sábado, 22 de agosto de 2020

CITAÇÕES

Quase 30% dos cerca de 125 mil residentes em lares no nosso país vivem em instituições que funcionam sem enquadramento legal.

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Precariedade, baixos salários e excessiva rotatividade são a regra num setor [lares] em que as mulheres são a larga maioria e onde a formação em contexto de trabalho praticamente não existe.

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É preciso repensar todo o modelo que temos de cuidados para os idosos.

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Muitos lares não respeitam os rácios de trabalhadores definidos pela lei, o que é mais flagrante no período noturno e na área da saúde.

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Precisamos de apoio aos cuidadores informais para além dos 30 concelhos em que funcionam atualmente os projetos-piloto.

José Soeiro,“Expresso” Diário

 

Por ser imprescindível, há muito que se tornou num recurso apetecível para a apropriação privada: é um negócio garantido.

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Segundo essa análise [da ERSAR] divulgada há dias, dos 25 municípios onde a gestão da água é mais cara, 24 são de responsabilidade privada.

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A conclusão é que os municípios asseguram preços mais baratos quando gerem diretamente o abastecimento de água.

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A diferença de preços praticada entre locais onde o abastecimento de água foi privatizado e onde se manteve público é abissal.

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[Em 2014] após audições a 19 contratos de concessão de água, o TC [Tribunal de Contas] afirmou que estes não trazem nenhum benefício para o consumidor ou para as autarquias.

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[Os privados] até recebem pela água que não sai da torneira: se o consumo baixar face ao previsto, o contribuinte paga a diferença.

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Risco zero para os privados, risco máximo para as pessoas.

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O aumento do preço da água [por parte da Águas do Pinhal Interior Norte] chegou a ser de 30%, o que explica o descontentamento e esperemos que seja suspenso.

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Para matar a sede sem secar a carteira o caminho deve ser o da reversão das concessões, a única forma de acabar com o abuso, garantindo a gestão pública séria deste bem estratégico.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Portugal carece de indústria. A indústria é garante de criação de emprego e, sem dúvida, o setor que mais positivamente puxa pela sua qualidade e melhor o consegue fixar.

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É possível e indispensável derrubar barreiras que oneram os investimentos e, em particular, reduzir custos energéticos.

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Como sabemos, os incentivos aos privados, para que estes se mobilizem, por vezes subvertem as contabilidades de partida e geram processos de saque ao Estado.

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Para que a EN-H2 [Estratégia Nacional para o Hidrogénio] se converta numa oportunidade e caso de sucesso, o Governo tem, entretanto, de assumir sérias precauções.

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O trabalho precário e a existência de rendas desmedidas que hoje se praticam no setor energético não podem ter cabimento nestes novos projetos.

Carvalho da Silva, JN

 

"Por uma questão qualquer", é [para André Ventura] uma minudência [Steve Bannon] ter sido acusado do desvio de milhões de dólares da iniciativa de recolha de fundos para a construção do muro na fronteira entre os EUA e o México.

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O ex-conselheiro e director de campanha de Donald Trump em 2016, [Steve Bannon], acusado de fraude e lavagem de dinheiro, enfrenta agora uma pena de prisão que pode ir até 20 anos.

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Se acontecer cá e a ele, [André Ventura]  já se sabe, a culpa será do poder que o persegue. Será "uma questão qualquer", certamente.

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Steven Bannon é "apenas" a sétima pessoa próxima de Trump a ser detida ou acusada de crimes desde que tomou posse como presidente dos EUA.

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QuantcastAlegar desconhecimento passa então a ser uma ciência de fuga. AV, que assistiu impávido e sereno a várias saudações nazis nos comícios do Chega, desconhece que o líder da "Resistência Nacional" (…) pertence ao seu partido.

Miguel Guedes, JN

 

Os investigadores, em regime low cost, competem anualmente por um contrato de seis anos para auferir uma remuneração correspondente ao seu nível, ou seja competem por um contrato que deveria corresponder à sua justa condição laboral.

Rui Curado da Silva, “Diário as beiras”

 

Não é fácil distinguir de forma abrangente os conceitos de “esquerda” e “direita”.

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A questão da igualdade é, pois, absolutamente decisiva para traçar uma linha de fronteira entre esquerda e direita.

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Nos últimos anos com o regresso global de um agressivo extremismo de direita, seja ele parlamentar ou extraparlamentar, tem sido disseminada a ideia errada - com a qual o próprio se procura legitimar – de que apenas “responde” ao seu equivalente de esquerda.

Rui Bebiano, “Diário as beiras”


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