terça-feira, 30 de setembro de 2025

A NOVA LEI DOS ESTRANGEIROS QUE O GOVERNO QUER APROVAR ATACA TODO O PAÍS

 

Ataca os mais desprotegidos, deixando-os ainda mais vulneráveis, e isso transforma Portugal num país onde é mais fácil aumentar a exploração do trabalho das pessoas.

Ao contrário do que leio por aqui, quem vem trabalhar para Portugal não tem direito a mais apoios. Tem direito a menos. Queremos um país com trabalhadores sem direitos?

Facilitar a exploração de quem trabalha e diminuir a empatia com o próximo é um mau caminho para Portugal. Catarina Martins


VISITA DA CANDIDATURA UNIDOS POR PORTIMÃO À ASSOCIAÇÃO AMBIENTALISTA A ROCHA

 

Hoje estivemos em visita à associação @arochaportugal para para falar da importância da defesa e valorização da Ria de Alvor, um património natural único do nosso concelho.


APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA UNIDOS POR PORTIMÃO - BLOCO DE ESQUERDA, LIVRE

 

Apresentação da candidatura Unidos Por Portimão, Bloco de Esquerda e Livre - Lucinda Caetano, candidata à Assembleia Municipal.


A EUROPA NÃO PODE DAR PALCO AO GENOCÍDIO

 

A Eurovisão é um evento organizado pelas televisões públicas dos países que participam. Ou seja, os Estados têm mesmo uma palavra a dizer.

Travar a participação de um Estado que está a cometer um genocídio, e cujo regime nunca aceitaria ser representado no evento por um artista que se opusesse explicitamente à ocupação Israelita do território da Palestina, é o expectável.

Banir a participação da Rússia depois da invasão da Ucrânia esteve nos pacotes de sanções. Não manter o critério é inaceitável. Catarina Martins


FRASE DO DIA (2516)

 
A pobreza não tem de ser uma fatalidade, mas é mais difícil escapar-lhe quando se herda um quadro propício à sua reprodução.

Amílcar Correia, “Público”


AUMENTO DE IMIGRAÇÃO E DELINQUÊNCIA JUVENIL, CONTRARIAM AS TESES DA EXTREMA-DIREITA

 

O aumento da imigração não se está a reflectir na delinquência juvenil, diz a Comissão de Acompanhamento e Fiscalização dos Centros Educativos.

Leia aqui: https://www.publico.pt/2148920


PROTESTAR NÃO É TERRORISMO!

 

A Amnistia Internacional - Portugal está solidária com os manifestantes no Reino Unido que têm sido vítimas de perseguição por se manifestarem contra o genocídio que Israel está a levar a cabo contra o povo palestiniano.

No Reino Unido, a polícia fez mais de 1600 detenções ao abrigo da Lei do Terrorismo de 2000 por protestos pacíficos contra a proibição da organização “Palestine Action” no Reino Unido.

Isto constitui uma violação das obrigações do Governo do Reino Unido em matéria de direitos humanos.

Protestar NÃO é terrorismo! O direito à liberdade de expressão e reunião pacífica é um direito humano e tem de ser respeitado em todas as partes do mundo! AI


segunda-feira, 29 de setembro de 2025

APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA UNIDOS POR PORTIMÃO - BLOCO DE ESQUERDA. LIVRE

 

João Vasconcelos - candidato à Câmara Municipal


FRASE DO DIA (2515)

 
Os deputados do Chega têm tido imenso sucesso no seu objectivo de destruição das instituições da República, só porque ninguém sabe qual é a melhor maneira de lidar com eles.

Ana Sá Lopes, “Público”


O QUE SE SABE É QUE O GOVERNO APENAS PRETENDE CONSTRUIR MAIS ESPAÇOS PARA DETENÇÃO DE IMIGRANTES

 

Maria Lúcia Amaral, não indica se vão ser construídos centros de acolhimento. O plano conhecido do Governo é apenas para construção de mais espaços de detenção.

Saiba mais: https://www.publico.pt/2148692


O DIREITO A UMA HABITAÇÃO CONDIGNA É UM DIREITO HUMANO

 


Em Portugal, em 2024 eram mais de 86 mil as famílias que se encontravam em situação de carência habitacional e a situação tem vindo a piorar.

Segundo o direito internacional, ter uma habitação adequada significa ter segurança de posse — não ter de se preocupar com despejos ou com a possibilidade de perder a sua casa.

