(…)
O aquecimento global evidenciado desde a
revolução industrial está ligado (…) aos gases atmosféricos produzidos
pela atividade humana.
(…)
O
aumento da temperatura global, um oceano mais quente, o desgelo observado na
Gronelândia e na Antártida, o aumento do nível do mar, o aumento da
acidificação dos oceanos e os eventos naturais extremos são consequências
inequívocas do aquecimento global.
(…)
A humanidade está atualmente a sentir os
efeitos das mudanças climáticas de forma mais direta.
(…)
Inundações, incêndios, furacões, temperaturas
extremas e ecossistemas ameaçados são eventos tangíveis e devastadores.
(…)
Este
tipo de ansiedade tem sido observado recentemente na prática clínica e é
diferente de outros tipos de ansiedade, porque o clima é uma ameaça real.
(…)
Embora
o tópico precise de ser mais estudado, até ao momento, os psicólogos sugerem
ajudar as pessoas a gerir a culpa pelo consumo.
(…)
Em
termos gerais, o principal objetivo para a maioria dos indivíduos poderia
passar por não ser dominado pelo medo e, num estado de calma, poder tomar
melhores decisões.
Lúcia Penalba e Elisabete Pinto, “Público” (sem link)
O julgamento de Cláudia Simões e Carlos Canha, cozinheira e
polícia envolvidos num confronto por causa de um passe de uma menina, na
Amadora, chegou ao fim há umas semanas.
(…)
Ao longo das sessões do julgamento, Catarina Pires,
presidente do coletivo de juízes, foi repreendendo com um inusitado empenho
assistente e arguida Cláudia Simões.
(…)
Parecia haver uma vontade de confirmar um juízo prévio em
cada gesto de Cláudia Simões.
(…)
As quedas voluntárias e enlouquecidas são um clássico das
agressões policiais.
(…)
Neste caso, o próprio agente que ia no carro reconheceu que
era “impossível” que os ferimentos no rosto tivessem acontecido à saída
do carro.
(…)
Apesar de as lesões de Cláudia terem sido confirmadas por
médicos especialistas, a procuradora considerou as declarações de
Cláudia Simões exageradas.
(…)
Estamos perante um polícia que se deu como provado ter
agredido duas testemunhas dentro da esquadra, nessa mesma noite.
(…)
Extraordinariamente, as agressões, pelas quais Canha até foi
condenado, não permitiram ao coletivo de juízes perceber o que aconteceu horas
antes, na rua.
(…)
Temos um agente que se pressupõe ter dito a verdade num caso,
mas mentido no outro, ter sido incompreensivelmente agressivo num caso, mas
muitíssimo cumpridor da lei no outro.
(…)
O que distingue os dois momentos? As vítimas.
(…)
Ficamos a saber que, para a nossa justiça, não sentir revolta
perante um crime da polícia é uma atenuante.
(…)
"Ninguém fez mal a Cláudia Simões; Cláudia Simões é que
(…)
(…)
Uma afirmação destrói este acórdão, onde se dedica mais espaço a criticar Cláudia Simões, apesar da sua pena ser
quatro vezes inferior à de Carlos Canha.
(…)
A juíza (e os seus colegas) não julgou, deu uma opinião.
(…)
Mesmo a agressão na esquadra às duas testemunhas ilegalmente
detidas é enquadrada, criticado, mas quase justificado.
(…)
Quem dera a todos os condenados contarem com tanta
compreensão de juízes.
(…)
Se recusa as motivações racistas de Carlos Canha, o acórdão
não deixa de as apontar às testemunhas que, por acaso, até foram agredidas por
este agente exemplar e corajoso.
(…)
No acórdão, [a juíza] faz críticas políticas aos movimentos
antirracistas e aos ativistas que falaram publicamente sobre o caso.
(…)
Foi ela que decidiu suspender a obrigação de Mário Machado se apresentar
quinzenalmente às autoridades enquanto estivesse na sua expedição política à
Ucrânia.
(…)
Todos acompanhámos o percurso do ex-juiz Rui Fonseca e
Castro, que, depois de afastado da magistratura, é uma das principais figuras
do partido mais radical em Portugal.
(…)
Quem tenha acompanhado a forma como esta juíza tratou Cláudia
Simões e lido este acórdão sabe que isto é uma história que se repete e
repetirá sempre.
(…)
O primeiro passo para a tirania é achar que a lei é
propriedade de quem a aplica.
Daniel Oliveira, “Expresso” online
É
notável assistir ao aumento de projectos, práticas e políticas destinadas a
promover a inclusão social de crianças e jovens em situações de desvantagem
social no território nacional.
(…)
Não há
dúvida que os projectos sociais precisam de dinheiro para se fazerem... e não
só. Precisam dele para incluírem avaliações de qualidade.
(…)
Do ponto de vista da eficácia, um projecto
revela qualidade quando atinge os objectivos específicos de inclusão.
(…)
Do
mesmo modo que há projectos de alta qualidade e projectos que deixam a desejar,
há as avaliações de alta qualidade e as que deixam a desejar.
(…)
Nunca teremos a certeza se o projecto é de
qualidade sem termos uma avaliação também ela de qualidade.
(…)
A
promoção dos projectos para inclusão de crianças e jovens em situações de
vulnerabilidade é prioritária. Todavia, esta promoção tem de ser feita com
critério.
(…)
Quando estes programas têm resultados
positivos, muitos problemas são evitados, as economias desenvolvem-se, a saúde
aumenta.
(…)
Crie-se um provedor de eficácia de base
científica.
Tiago
Lobo-Dos-Santos, “Público” (sem link)
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