem que o
Governo nada fará para os impedir.
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
CITAÇÕES
(…)
Porque
é que sacrificaram sem remorso a sua ideia, tão convidativa, de baixar os
impostos dos mais ricos?
(…)
Quando
Truss apresentou o seu programa fiscal, a conta era choruda: 45 mil milhões de
libras para as empresas e 60 para custos energéticos, em grande medida também
para empresas distribuidoras e consumidoras.
(…)
Não
havia nisto nenhuma surpresa, pois há dez anos os mais thatcheristas do Partido
Conservador (…) [acreditavam no] impulso económico criado pela baixa de
impostos e pela inundação de apoios ao capital.
(…)
Não há
especuladores dispostos a apostar neste agigantamento do défice público.
(…)
O
Banco de Inglaterra despediu Truss.
(…)
Baixar
os impostos esperando mais investimento e que assim se compense o défice, isso
já foi experimentado sob outra forma, a de um longo período de juros nulos — e
o investimento reduziu-se.
(…)
Quando,
há poucas décadas, [os liberais] transformaram os bancos centrais em unidades
políticas inexpugnáveis à vida democrática, retiraram aos países a capacidade
de gerir as economias.
(…)
[Na
zona euro a evolução foi diferente] foi porque o BCE violou as suas regras
desde 2012 e financiou as dívidas públicas, na prática, sem limitação.
(…)
Submetendo
a Europa e, em particular, reduzindo a Alemanha a uma nova forma de dependência
energética, os EUA usam o poder imenso do banco central que financia a sua
dívida gigantesca.
(…)
[Na Europa] limitarem a inflação
controlando os preços da energia é que nunca poderia ser, Zeus [mercado]
lançaria a sua fúria contra nós.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)
A sua [de
Henrique Raposo] ideia de que uma misteriosa “neurobiologia” e a “doença
mental” explicariam os pobres é tão grotesca que dispensa argumentação.
(…)
Não há
mais ninguém na extrema-direita que se rebaixe ao ponto de apresentar este
racismo social com vestes de pseudociência.
(…)
Discutir
com ele não exige mais do que apresentar a sua própria linha de defesa.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)
A identidade portuguesa ilumina-se numa décima ligação energética
adicional, através do Minho e da Galiza.
(…)
O PSD, à falta de possibilidade de
intervenção decisiva no debate orçamental, resolveu inflamar o gasoduto
ibérico, agora também franco.
(…)
A França de Macron adere ao plano ibérico
com tão aparente ligeireza que dá ideia de ter notas de autor e de interesse.
(…)
Se a questão do custo é importante,
fundamental será saber o preço a pagar pelo que parece ser uma inversão de
estratégia a todo o custo.
(…)
Aparentemente, sabe-se agora, o
"MidCat" não está em causa.
(…)
O que seria um ganho indesmentível, à
partida, gera muita contestação. Desde logo, porque a própria utilização de
hidrogénio verde está muito pouco estudada e ainda não tem aplicação real na
indústria.
(…)
Nenhuma opção resiste à opacidade.
Uma mulher tem os mesmos direitos que um homem e, nesse
elenco, está certamente o direito a defender posições antifeministas.
(…)
A extrema-direita normalmente inclui o antifeminismo
declarado.
(…)
Por cá, temos o exemplo da deputada do Chega Rita Matias.
(…)
[As mulheres devem] essa oportunidade [de
assumir cargos de responsabilidade política] à luta de milhares de mulheres que
começaram por lutar pelo direito ao voto, mas que nunca pararam de se bater
pela igualdade entre homens e mulheres.
(…)
Acontece
que outra pergunta tem de ser feita: deve o feminismo celebrar a chegada ao
poder de mulheres antifeministas? E aqui a resposta é não.
(…)
Trata-se [o feminismo] de uma luta coletiva.
(…)
Não se trata de zelar pelo interesse próprio, mas sim de
zelar pelo de todas as mulheres.
