domingo, 9 de agosto de 2020

MAIS CITAÇÕES (94)

 Trump só pode tentar salvar-se através de dois expedientes: o medo interno (a ordem contra os desordeiros) ou o medo externo (a tensão com a China). Vai usar os dois.

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A Trump, em rota de derrota, só resta a ordem do caos, e é nela que vai basear a sua tentativa de recuperação.

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Uma rutura [com a China] teria uma implicação devastadora na economia norte-americana e significaria imediatamente a redução dos salários reais no país.

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É a economia que manda no conflito [China-EUA], o que o torna mais imprevisível do que o confronto EUA-URSS.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Se há algo em Portugal que seja tão regular e previsível como o relógio de cuco são os escândalos no Novo Banco.

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A trapalhada monumental em que se tornou o que foi o maior banco privado nacional estava inscrita desde o primeiro dia deste processo, mas não deixa de surpreender pela imaginação fértil.

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Se houver uma réstia de decência, substituir a administração do Novo Banco, cuja idoneidade está posta em causa por sucessivas operações desastradas para impor prejuízos ao erário público, é a primeira condição para o saneamento da instituição.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Uma rede de investigadores que se dedica ao combate à fraude fiscal e à lavagem de dinheiro, detetou 467 mil milhões de dólares de lucros empresariais escondidos em offshores para evitar o pagamento de impostos no ano passado.

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As contas secretas servem precisamente para isso, para ocultar as fortunas, para não pagar os impostos e para proteger o crime da corrupção.

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Então, se há neste imbróglio espanhol uma vantagem, é mostrar que, havendo delito, a dinastia favorece a perceção de impunidade pelos criminosos.

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Juan Carlos presta, assim, um último serviço à democracia: exibir a consequência do privilégio régio.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Os “leilões do solar” não são entre quem dá mais, mas entre quem pede menos ao Estado.

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As “rendas garantidas” não são à partida um erro, mas é como nas PPP, o problema está na definição e distribuição do risco.

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Umas contas: se no futuro o preço de mercado do megawatt estiver €10 mais barato do que o garantido pelas rendas, o Estado perderá cerca de €12,5 milhões.

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Ninguém se opõe à energia solar, recurso limpo e renovável. O problema não é científico, é financeiro.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

Mas esse fosso [programático entre PS, PCP e BE] não impediu um entendimento em torno de um programa político de emergência: a devolução de rendimentos e a estabilização das relações sociais e políticas.

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De novo, há um programa de emergência que pode ser partilhado entre os partidos de esquerda e que não é ameaçado pelas diferenças ideológicas persistentes.

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É impensável governar em minoria no contexto que vamos enfrentar.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

[Joan Carlos] tem o presidente do Governo a apoiar a sua fuga indigna e a direita a exigir respeito e compreensão por quem é suspeito de fuga ao Fisco e corrupção.

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[Os defensores da democracia defendem] que quem herda o poder o exerce melhor do que quem o conquista no voto. Tudo o que vemos no Reino Unido e em Espanha o desmente.

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Nenhum destes mitos sobreviveria ao escrutínio das democracias modernas.

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Nunca houve poder menos corrupto do que o atual, porque nunca houve poder tão escrutinado.

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E é por o poder ser transitório e nunca hereditário que a República se regenera.

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A superioridade republicana é a sua humildade perante a fraqueza humana: as instituições não se confundem com pessoas ou famílias.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

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