quarta-feira, 18 de outubro de 2023

CITAÇÕES À QUARTA (73)

 
Gaza é, há mais de quinze anos, uma prisão a céu aberto para dois milhões de pessoas, encafuadas num território mínimo.

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[Os ataques por parte de um dos mais poderosos exércitos do mundo] em nome de uma supremacia racial que lhe permitiria expulsar os habitantes daquelas terras ou confiná-los ao desespero de uma vida sem sentido. 

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Como esta política não tem viabilidade, vai sendo agravada numa cavalgada de proporções sempre mais tenebrosas.

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Uma punição coletiva que só pode ter como fundamento um abismo de ódio.

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Netanyahu pretende um resultado definitivo, sepultar a promessa de um Estado Palestiniano soberano.

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Ele precisa da guerra para se salvar.

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[Na guerra que opôs povos africanos ao regime colonial-fascista português], Cabral não aceitava o princípio da culpa coletiva, nem a tomada de reféns, porque agia militar e politicamente para derrotar o exército opressor.

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Foi assassinado antes de poder saber que a sua política foi vencedora.

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Note-se que a ditadura, em contrapartida, usava o princípio racista da culpa coletiva, e foi isso que justificou [massacres, torturas, prisões extra-judiciais e mesmo algumas mortandades].

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O que é facto é que, depois de cinco séculos de escravatura, servidão, exploração e desumanização, os movimentos de libertação não tinham como objetivo aterrorizar ou matar civis.

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Cabral, acusado de terrorista pela ditadura, foi o libertador que lutou pela democracia e que recusou o princípio da punição coletiva e queria aliar-se ao povo português.

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Salazar, o que o acusava, foi o terrorista que mandou matar civis africanos e sacrificou Portugal numa guerra em nome daquele princípio.

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[Os inimigos que é preciso derrotar são] o colonialismo, o extremismo e a banalização do mal que são os impulsos da guerra.

Francisco Louçã, “Expresso” online (sem link)

 

O sionismo não é todo igual, ao contrário do que muitos indefetíveis e críticos de Israel acreditam, apesar de ser cada vez menos diferente.

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O sionismo de esquerda foi emancipatório, generoso, progressista, inspirador do espírito dos kibutzim e responsável pela criação das principais instituições que hoje existem em Israel.

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O problema é esta versão revisionista, por natureza exclusiva e “chauvinista”.

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A vitória e radicalização do sionismo revisionista, representada pelo Likud e por todos os herdeiros Begin, determina o impasse neste conflito. 

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A guerra tem mais de 70 anos, teve poucos intervalos e é quotidiana e imparável há bastante tempo.

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Foi o Likud de Sharon e Netanyahu, depois da bem-sucedida eliminação de Yitzhak Rabin (…), aliado a forças ainda mais extremistas, que acabou por determinar o que Israel é hoje.

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E é deste Israel que falamos.

Daniel Oliveira, “Expresso” online (sem link)

 

[As embalagens de utilização única têm] um custo enorme para a sociedade e para o ambiente, com o statu quo actual a diminuir a nossa capacidade colectiva de desenvolver alternativas.

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As abordagens de prevenção de resíduos e as embalagens reutilizáveis, por exemplo, oferecem excelentes oportunidades.

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Irá a União Europeia (UE) enviar um sinal claro a todos os que estão empenhados em mudar para sistemas de embalagens reutilizáveis?

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A produção de materiais de embalagem de utilização única (à base de papel ou de outros materiais) implica um elevado consumo de energia, esgota os recursos naturais e liberta gases com efeito de estufa (GEE).

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Estudos após estudos provam que estamos a transgredir os limites do planeta mais rapidamente do que nunca.

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Só na UE houve um recorde de 177 kg de resíduos de embalagens por pessoa em 2020.

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Os sistemas de reutilização de embalagens permitem libertar-nos do modelo linear convencional (produzir, utilizar e deitar fora).

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A adopção destes sistemas de reutilização pode dar novo fôlego às economias locais, reduzindo tanto as importações como a dependência de cadeias de abastecimento globais.

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Mas sejamos claros: as embalagens reutilizáveis têm de existir em grande escala em toda a Europa. 

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A grande mudança de mentalidade de que necessitamos vai garantir que o ónus da responsabilidade não recai novamente sobre os consumidores.

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O nível de lobbying sem precedentes (de acordo com os nossos contactos no Parlamento Europeu) que se verifica actualmente em Bruxelas em torno do PPWR está a tornar alguns políticos estranhamente hesitantes.

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As atenções centram-se agora nos eurodeputados que irão votar na semana de 23 de Outubro de 2023.

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A todos os eurodeputados: a bola está no vosso lado.

Aline Maigret, “Público” (sem link)

 

O número de mortos que se perspectiva e a forma como estão a tentar eliminar os palestinianos da região obrigam a falar em genocídio e limpeza étnica.

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Os ataques do Hamas foram uma carnificina e devem ser classificados, sem reservas, como atos terroristas.

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O que não podemos é aceitar que sirvam de legitimação para matar civis palestinianos e para o cometimento generalizado de crimes de guerra por parte de Israel.

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Dirigentes [israelitas] verbalizaram aquilo que teríamos cautela em concluir: que Israel quer punir o povo palestiniano coletivamente pelos atos do Hamas.

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Aproximadamente metade da população em Gaza é constituída por crianças. As crianças não são do Hamas e não são cúmplices de ataques terroristas.

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A quem não for capaz de [condenar a matança que Israel está a fazer na Palestina], recomendo que se remeta ao silêncio e que se abstenha de exigir tomadas de posição a terceiros.

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É mesmo preciso saber se [líderes de todas as forças políticas em Portugal] consideram que esta barbárie está legitimada, se tem atenuantes ou se é tão imperdoável como os ataques do Hamas.

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Sucede que a posição da UE é parcial e, por isso, injusta.

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A falta de iniciativa e de coragem para condenar a atuação de Israel, que se vê por cá, é a mesma que caracteriza a comunidade internacional.

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Parecemos aceitar coletivamente que o destino daquelas pessoas está traçado e que não há nada a fazer por elas.

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Na Faixa de Gaza vivem pessoas iguais a nós.

Carmo Afonso, “Público” (sem link)


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