sábado, 20 de setembro de 2025

MAIS CITAÇÕES (351)

 
Caro Henrique Raposo, li o seu artigo com a atenção que se dá a um bom romance de ficção política: há drama, vilões e conspirações internacionais.

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O Bloco de Esquerda defende a paz, os direitos humanos e a autodeterminação de todos os povos. 

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Pessoalmente, nem acompanhava as posições de Kirk.

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Atribuir-me (ou a uma tal de “esquerda woke”) a organização de um baile de máscaras para celebrar mortes é simplesmente ridículo.

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A Al Jazeera é um órgão de comunicação social. Leio-a como qualquer outro: com espírito crítico e sem cartão de sócia.

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Esqueceu-se de mencionar que os repórteres da estação foram banidos por Israel.

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A minha diferença com Ventura não está apenas no projeto político, mas também nos “amigos internacionais” que cada um escolhe.

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Eu faço alianças com quem defende direitos humanos, igualdade e liberdade.

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E se essa extrema-direita, ou mesmo o Henrique, é indiferente à morte de 28 crianças por dia, eu não sou.

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As pontes que quero construir neste momento são para alimentar um povo que morre de fome. 

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Henrique, a política precisa de debate sério, não de intrigas de série B. Se quiser discutir ideias, cá estarei.

Mariana Mortágua, “Expresso”

 

Uma morte é uma morte, e a violência política é sempre um ataque à democracia, mesmo quando a vítima é inimiga da democracia.

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[Kirk] defendia a teoria da “grande substituição”, que os negros viviam melhor quando eram escravos, que as execuções deveriam ser televisionadas, patrocinadas e vistas por menores, que a pena de morte devia ser aplicada a alguns opositores de Trump e que as mortes de crianças em tiroteios escolares eram um custo aceitável de “direitos dados por Deus”.

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O autoplay das redes disparou mais rápido do que a bala. 

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Controlar a emoção é controlar a reação.

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76% das vítimas de atentados cometidos por extremistas, na última década, nos EUA, foram mortas por grupos ou indivíduos ligados à extrema-direita. 

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Anunciou que vai classificar Antifa e outros grupos de esquerda como terroristas. 

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Como já tem acontecido em relação à imprensa, a instituições públicas, à justiça e às universidades, isto quer dizer censura, repressão e limpeza cultural.

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Em poucos dias, várias pessoas foram despedidas por terem feito publicações desagradáveis sobre Kirk, tendo sido criado um site para expor quem critique o novo mártir.

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Em cinco dias, o congressista do Wisconsin Derrick Van Orden escreveu 550 tweets sobre uma “segunda Guerra Civil” e apelando à violência contra democratas e jornalistas. 

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Musk passou uma semana a promover a manifestação da extrema-direita que espalhou o caos pelas ruas de Londres. 

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[O assassínio de Kirk] é, para a extrema-direita, Trump e Musk, uma oportunidade.

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E é porque a História rima que acabaremos por ter o incêndio do Reichstag, provocado pelos próprios ou por crimes de outros.

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O guião da extrema-direita, pelo menos desde a ascensão ao poder de Mussolini ou Hitler, foi sempre o mesmo: semear a violência e a desordem para, quando as sociedades se entregam a esta bebedeira, imporem a sua ordem autoritária.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Em muitos países europeus e do Ocidente, a possibilidade de o voto ser a arma de aniquilamento da própria democracia é dramática, mas é real. 

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Cresce aceleradamente o número dos deserdados pelas políticas neoliberais executadas em nome da democracia, designadamente na Europa.

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Há, assim, muito voto de protesto que pode convergir com o dos inimigos da democracia.

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As governações europeias renderam-se aos encantos e benefícios imediatos do ultraliberalismo económico, num quadro em que este impõe a espiral de sucção de recursos mais forte da história.

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O terreno da política está cheio de vírus que matam a democracia. Como responder a esta situação?

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Quando os governos e outras instituições do poder não respondem aos justos anseios dos povos, há que afirmar o poder da rua, gerando-lhes incómodos. 

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São importantes as manifestações contra as alterações às leis laborais avançadas pelo Governo.

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 É necessário um combate na defesa de todos os fatores de coesão de que a sociedade dispõe.

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Vamos ter a "comemoração revanchista" do 25 de novembro. Como disse o presidente da Associação 25 de Abril, "Eles não querem o 25 de Abril. Eles odeiam o 25 de Abril". 

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A pretensa entrega de competências ao poder local, sem correspondentes meios, é uma das causas geradoras de expectativas que não podem concretizar-se. 

Carvalho da Silva, JN

 

Ser racista e anti-imigrantes parece ter virado moda — uma moda perigosa. 

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[Mais de 100 mil pessoas responderam em Londres a] um chamado de Tommy Robinson, fundador da English Defence League e conhecido racista britânico com várias condenações criminais.

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A maioria eram gente da classe média baixa, gente pobre, gente cuja vida se enche apenas de problemas e que se deixou seduzir por um discurso de ódio sem fundamento contra os imigrantes.

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Pobres contra pobres, atraídos pela convocatória de um criminoso racista, confundidos pelos verdadeiros culpados dos seus problemas.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

Se não os querem no seu país, as pessoas que marcham contra os imigrantes deveriam ficar impedidas de se apropriarem da sua comida e da sua cultura.

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[A cultura e a comida dos americanos] nada tem da pureza que os racistas brancos introduziram como solução simples para uma equação complexa.

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Na marcha anti-imigrante do Reino Unido, outro dos países cuja cozinha é uma apropriação cultural (…) [também se vê] os participantes numa manifestação racista passando pelas barracas de comida indiana, cingalesa, afegã, caribenha para alimentar a barriga.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


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