quarta-feira, 11 de outubro de 2023

CITAÇÕES À QUARTA (72)

 
Indiciado em três casos de corrupção, o primeiro-ministro israelita coligou-se com partidos de extrema-direita para esse golpe judiciário e ofereceu-lhes mais um passo na transformação do país num estado teocrático.

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Décadas de impunidade internacional e de incumprimento da resoluções da ONU.

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Netanyahu criou um mundo de exceção em que o colonialismo é a forma da supremacia racial.

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Talvez ainda haja algo na essência humana que rejeite a atrocidade. 

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[Esta guerra com os palestinianos de um lado e Israel do outro] é o testemunho mais gritante do fracasso da ordem internacional, ou, pior, do sucesso do seu lado extremista. 

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A guerra perpétua tornou-se o único horizonte naquela região [do Médio Oriente] e o seu objetivo é a aniquilação.

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Lembro já aos mais assanhados [apoiantes de Netanyahu] que, de uma das últimas vezes que aplaudiram um sucesso militar foi na invasão do Afeganistão, em que ensinaram o mundo que não se podia dizer “mas” a essa operação de “guerra ao Islão”.

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Mas a NATO acabou a entregar o país aos talibãs.

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Ou que do outro lado, o Hamas foi no seu início impulsionado por Israel para dividir as forças palestinas.

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Creio que, em contrapartida, os democratas continuarão a insistir na única solução democrática: o fim da ocupação e do apartheid. 

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Apesar do espanto e terror com a sua falha de segurança, o governo israelita responde como seria de esperar, com o sequestro da população civil de Gaza.

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A guerra total não tem lei.

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Tudo é possível: para o governo de Israel, é uma missão religiosa ocupar o território de infra-humanos e exterminá-los; para o Hamas, matar judeus é a resposta.

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Apesar disso, há o lado menos conhecido da guerra, que são as vozes de israelitas dissidentes.

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Algumas figuras destacadas da cultura e da história do país têm-se revoltado contra a imposição do apartheid.

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Um delas foi a do escritor judeu britânico Tony Judt, que em jovem viveu num kibbutz, entusiasmado pela inicial promessa socialista sionista, para depois se afastar.

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Dois dos mais conhecidos escritores israelitas prosseguiram esta batalha de Tony Judt, com a diferença de viverem em Israel e ali e empenharem pessoalmente no movimento pela paz.

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[Foram] Amos Oz, que morreu há cinco anos [e uma das] maiores figuras da literatura mundial, David Grossman, cujo filho morreu ao participar numa operação militar em 2006 no sul do Líbano.

Francisco Louçã, “Expresso” online

 

É penoso assistir à continuada degradação da Inspeção-Geral da Educação e Ciência, cada vez mais lesta em exercícios censórios, de perseguição aos poucos directores que recusam ser simples lacaios políticos desta perniciosa maioria absoluta.

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[A entrevista de Costa à CNN foi] um exemplar discurso para iludir ingénuos e uma antologia de inverdades para mascarar a inacção que caracteriza a sua forma de governar.

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António Costa voltou à cassete segundo a qual a recuperação do tempo de serviço dos professores é insustentável para o país.

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São muitas as demonstrações de que o argumento financeiro é falso. 

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Fala dos politicamente muito convenientes aumentos dos magistrados e juízes, de 2019?

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Fala da recuperação de todo o tempo de serviço aos enfermeiros? Ou acha que há equidade entre os professores do continente e os dos Açores e da Madeira?

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De acordo com a retórica elogiosa do primeiro-ministro, o Governo foi magnânimo com os professores, oferecendo-lhes um “acelerador” de carreiras.

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Os efeitos da medida são de tal modo diluídos no tempo que, mais de 3 mil docentes só os sentirão nos anos de 2031, 2032 e 2033.

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Apenas em 2025 se atingirá metade dos docentes abrangidos pela medida, sendo que os promovidos nessa altura terão, em média, cerca de 61 anos.
Santana Castilho, “Público” (sem link)

 

Queremos solidarizar-nos com as pessoas, estudantes na sua maioria, que têm levado a cabo diferentes acções de protesto e bloqueio na tentativa de levar o Governo a agir, realmente a agir, e não perder mais tempo.

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[Eles] sabem que o estado a que se deixou chegar o mundo está a ameaçar roubar-lhes a hipótese de viver as próximas décadas de forma minimamente aceitável.

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Do modo como estamos a caminhar, o futuro não vai correr bem, porque o presente já não está bem para muitos milhares de pessoas em todo o mundo.

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Para que a situação se altere, é preciso agir e estas e estes estudantes sabem-no bem.

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Que o Governo finja que tudo isto é só radicalismo juvenil diz bem da sua irresponsabilidade e que permita que a polícia não actue quando cidadãos atacam fisicamente estas pessoas é capaz de dizer também da sua vontade de deixar o circo pegar fogo.

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Permitir e naturalizar violência sobre manifestantes pacíficas é muito, muito grave.

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Andamos há muito tempo a ouvir falar de coisas que hão-de acontecer, mas não há meio de as vermos concretizadas.

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Pode discutir-se como se fazem estas mudanças, o que (e quem) tem de reduzir em termos de consumo, que processos são melhores ou piores para tudo isto avançar, mas não se pode continuar a fingir que está tudo bem.

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É preciso assumir que se vivem tempos de emergência climática e estabelecer prioridades, avançando de modo eficaz para as mudanças que têm de ser feitas.

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[Não se pode] adiar sempre só mais uns anos as metas de emissão de carbono, como se houvesse tempo.

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Noutros países, várias pessoas protestam, ocupam, são presas, arriscam a vida a pedir acção política face à crise climática.

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É preciso começar, e agir agora!

Frente Grisalha Pelo Clima, Público (sem link)


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