sábado, 22 de outubro de 2022

MAIS CITAÇÕES (203)

 
Algumas pessoas têm a ilusão de que lhes estão a aumentar salá­rios e pensões. 

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A perda de poder de compra é culpa da inflação, que não é decretada pelo Governo, acreditam. 

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Mas um aumento abaixo da inflação é sempre um corte.

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Os preços aumentam quando os custos aumentam e os salários não podem ser a exceção que paga as favas.

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Com a produtividade a crescer, este corte é a maior transferência de rendimentos do trabalho para o capital deste século. 

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A atualização das pensões começou com um truque: fazer passar um adiantamento por um aumento.

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E acabou numa mentira: há três semanas, o Governo dizia que, se a lei fosse cumprida, o sistema perderia 13 anos de vida.

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O Fundo não só não se extingue em 2040 como terá, em 2060, mais oito mil milhões de euros do que em 2023.

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PSD, IL e Chega não têm interesse em desfazer a ideia da insustentabilidade da Segurança Social, que pretendem privatizar parcialmente. 

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Agradecem que seja o PS a descredibilizar o sistema.

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Mas a quinzena de todos os debates económicos e sociais tornou-se na quinzena do tiro ao ministro incompatível. 

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O único debate é se a lei [da incompatibilidade] está a ser bem interpretada e se tem de ser clarificada.

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Depois de uma melhoria no tempo da ‘geringonça’, a pandemia fez aumentar em 12,5% o número de pessoas em risco de pobreza.

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Sem as prestações sociais, mais de quatro milhões seriam pobres.

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Não interessa à oposição de direita debater o que faria de diferente.

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Luís Montenegro acredita que pode passar os próximos quatro anos sem falar de política.

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Mesmo para o poder, é preferível a comunicação social concentrar-se no pequeno escândalo vazio de conteúdo, que anestesia a sociedade e desmoraliza para a democracia.

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Em França há greves e manifestações, cá há indignações no Facebook.

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Neste mês deveríamos estar a debater as grandes escolhas perante esta crise. 

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Ao ponto de o Governo mentir sobre os efeitos do cumprimento de uma lei que o obrigaria a aumentar as pensões ao ritmo da inflação.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

As opções no plano económico/financeiro que vão sendo adotadas colocam interesses egoístas e o objetivo do lucro acima da urgência da resolução daqueles problemas.

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As relações entre estados e entre povos vão sendo armadilhadas e não se resolvem os problemas ambientais sem cooperação entre todos os países.

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De um momento para o outro, o "esforço de guerra" cilindra as boas vontades que se vinham afirmando para a resolução dos problemas ecológicos e ambientais.

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Muitas vezes, quando se analisam condições para responder àquelas grandes questões ambientais, coloca-se forte esperança no facto (?) de as gerações mais jovens estarem mais sensibilizadas, de se poderem utilizar os grandes avanços científicos e tecnológicos nesses combates, e de os países da União Europeia e outros ocidentais mobilizarem com o seu exemplo.

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A juventude está mais desperta, mas as carências socioeconómicos e outras, com que se deparam, forçam-na a estilos de vida predadores do ambiente.

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A utilização de tecnologias inovadoras está muito mais voltada para o belicismo e a acumulação de riqueza dos poderosos.

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O sistema financeiro tornou-se órgão vital no funcionamento da sociedade, ao mesmo tempo que não se coaduna com a Democracia.

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De facto, o sistema económico/financeiro que nos governa vai matando milhões de seres humanos à fome quando existe tanta riqueza e produção de bens.

Carvalho da Silva, JN

 

A guerra da Ucrânia vai-se agravar em termos militares, em termos de destruição, em termos de mortes civis.

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Nenhuma previsão realista pode deixar de ter em conta estas circunstâncias: estamos em guerra com todas as consequências económicas, sociais, militares e políticas.

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As acusações de belicosidade só podem ter um destinatário, Putin, e, quando não têm e misturam tudo, são pura hipocrisia.

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[Vários governos democráticos, incluindo o português] sabem que vamos conhecer anos, senão décadas, marcados pela guerra da Ucrânia, seja a quente” seja a frio”.

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Vai haver muitos mais mortos civis, directamente por causa dos combates, mas acima de tudo porque a Rússia prossegue uma política de destruição de infra-estruturas civis e de intimidação das populações pela violência.

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Há pouca gente com as mãos limpas [relativamente a estas práticas], os EUA, Israel, a Síria, nos Balcãs, no Cáucaso, nas Coreias. Seja como for uma coisa não justifica a outra.

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A Rússia vai incrementar esta política de destruição e ataques a civis, em relação directa com os seus fracassos no terreno militar.

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A partir da anexação [de territórios ucranianos pela Rússia] não é possível haver uma paz que não seja a rendição da Ucrânia com perda do seu território nacional.

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Se a paz já era difícil, depois das anexações é impossível.

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Os países bálticos também sentem o risco, em particular a Lituânia, com o enclave da antiga Prússia Oriental, agora com capital em Kaliningrado.

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A Polónia também está na linha da frente, por todas razões logísticas, militares e políticas.

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A razão por que Putin acena com um conflito nuclear vem de ele e os militares russos saberem que uma entrada da NATO no conflito, mesmo que apenas com meios convencionais, infligiria uma pesada derrota aos russos, num período de tempo muito curto.

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Ora o que aconteceu na Ucrânia foi a verificação de que o rolo compressor dos blindados russos não funcionou e mostrou enormes debilidades.

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Também penso que há racionalidade em Putin e nos seus aliados que não os impeça de perceber o que aconteceria numa guerra nuclear.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

A alimentação e a agricultura são, atualmente, assuntos fundamentais nas agendas internacionais.

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As interrupções sentidas na cadeia e disponibilidade alimentares, foram, até agora, suficientes para afetar os mercados e as famílias, em todo o mundo, aumentando o número de pessoas em situação de insegurança alimentar.

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Muito embora a quantidade de alimentos que produzimos anualmente continue a aumentar (mas com enorme impacto ambiental), o número de pessoas que vive sem acesso a alimentos e em insegurança alimentar mantem tendência crescente.

Marta Correia, “Público” (sem link)


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