sábado, 22 de março de 2025

MAIS CITAÇÕES (325)

 
Quem tem de lidar com problemas do trabalho, da proteção social ou das causas e consequências da falta de meios para acesso a uma habitação digna, confirma o elevado valor do cumprimento da lei, mas também a imprescindibilidade do respeito por princípios éticos, na formulação e aplicação das leis.

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A ética pode transcender a lei. Numa sociedade decente (democrática) há obrigações para além do que a lei estabelece.

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A análise ao comportamento do PM tem de ser feita com recurso a um amplo conjunto de normas jurídicas, mas igualmente de princípios éticos.

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A lacuna ética ir-se-á confirmando, independentemente dos resultados eleitorais que se registarão no dia 18 de maio.

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Desengane-se quem raciocina no pressuposto de que o voto popular pode lavar mais branco. O lastro da vida política corre o risco de acabar negro.

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O recurso a princípios éticos é indispensável: vivemos num tempo em que a apropriação indevida da riqueza, em dimensão nunca antes vista, é imoral, mas é legal.

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Como se teria chegado, por exemplo, ao fim do trabalho escravo ou do trabalho infantil, se em tempos passados ficássemos prisioneiros do “cumprimento escrupuloso da lei”?

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Em Portugal, temos determinações constitucionais e legais que apontam a construção de um país bem melhor do que o que temos.

Carvalho da Silva, JN

 

Há uma cultura da boçalidade e da ignorância agressiva, que invade a sociedade à medida que os mecanismos de comunicação menorizam a racionalidade e valorizam o pathos.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Como correrão os rios neste dia da água?

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Estes fenómenos de precipitação intensa são cada vez mais frequentes e mais extremos, uma realidade que já reconhecemos no dia a dia.

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Muitos, em alturas como esta, têm dificuldade em acreditar que Portugal enfrenta, cada vez mais, os graves episódios de seca e de escassez de água de que tendemos a falar só no Verão.

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 Alterações climáticas: há tanta urgência em travá-las, mas também em fazê-las ser compreendidas e aceites.

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 [Os rios] são uma fonte de água para as pessoas e para a biodiversidade, albergam inúmeras espécies, são fonte económica e de atividades de lazer.

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Os rios em estado natural, que funcionam “como deviam”, compõem ecossistemas capazes de absorver enormes quantidades de água (como as decorrentes da precipitação intensa) e atrasar os processos de escorrência.

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Mas, ao longo do tempo, temos reduzido ou feito desaparecer estas defesas naturais drenando, impermeabilizando, canalizando e construindo estruturas, desde barragens a edifícios.

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Dominar e conter os rios e as suas margens dificilmente será a solução mais segura e eficaz a longo prazo.

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Felizmente, o engenho da natureza fez com que os próprios ecossistemas ribeirinhos tivessem grande capacidade de absorver e conter a água em excesso.

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A água que antes corria livre é, cada vez mais, refreada por milhares de barreiras.

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Restaurar os ecossistemas ribeirinhos é, segundo vários exemplos, uma solução com menos impactos no risco de inundação, mas também na qualidade da água e na retenção de nutrientes.

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Em Portugal, estimam-se mais de 13 mil barreiras à conectividade fluvial, desde pequenos açudes a grandes barragens.

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Muitas destas barreiras servem-nos diariamente, fornecendo água, produzindo energia, ou permitindo a manutenção de espécies em algumas zonas já muito degradadas e afetadas pela escassez de água.

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Mas a construção de barreiras acarreta também grandes impactos negativos.

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 E há que ter em conta que muitas se encontram obsoletas e poderiam ser removidas.

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Para combater as alterações climáticas, há que seguir os objetivos de instrumentos como a Estratégia Europeia para a Biodiversidade

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Para combater as alterações climáticas, há que seguir os objetivos de instrumentos como a Estratégia Europeia para a Biodiversidade, que incluem libertar pelo menos 25 mil quilómetros de rios de barreiras até 2030.

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Para que os rios corram melhor, é particularmente importante o restauro da conectividade fluvial através da remoção de barreiras obsoletas com impacto ecológico negativo, assim como a promoção de alternativas à construção de novas barragens.

Ana Catarina Miranda, “Público” (sem link)


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