sábado, 8 de agosto de 2020

CITAÇÕES

Há 800 mil trabalhadores a recibo verde e outros tantos trabalhadores informais para quem esse direito [a férias] não existe.

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[As férias de verão] não existiram sempre, não existem ainda hoje em muitos países, e não caíram do céu.

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Enquanto tempo para nós, o verão é uma invenção e uma conquista do movimento operário, das greves e dos sindicatos.

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[Foi em 1936, em França que] um governo que juntou socialistas, comunistas e radicais, reconheceu pela primeira vez no mundo as duas semanas de férias pagas aos trabalhadores.

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Em Portugal, só depois do 25 de abril de 1974 se consagrou as férias como um direito anual irrenunciável, independente da vontade dos patrões.

José Soeiro, “Expresso”Diário

 

A associalização e o confinamento militante em que vamos sendo acantonados tornam-nos tolerantes perante violações de direitos individuais e coletivos, e produzem uma sociedade apática.

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A má gestão e a não resolução de grandes problemas socioeconómicos, como aqueles com que nos deparamos, geram perigosos subprodutos.

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A expressão "retorno à normalidade" pode ser uma mera ilusão ou ter interpretações subversivas. O futuro nunca foi nem será retorno ao passado.

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É preciso conter os duros impactos sociais e económicos da pandemia, mas é um erro grave deixar para depois as políticas estratégicas de recuperação da economia.

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Se ficarmos pelo atentismo no "retorno à normalidade" podemos ter a certeza de que, rapidamente, chegaremos a uma situação em que os défices da nossa matriz de desenvolvimento e as fragilidades do Estado se agravarão

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Neste tempo de exaltação da frugalidade e da moderação, lembremos quão frugais são os trabalhadores e o povo, e que a moderação nem sempre é uma virtude.

Carvalho da Silva, JN

 

Um rei [Joan Carlos] que se transformou num facilitador de negócios, cobrando comissões milionárias que depois escondia do fisco através de paraísos fiscais e testas de ferro.

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Esconder o dinheiro sem nunca lhe perder o rasto, o monarca mostrava conhecimento dos esquemas de lavagem de dinheiro.

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Alguns querem agora evitar a queda do dominó, que o cheque que expôs o rei não se transforme no xeque-mate da monarquia.

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Alguns querem agora evitar a queda do dominó, que o cheque que expôs o rei não se transforme no xeque-mate da monarquia.

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Juan Carlos de Bourbon não é a maçã que apodreceu, é o exemplo maior de uma casta que deve ser combatida.

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A questão de fundo não é se Espanha aguenta uma República, é que Espanha já não aguenta uma monarquia corrupta.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

[Joan Carlos], uma espécie de rei saltimbanco ao serviço da fuga à sua própria investigação com a complacência, anuência e vontade da Casa Real espanhola.

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[Em Portugal] não faltaram monárquicos e republicanos a pretenderem recebê-lo de braços abertos em virtude de ser "um doce amigo de Portugal".

Miguel Guedes, JN

 

Perante os testemunhos de quem assistiu à ameaça de morte e aos repetidos insultos racistas de Evaristo Martinho contra Bruno Candé ao longo dos três dias anteriores ao seu assassinato, não há dúvida de que as motivações do crime são claramente racistas.

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Que a extrema-direita [discuta se foi ou não racismo], não surpreende, porque a sua estratégia é negar o racismo para o banalizar e, assim, normalizar a sua violência.

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O que levou a PSP a emitir um comunicado de imprensa a negar a hipótese de racismo neste crime [de Bruno Candé]?

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Se até em casos-limite como estes [Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial] peca por falta de comparência, para que serve?

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Como explicar que até o Presidente da República, prolixo em distribuir afetos nos “momentos difíceis”, não tenha achado pertinente dirigir uma palavra sequer à família do Bruno Candé?

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[Evaristo Martinho] incorporou o projeto de sociedade colonial que lhe foi incutido, em que as vidas negras nunca importaram.

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O deputado da extrema-direita e seus acólitos investem ainda hoje no assassinato post-mortem da vítima.

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O manto de silêncio institucional sobre este caso vai contribuir para normalizar a violência racial.

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Por andar repetidamente a incitar ao ódio e a negar o racismo, por convidar os racistas a saírem do armário em ‘contra manifestação’, o deputado fascista André Ventura é hoje o maior autor moral dos crimes racistas que ocorrem no país.

Mamadu Ba, “Público” (sem link)

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