(…)
Este tema surge ainda na sequência de Giorgia Meloni ter
alcançado a posição de primeira-ministra de Itália.
(…)
Alegam [as feministas liberais e os liberais] que uma mulher
não deve passar pelo crivo da pureza ideológica para chegar ao poder.
(…)
Pretende-se
que o feminismo celebre um evento político que, não obstante ser protagonizado por uma mulher,
marca um retrocesso para todas as outras e, já agora, para a comunidade no seu
todo.
(…)
E se
for uma mulher a liderar um governo que pratica genocídios ou limpezas étnicas?
Continuam a aplaudir? Qual é o limite?
(…)
Este
feminismo [liberal] vive bem com o infortúnio das mulheres enquanto grupo, e
enquanto sujeito político, e sobretudo com o infortúnio das mulheres mais
vulneráveis às consequências de governações como são as de extrema-direita
(…)
[O antifeminismo de extrema-direita] anuncia com clareza ao
que vem e obriga a que a maioria das mulheres levante a guarda.
Carmo Afonso, “Público” (sem link)
Se o ex-chefe de Estado brasileiro voltar a ganhar a eleição no domingo,
impedindo um segundo mandato de Jair Bolsonaro, na segunda-feira a América
Latina emergirá com as suas quatro maiores economias nas mãos de governos de
esquerda.
(…)
As quatro maiores economias da América Latina podem vir a
estar nas mãos da esquerda pela primeira vez na história.
(…)
Preciso é que a esquerda se entenda nas prioridades, quais as
lutas importantes a travar agora.
(…)
Sem esquecer que há aqui adversários políticos, por um lado,
e inimigos perigosos por outro lado.
António Rodrigues, “Público” (sem link)
Por
várias vezes se falou que havia começado uma terceira Intifada na Palestina.
Parece que desta vez é mesmo a sério.
(…)
Uma
luta diferente, porque os palestinianos que lutam contra os israelitas também
não podem ver nem pintada a Autoridade Palestiniana, cuja falta de poder parece
equivalente à endémica corrupção que a mina.
(…)
A
morte de Mahsa Amini às mãos da polícia de costumes e os mais de 40 dias de
marchas, protestos e agora até ataques armados dão a entender que uma Primavera
persa poderá estar em marcha.
(…)
A
lição tunisina que os iranianos podiam retirar era muito simples e
“importante”, explica o ex-Presidente tunisino]: “Eles viam que quando as
pessoas vão para as ruas defender os seus direitos, podem ganhar.”
António Rodrigues, “Público” (sem link)
É POSSÍVEL TER UM CORTE REAL DE RENDIMENTOS, MESMO QUANDO HÁ UM AUMENTO NOMINAL. HÁ QUEM ESTEJA A GANHAR COM A CRISE
É possível ter um corte real de rendimentos, mesmo quando há um aumento
nominal? Há quem esteja a ganhar com a crise? Sim e sim.
O governo não é responsável pela crise internacional. Mas é responsável
pela forma como escolhe responder à crise
Em 7 minutos, 7 notas sobre o mau Orçamento do Estado para 2023:
1. Fazer de conta que a inflação de 2022 não existiu é mau princípio
2. Acordo para a Função Pública muito abaixo da inflação, em todas as
contas do OE23
3. Acordo da Concertação Social não garante aumento de salários no setor
privado
4. Há borlas fiscais não quantificadas que Novo Banco e outros que tais
agradecem
5. Os pensionistas são enganados e o governo mentiu ao parlamento
6. A habitação continua a subir; quem tem casa vê-se aflito para manter,
quem não tem não arranja
7. Os casos EDP, PPP e o privilégio de quem ganha sempre
Catarina Martins
PORTUGAL É O 3º PAIS DA UE COM MAIOR AUMENTO DE MORTES POR ACIDENTE DE TRABALHO
A este ritmo, até atingirmos a meta de morte zero em Portugal, calcula-se
que morram mais de 500 trabalhadores, principalmente no setor da construção.