O Governo deve procurar proteger o direito à habitação, incluído no artigo 22 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Lei de Bases da Habitação, em conformidade com o artigo 65º da Constituição da República Portuguesa, através das suas políticas e programas governamentais. AI


UMA OCASIÃO PERFEITA PARA DENUNCIAR O GENOCÍDIO EM GAZA

 

Cartaz via Jaime Mestre


HÁ QUE DENUNCIAR ESTE ATENTADO À SAÚDE DAS PESSOAS, ENCONTREM-SE ELAS ONDE SE ENCONTRAREM

 

Pesticidas banidos na Europa são cada vez mais exportados: Bruxelas prometeu acabar com esta prática, mas uma investigação mostra a enorme quantidade de toneladas de químicos proibidos na Europa por serem perigosos e mesmo assim são exportados por países do espaço comunitário.

Mais Aqui


ANTIGO CANDIDATO DO CHEGA NOVAMENTE DETIDO DEVIDO A NOVA DENUNCIA DE ABUSOS SEXUAIS

 

Queixa com novos dados relativos a 2020 levou a que o antigo candidato expulso do Chega tivesse sido detido na sexta-feira.

Leia aqui: https://www.publico.pt/2148853


domingo, 28 de setembro de 2025

DESCARAMENTO PARECE NÃO TER LIMITES PARA ESTE GOVERNO

 

Sabes que a vida não está fácil quando até o director do Eco fica chocado com a conversa do governo. Volksvargas

Via Alexandra Vieira


FRASE DO DIA (2514)

 
Sou uma entre muitos milhares de pessoas que, por todo o mundo, passaram à ação por esta causa (grande demais para a bitola Tavares) – a vida das pessoas em Gaza.

Mariana Mortágua, “Público”


QUANDO POLÍTICOS RECORREM À MENTIRA SISTEMÁTICA, DEVEM SER DENUNCIADOS

 

André Ventura andou a divulgar imagens falsificadas da flotilla nas suas redes. Confrontei Rita Matias com as mentiras do seu líder. Joana Mortágua


RESISTIR É UM DIREITO

 

Retiras a minha água, queimas as minhas oliveiras, destróis a minha casa, tiras o meu emprego, roubas a minha terra, prendes o meu pai, matas a minha mãe, bombardeias o meu país, matas à fome todos nós, humilhas todos nós, mas eu é que tenho de me culpar pela minha resistência.


AFIRMA A ONU QUE 158 EMPRESAS, INCLUINDO PORTUGUESAS TÊM LIGAÇÕES A COLONATOS ISRAELITAS

 

A maioria das empresas apontadas tem sede em Israel, mas a lista inclui a empresa de carris ferroviários portuguesa Steconfer SA e outras no Canadá, China, França, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.


A ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS TEM O PODER DE SUSPENDER ISRAEL E OS ESTADOS UNIDOS

 

Via Celeste Santos


sábado, 27 de setembro de 2025

MAIS CITAÇÕES (352)

 
Os discursos de líderes políticos de um enorme número de países e debates realizados esta semana na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), (…) evidenciam que podemos estar às portas de uma perigosa desordem internacional.

(…)

O multilateralismo respeitador dos direitos dos povos e dos países foi reclamado em muitos discursos, mas é evidente a sua crise. 

(…)

A realidade cognitiva do presidente dos EUA é complexa e ele usa-a na produção de imprevisibilidades e "gafes". Num curto espaço temporal diz tudo e o seu contrário sobre qualquer tema. 

(…)

Muitos líderes reclamaram reformas na estruturação e nas missões da ONU, mas o ator que mais beneficiou da sua existência, os EUA (juntamente com alguns dos seus aliados), fez ataques negacionistas à sua missão e ação.

(…)

Houve reclamação de soluções para as mudanças climáticas e ambientais, para o combate à fome, para uma mais justa distribuição da riqueza e para o trabalho digno, para o respeito pela igualdade entre os seres humanos, para que a ciência e a tecnologia estejam ao serviço de todos, mas Trump e seus seguidores esconjuraram tais objetivos.

(…)

Trump e seus seguidores tomaram a presunção da impunidade.

(…)

Líderes de "países emergentes" (Lula é um exemplo) rechaçaram a subserviência e afirmaram-se protagonistas para um mundo novo.

