sexta-feira, 18 de abril de 2025

CITAÇÕES

 
Longe de eleições, Bernie Sanders e Alexandria Ocasio-Cortez enchem estádios. 

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O que tem este velho esquerdista (para os parâmetros norte-americanos) para, contra Trump, conseguir o que mais ninguém consegue?

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Tem um discurso simples. 

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O discurso político sempre foi uma simplificação da realidade. Até os atores dos confrontos políticos e socais o são. 

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O problema foi terem deixado que “nós” e “eles” passassem a ser os nacionais e os imigrantes, os brancos e os negros, os heteros e os gays. 

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De forma refrescada, mas abertamente radical, Bernie recuperou esse confronto nos 99% contra 1%, e volta a recuperá-lo no combate à oligarquia.

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Dispensando os seus habituais representantes, a oligarquia tomou o poder político. Com isso, ganhou rosto. 

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A oligarquia passou a ter a cara de Musk. Deixou de ser uma abstração.

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Tem os democratas em crise profunda. A aprovação do partido caiu para os níveis baixos desde 1992.

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Por conveniência, os centristas querem acreditar que a solução é deixar Trump à solta, esperando que se suicide.

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Schumer [líder da minoria Democrata] no Senado assinou o reforço do poder de Trump e talvez, sem o saber, a sua morte política.

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55% dos democratas de Nova Iorque preferem Alexandria Ocasio-Cortez e apenas 35% Schumer. 

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[Bernie Sanders vem] preparando as intercalares de 2026, e para ajudar a dar maior dimensão a Alexandria Ocasio-Cortez para chegar ao Senado ou à Presidência. 

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Trabalha para a sucessão, coisa que Trump nunca fará e Biden não soube fazer. 

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E tem, com forte ajuda da sua companheira de tournée, a mobilização dos jovens.

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Alexandria Ocasio-Cortez é a figura que mais agrada aos democratas com menos de 45 anos.

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O movimento progressista lançado por Bernie Sanders desafia as cumplicidades que bloqueiam a resistência de quem prefere esperar que parte da tal oligarquia se canse da imprevisibilidade de Trump. 

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Bate-se pelos trabalhadores empobrecidos que foram abandonando os democratas. 

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

Produtos sucedâneos ou similares procuram captar a atenção do consumidor [brasileiro] depauperado, cujo aumento do custo de vida obrigou a cortar artigos mais caros da sua dieta.

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A inflação subiu [no Brasil] em Março para 5,48%, a mais alta desde Fevereiro de 2023, sendo que a alínea que mais fez o índice de preços subir é precisamente a dos alimentos.

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O extraordinário é que o Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo e a previsão é que a sua produção venha a aumentar 15,5% até 2034.

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O problema para o consumidor interno é que, com os preços internacionais mais caros, os produtor1es brasileiros ganham mais dinheiro exportando do que vendendo a preço mais baixo no país.

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E assim o consumidor brasileiro, acossado pela falta de dinheiro, acaba por escolher (…) queijo processado com “sabor a mozarela” ou por uma qualquer mistura de manteiga e margarina e outros produtos falsos.

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É falso, mas brilha com as mesmas cores da embalagem e, sobretudo, a preço substancialmente mais baixo.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

O British Medical Journal publicou em Fevereiro uma investigação que denuncia a guerrilha judicial usada pela McDonald’s para abrir mais e mais restaurantes em zonas economicamente desfavorecidas.

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[No Reino Unido] as multinacionais alimentares gastam rios de dinheiro em litigância judicial agressiva e inventiva para evitar alterações legais no que diz respeito à exigência de comida mais saudável ou, simplesmente, para fugir aos impostos.

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A McDonald’s, que pretende abrir mais cem novos restaurantes no Reino Unido durante este ano, vai ao ponto de garantir em tribunal que promove a vida saudável.

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E têm médicos dispostos a comprovar perante os juízes o quão saudável é a sua cadeia de comida de plástico de primeira qualidade.

António Rodrigues, “Público” (sem link)

 

À procura do espelho mais simétrico a que possa deitar mãos para uma averiguação preventiva, o Ministério Público (MP) não presta grande serviço à justiça ao colocar situações completamente incomparáveis no mesmo patamar no espaço de um mês.

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O MP tem contribuído tanto para a instabilidade política que, agora, se sente na obrigação de fechar os olhos à disparidade e meter no mesmo saco os casos de Luís Montenegro e de Pedro Nuno Santos (PNS), como se fossem efectivamente comparáveis. 

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É, todo ele, um acto de fingimento que não colhe nem se espera das suas superiores atribuições na representação do Estado e na defesa da legalidade democrática.

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Está a ser altura do MP ir a juízo se prova que não o tem.

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A dificuldade em valorizar “o caso” de PNS atravessa o espectro político e ainda bem.

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O PSD mostra sentido de Estado, até porque sabe que não pode desempoeirar o tapete que colocou debaixo da cama. 

Miguel Guedes, JN


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