Acidentes de trabalho não são mero acidente. Os acidentes são uma consequência
da desregulação das relações de trabalho. Trabalhadores com vínculos precários
são mais facilmente obrigados a trabalhar sem condições. Além disso a
desregulação dos horários de trabalho é um dos maiores fatores de risco.
Finalmente, a falta de meios e poderes da Autoridade para as Condições de
Trabalho significa que, independentemente da lei, a realidade é muitas vezes a
lei da selva. (José Gusmão)
https://www.publico.pt/.../portugal-terceiro-pais-ue...
“NÃO HÁ ESTABILIDADE NA POBREZA”
António Costa fica chateado quando o Bloco compara as posições do PS à
direita mas, odioso, é entregar contas mentirosas ao Parlamento, fazer
chantagem para não aumentar salários e pensões, garantir borlas fiscais aos
patrões e às grandes empresas, impedir famílias de ter uma casa digna e os
jovens de estudar.
Sabemos que a maioria absoluta do PS prefere colocar-se ao lado dos
patrões, dos mais ricos, deixando para trás o combate às desigualdades e
entregando os salários e as pensões ao empobrecimento. Da nossa parte, seremos
a voz da oposição ao empobrecimento e às desigualdades.
GOVERNO USA DEBATE DO ORÇAMENTO PARA FAZER PROPAGANDA A MEDIDAS… QUE NÃO ESTÃO NO ORÇAMENTO
Foi preciso uma ultrapassagem pela esquerda da Comissão Europeia para o
Primeiro-Ministro finalmente dizer algo sobre lucros “inesperados”. Mas
inesperados para quem?
Em 2021, só a Sonae, GALP e Jerónimo Martins entregaram 1200 milhões de
euros aos acionistas. O ano ainda não acabou e as mesmas empresas já somam mais
de 1000 milhões de euros.
Fernando Medina finalmente fala sobre uma taxa aos lucros extraordinários,
mas a medida não consta no Orçamento e o ministro das Finanças não explica como
a vai aplicar.
Mariana Mortágua
quinta-feira, 27 de outubro de 2022
PARA O GOVERNO “A VERDADE É A QUE EU QUERO”
Governo mentiu aos pensionistas, anunciou um acordo de rendimentos que apenas
serve para dar uma borla fiscal aos patrões, opta por cortes nos salários e
apoios pontuais e não desce o IVA da energia nem controla o seu preço.
Mantém os privilégios às grandes empresas que tiveram lucros milionários à
custa da crise. Fomenta a especulação imobiliária, enquanto famílias não têm
acesso à habitação digna e jovens desistem dos seus estudos.
O Bloco continuará a lutar pela defesa do salário, da pensão, do direito à
habitação. Portugal precisa de uma força que nunca desista do respeito que o
povo merece e que defenda os trabalhadores dos que querem enriquecer à sua
custa.
Mariana Mortágua
O OE 2023 É DE ESQUERDA?
O PS apresentou um orçamento "de esquerda"? Rejeitá-lo é uma
traição à esquerda?
Ou, é esta uma proposta de orçamento que a direita poderia apresentar?
O Pedro Filipe Soares
fez um exame à lupa. Vê se concordas com as conclusões a que chegou.
FRASE DO DIA (1945)
O SILÊNCIO DA UE AJUDA A MATAR NO IRÃO
Já passaram mais de 40 dias desde que Mahsa Aminini foi morta pelas
autoridades do Irão. O regime iraniano já mostrou que não tem problema em matar
quem se lhe opõe mas o silêncio da comunidade internacional ajuda a matar no
Irão e nós não podemos, nem queremos ficar desse lado.
A União Europeia não pode continuar com esta política de dois pesos e duas
medidas em relação à defesa dos direitos humanos consoante os interesses em
causa nas suas relações com estes regimes. A União Europeia não pode continuar
a ter uma posição de meias tintas em relação ao que se está a passar no Irão.
Toda a solidariedade com as pessoas que continuam a protestar no Irão. (Marisa Matias)