(…)

[Lideres europeus] evidenciaram um enorme medo em sair debaixo da asa protetora [dos EUA].

(…)

O neoliberalismo vai deixando claro que não é portador de alternativa para a governação das sociedades e que para prosseguir os seus objetivos precisa das forças ultraconservadoras e fascistas nos governos.

Carvalho da Silva, JN

 

A iminente entrada em vigor do Tratado do Alto-Mar (…) marca uma transformação histórica na governação global dos oceanos.

(…)

Durante décadas, o alto-mar foi uma mancha cinzenta no direito internacional no qual o princípio da "liberdade do alto-mar" frequentemente se traduzia em exploração descontrolada.

(…)

O futuro do oceano deixa de ser uma aspiração e torna-se um compromisso jurídico vinculativo para todos os países que dele queiram fazer parte.

(…)

A capacidade de estabelecer AMP [áreas marinhas protegidas] no alto-mar está no cerne desta nova era.

(…)

Estas áreas, interligadas por correntes que conectam ecossistemas distantes, funcionam como santuários que impulsionam a saúde dos ecossistemas.

(…)

Contribuem ainda para a recuperação de espécies migratórias e populações sobrexploradas.

(…)

Isto é uma mudança radical para a biodiversidade do nosso planeta.

(…)

[O alto mar] é o coração do oceano global, com as suas correntes a atuarem como autoestradas para a vida marinha, ligando ecossistemas distantes.

(…)

Contudo, o sucesso do tratado depende de ser verdadeiramente global e equitativo.

(…)

As disposições sobre Capacitação e Transferência de Tecnologia Marinha são cruciais.

(…)

Isto é uma questão tanto de justiça como de eficácia deste regime; sem o seu [de todas as nações] envolvimento pleno, não haverá proteção eficaz e global do oceano.

(…)

Alinhada com a sua missão, a Fundação Oceano Azul está empenhada em transformar este tratado em ações concretas.

(…)

Em paralelo, contribuirá para a criação da primeira geração de AMP no alto-mar, procurando salvaguardar a sua implementação de acordo com os mais exigentes critérios de governação.

(…)

Apesar das 60 ratificações serem uma conquista, a universalização é essencial: quanto mais partes, maior a eficácia e abrangência.

(…)

Quando o mundo se une, é possível forjar uma nova era de ação coletiva pelo futuro do nosso planeta.

Sérgio Carvalho, “Público” (sem link)

 

Hoje [26 de setembro] assinala-se a Noite Europeia dos Investigadores (NEI).

(…)

Nos últimos anos, a efeméride tem sido pautada, (…) por protestos da comunidade científica.

(…)

A situação atual confere qualquer coisa próxima de uma verdadeira crise institucional, em grande medida porque o Governo é o primeiro ator a menosprezar a própria carreira científica.

(…)

[O ministro Fernando Alexandre] extinguiu a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), aumentou o valor das propinas e ainda se deu ao luxo de participar numa lamentável troca de galhardetes com o reitor da Universidade do Porto.

(…)

[O Governo trata] a comunidade académica não enquanto tal, mas como um mero instrumento para responder a outros interesses que não os do bem comum.

(…)

O caso particular da extinção da FCT é uma boa fotografia da crise institucional a que assistimos.

(…)

Aproveitando o descontentamento generalizado da classe profissional de investigadores com o funcionamento do sistema, toma-se uma medida que cria ainda mais alarme.

(…)

Após as críticas, que tiveram origem nas mais diversas esferas políticas e sociais, o Governo entendeu apresentar um número teatral onde se mostrava inteiramente disponível para um debate aberto e inclusivo sobre o futuro da investigação científica no país.

(…)

[Soubemos] através dos órgãos de comunicação social que a futura agência será uma sociedade anónima, à imagem da Agência Nacional de Inovação (ANI), também envolvida no processo de criação desta nova entidade.

(…)

Não sei se o que o país precisa é de uma sociedade anónima a gerir os dinheiros públicos da ciência.

(…)

Continuamos na cauda da OCDE no que toca à percentagem de investimento do produto interno bruto (PIB) em investigação científica, muito longe de alcançar o valor de 3%, tantas vezes prometido pelos sucessivos governos.

(…)

Gerações e gerações de investigadores que, desde o seu doutoramento, não conhecem outra realidade laboral que não sejam bolsas precárias, contratos a prazo e intervalos sem trabalhar sem sequer terem acesso a subsídio de desemprego.

