domingo, 23 de agosto de 2020

MAIS CITAÇÕES (96)

 O compromisso governamental de um aumento faseado do salário mínimo até aos 750 euros na legislatura foi cumprido em 2020, com um aumento de 35 euros. Antecipar-se-ia que esse seria o ritmo para os próximos três anos.

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A credibilidade democrática pede o cumprimento da promessa.

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O primeiro-ministro assegurou repetidamente que, mesmo com a recessão da covid, não haveria recuo e não se repetiriam os erros da crise anterior, nomeadamente a política de ataque aos salários e pensões.

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Não creio que o Governo possa alegar que o salário deva ser congelado por esse motivo [da recessão].

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Não é aceitável [um aumento insignificante de salário] precisamente por estarmos a viver uma recessão muito real, se não mesmo mais grave do que o Governo admitiu até hoje.

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É mesmo porque há crise económica que o salário mínimo deve aumentar em 2021, e até por valores superiores aos de 2020.

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O salário mínimo é um valor de referência para as políticas sociais.

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Sem o aumento do salário mínimo, tería­mos muito mais pobres em Portugal.

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Com a redução das exportações, torna-se evidente que é na procura interna que está a capacidade de almofadar a recuperação a curto prazo.

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Aumentar o salário mínimo cria emprego e não desemprego, ao contrário do que afirmavam as teorias que faliram na última década, como é agora reconhecido de modo generalizado na academia a partir da experiência concreta.

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Aumentar o salário mínimo é das decisões mais ponderadas que se pode tomar para 2021.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Sim ao hidrogénio, mas sem embarcar nesta monumentalidade triunfal do Governo.

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Não [ao hidrogénio] se for uma aposta chegada pela força dos lóbis e cegada pela urgência desesperada de espatifar o dinheiro dos outros.

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Não temos sectores com lóbis tão poderosos como o da energia.

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O hidrogénio é futuro, e sem ele o mundo continuará movido a três quartos pelo petróleo.

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A competitividade do hidrogénio depende do custo futuro da energia

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É, pois, um negócio que atrai não apenas elétricas mas sobretudo petrolíferas, que comem governos ao pequeno-almoço.

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Estamos fartinhos de ver governantes engolidos na treta do progresso imparável, que acaba em custos imparáveis e talvez um emprego para eles.

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Não concordo com a posição retrógrada, mesmo que fundamentada, de um documento assinado por 40 contra o hidrogénio verde.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

Segundo o jornal [The New York Times], as autoridades gregas expulsaram secretamente, em 31 ações realizadas desde março, 1072 requerentes de asilo.

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Também retiraram combustível a barcos de refugia­dos e rebocaram-nos para as águas turcas.

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E abandonaram refugiados numa ilha desabitada.

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E expulsaram migrantes legais, enfiando-os num barco no rio Evros.

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Mas nada neste comportamento da Grécia a distingue de uma odiosa tirania.

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E perante um bote à deriva com 22 seres humanos, dois bebés, carregado pela civilizadíssima Europa para alto-mar, pedem que não acicatemos a extrema-direita que já determina o que somos pelo medo que cresça.

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Sei que o silêncio “moderado” perante o discurso bárbaro que se torna hegemónico na Europa é o problema.

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Sei que o silêncio “moderado” perante o discurso bárbaro que se torna hegemónico na Europa é o problema.

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Não foi por causa dos que resistiram ao antissemitismo generalizado na Europa que ele se transformou numa indústria de ódio.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Neste domínio [da “floresta cultivada”], a “visão” de Costa Silva ignora a existência de uma Lei de Bases da Política Florestal [aprovada há 24 anos por unanimidade na AR].

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A “visão” de Costa Silva ignora também a existência de uma Estratégia Nacional para as Florestas, que entrou em vigor em 2006 e foi actualizada em 2015.

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Não basta afirmar a preocupação com as emissões de gases de efeito estufa, ou defender a intenção de descarbonizar a economia. Há que definir uma visão consequente.  

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Não se vislumbra uma aposta na investigação e, sobretudo, em extensão, tendo em vista cumprir metas mínimas de produtividade.

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O que a “visão” de Costa Silva defende é a proliferação de extensas plantações de culturas energéticas? Haja água e aposta na biodiversidade que aguente!

Paulo Pimenta de Castro, “Público” (sem link)

 

[Joan Carlos é] um homem incapaz de fechar a braguilha, que se tornou exemplo de como o caruncho pode atingir uma instituição anquilosada como a monarquia.

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Num mundo cada vez mais desigual, manter monarquias e casas nobiliárquicas é uma expressão institucionalizada dessa desigualdade.

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A indiferença [do rei da Tailândia] ao impacto da pandemia e à crise económica no seu país é mais criminosa que qualquer crítica dos 20 mil estudantes que se juntaram, domingo, na capital tailandesa para mais um dia de protestos.

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Delphine Boël cometeu o grande erro de ser resultado da longa relação extra-conjugal entre o que seria o rei Alberto II (…) e a baronesa Sibylle de Sélys Longchamps.

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Mesmo sendo apenas um caso de divórcio em que a corda da tutela partiu pelo lado mais fraco, não mereciam os marroquinos saber o que se passou com a sua antiga primeira-dama?

António Rodrigues, “Público” (sem link)


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