(…)

Parece que no país da precariedade perde a aura quem luta pelos seus direitos. 

Luís Monteiro, “Público” (sem link)


“UNIDOS POR PORTIMÃO” DEFINE A SUA POSIÇÃO NO CAMPO DOS DIREITOS HUMANOS, IGUALDADE E SOLIDARIEDADE

 


Para a Coligação Unidos por Portimão um concelho melhor é um concelho mais amigo das pessoas, que respeite as diferenças de cada um, que promova a igualdade de oportunidades e a solidariedade, e que não deixe que ninguém fique para trás. Para ficar a conhecer todas as nossas propostas, consulte o nosso programa no link da bio.

Mais Aqui


O PLANO DO GOVERNO É AUMENTAR AS RENDAS EM PORTUGAL

 

No momento em que era mais urgente defender quem está à rasca para pagar a renda, Luís Montenegro apresenta um pacote de benefícios para quem aumentar ainda mais as rendas das casas… até ao preço “moderado” de 2300. Joana Mortágua


O QUE É UMA “RENDA MODERADA”?

 

Os inquilinos e proprietários não sabem o que é uma "renda moderada", mas o Governo fez questão de explicar. São 2.300 euros, de acordo com o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas e Habitação, que concordaram no valor, mas não concordaram no peso que ele tem a nível mediático.

E por "renda moderada", o ministro das Infraestruturas e Habitação entende 2.300 euros para uma família com rendimentos na casa dos cinco mil euros.

👉Saiba mais: https://swki.me/iYTM8RAy


À BEIRA DO PRECIPÍCIO CLIMÁTICO: 7 DOS 9 LIMITES PLANETÁRIOS QUE ASSEGURAM A ESTABILIDADE DO PLANETA PARA A EXISTÊNCIA DE VIDA FORAM ULTRAPASSADOS

 


Governos e empresas respondem com mais bombas de carbono que matam e matarão milhares de milhões de pessoas

Só a luta coletiva das pessoas comuns pode parar esta guerra. Junta-te à resistência! Climáximo.
 

ANTENA 1: ESTA SEMANA NO “GEOMETRIA VARIÁVEL”

 

Esta semana, no “Geometria Variável“: ONU, melhor juntos. Reconhecimento do Estado da Palestina tardou. Pacote laboral é para negociar.

🎧“Geometria Variável“, com Marisa Matias, Carlos Coelho e moderação da jornalista Maria Flor Pedroso. Para ouvir em Apple Podcasts, Spotify e outras plataformas de streaming.

🔗Disponível também em antena1.rtp.pt/programa/geometria-variavel/


sexta-feira, 26 de setembro de 2025

CITAÇÕES

 
Donald Trump congratulou-se por ter acabado com sete guerras em sete meses, misturando escaramuças, conflitos de poucos dias, tensões que se mantêm e duas guerras inexistentes.

(…)

De fora ficaram, claro, guerras reais, como na Ucrânia e em Gaza, que Trump jurara que acabaria num ápice.

(…)

Para o herdeiro mimado, o Nobel tem a mesma função de quase tudo o que faz: alimentar o seu ego inseguro. 

(…)

Sei que, há não muitos anos, se um Presidente dos EUA inventasse, perante a Assembleia-Geral da ONU, ter posto fim a duas guerras inexistentes, e isso não resultasse de uma gafe, o tema seria a sua saúde mental. 

(…)

Os critérios para os líderes forjados por este tempo são diferentes. 

(…)

A mentira é detetada pela bolha que se informa pelos meios que usávamos no passado.

(…)

Mas uma realidade paralela segue o seu caminho. 

(…)

O ser humano está, como um demente, a desligar-se da realidade.

(…)

A democracia está a morrer porque morreu qualquer ideia de verdade partilhada por uma comunidade. 

(…)

Nem a verdade científica, transformada em cabala de elites, sobrevive.

(…)

A verdade foi substituída por um subproduto: a boçalidade. 

(…)

Perdemos o que nos faz adultos: distinguir a realidade da fantasia e manter regras so­ciais de contenção.

(…)

Esta infantilização coletiva, com o endeusamento amoral do sucesso individual, é uma das causas para a ascensão de egomaníacos como Trump.

(…)

O povo parece ter recuperado o fascínio por mentes perturbadas. 

(…)

Como numa ditadura, o único imperativo que sobra é a vontade do ditador.

(…)

Sou dos que acreditam que vivemos o ocaso da democracia moderna, experiência curta na história da humanidade. 

(…)

Sem estruturas mediadoras que enquadrem a vida social com regras (…) não sei se é possível travar a queda.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Se há alguma base cientifica para o mito neofascista da “substituição” (…) essa base está, ironicamente, no próprio sistema económico que a direita tanto defende: o capitalismo.

(…)

É hoje um consenso que a precariedade dos jovens — em termos de emprego, salários e habitação — combinada com o enfraquecimento de serviços públicos essenciais, como o SNS, tem sido um entrave significativo à constituição de família e à decisão de ter filhos.

(…)

Na prática, uma parte considerável dos jovens só consegue ponderar ter filhos quando, após o falecimento dos pais ou avós, herda algum património que lhes permite finalmente alguma estabilidade.

(…)

É profundamente irónico que o capitalismo neoliberal, baseado na ultracompetição, que supostamente reflete a “eficiência” e a “meritocracia” da “seleção natural” (…) acabe por produzir uma realidade em que só os filhos daqueles que herdam (…) conseguem, por sua vez, constituir família.

(…)

Entretanto, os únicos que continuam a procriar (…) são, frequentemente, os imigrantes mais pobres e racializados.

(…)

Nestas camadas sociais, independentemente da origem étnica (…) a constituição de uma família burguesa nunca fez parte do imaginário.

(…)

A decisão de ter filhos (…) depende antes de uma combinação de múltiplos outros fatores — que os moralistas burgueses sempre classificaram como “baixas morais” da plebe.

(…)

É claro que muitas dessas crianças crescerão em condições difíceis, como sempre aconteceu entre os mais pobres no capitalismo.

(…)

Mas isso pouco importa ao sistema: a procriação aqui é uma forma de acumulação primitiva de capital.

(…)

Trata-se da produção de mão de obra barata, da próxima geração de trabalhadores superexplorados.

(…)

Serão estes jovens que, dentro de vinte anos, trabalharão nas obras, nas plataformas logísticas, nos portos, nos Uber e no retalho.

(…)

As desigualdades geradas pela competição económica produzem efeitos sociais distintos em diferentes camadas da sociedade.

(…)

Entre a classe trabalhadora com alguns direitos (…) observa-se uma drástica diminuição da fertilidade.

(…)

Essa classe com alguns direitos (…) tende, assim, a desaparecer juntamente com esses mesmos direitos, enquanto não superar o capitalismo.

(…)

Já entre aqueles que vivem nas margens da sociedade (…) é precisamente a ausência de perspetivas de futuro — em que os filhos surgem como única forma de segurança social — que impulsiona a decisão de ter filhos.

(…)

E o capital agradece essa carne barata.

(…)

É claro que nenhuma solução razoável virá da extrema-direita que, na sua cruzada contra a chamada “grande substituição”, procura privilegiar ainda mais os direitos sociais de forma excludente aos cidadãos nacionais nativos ao mesmo tempo que pretende aprofundar a superexploração dos setores mais excluídos da classe trabalhadora.

(…)

Que não existam jovens com medo de ter filhos por falta de habitação ou de emprego com direitos, nem mães que sintam necessidade de ter filhos apenas para assegurar apoio na velhice.

(…)

É igualmente essencial garantir um SNS que funcione em condições, para que as mulheres não tenham receio de dar à luz, bem como assegurar serviços públicos gratuitos.

Jonas Van Vossole, “Público” (sem link)

 

O bloqueio policial à passagem de Emmanuel Macron nas ruas de Nova Iorque quando deixava a sede da ONU é simbólico de um país que faz stop à marcha do mundo civilizado, coage a liberdade de expressão, censura comediantes, questiona a ciência e a democracia.

(…)

É difícil imaginar onde estará o Mundo daqui a dez anos ou como a História julgará este tempo daqui a cem. 

(…)

Dificilmente se conseguirá evitar que o julgamento do tempo olhe no retrovisor para os actuais grandes líderes e responsáveis políticos mundiais sem que caracterize este período como o do apogeu dos pequenos homens risíveis.

(…)

O que se espreme desta casta de uva americana é puro veneno.

Miguel Guedes, JN

 

As consequências da acção de Trump a nível internacional resumem-se numa palavra: caos.

João Paulo Craveiro, “Diário de Coimbra” (sem link)