sábado, 30 de novembro de 2019
CITAÇÕES
Em 12 anos de existência, o corte do
fator de sustentabilidade [nas reformas antecipadas] multiplicou-se por 27!
(…)
A eliminação de alguns cortes e os
aumentos de pensões não desequilibraram o sistema, antes pelo contrário.
(…)
Criação de emprego, melhores salários e
diversificação de fontes de financiamento são os fatores essenciais que
garantem a sustentabilidade do sistema, e não a política de cortes nas pensões
nem o aumento constante da idade da reforma.
(…)
Se hoje é possível produzir mais riqueza
com menos trabalho, por que havemos de continuar a aumentar o horário de
trabalho, em vez de o reduzirmos?
(…)
A ideia de que é inevitável trabalharmos
sempre mais é historicamente desmentida, economicamente contestável e
socialmente regressiva.
Na semana que antecede mais uma COP,
desta feita em Madrid, voltamos às discussões sobre o que está em cima da mesa.
Não houve muito caminho feito, mas há hoje a perceção de que vivemos tempos de
emergência.
(…)
Se a emergência climática é uma
realidade, o que falta mesmo é passar à ação e perceber que o futuro tem pouca
viabilidade se nada for mudado no atual modelo de desenvolvimento.
A sociedade portuguesa não
pode condescender face à persistência da pobreza entre quem trabalha.
(…)
O agravamento da pobreza
no grupo dos empregados não é nenhum mistério: o emprego cresceu, mas em média
os salários associados a esse novo emprego são muito baixos e o emprego muito
precário, o que os desvaloriza ainda mais.
(…)
Confirma-se que, até
agora, o que está em marcha na Concertação Social não é a busca de um acordo
para a valorização salarial de que o país precisa, mas sim o estabelecimento de
um teto travão às dinâmicas de crescimento dos salários e também à contratação
coletiva.
Joacine não é vítima, é o
produto do que bem alimentou e lhe alcandorou à eleição.
(…)
Joacine não é capaz de
gerir a pressão interna. Não se pense, porém, que a direcção do Livre não
poderia ter gerido este processo de forma diferente.
[O Vox é] a ponta de um
icebergue que a democracia espanhola nunca conseguiu derreter, como agora se
está a ver.
(…)
O problema é que qualquer
pessoa sensata percebe que a recusa [do governo espanhol] de fazer um
referendo, como a Escócia fez há uns anos, para se saber a vontade dos catalães
é sinal de uma “deriva autoritária”.
(…)
O problema é que qualquer
pessoa sensata percebe que os
presos [catalães] condenados a longas penas
de cadeia por posições políticas que estavam
mandatados a tomar pelos seus eleitores são “presos políticos” dê lá por onde
der.
(…)
O que os responsáveis
políticos espanhóis, com vergonhoso destaque para o PSOE, estão a fazer é tapar
o sol com uma peneira e o sol não deixa. Daí a fúria.
(…)
O Portugal de Salazar não
é a Espanha actual, mas quando chega à Catalunha tornam-se parecidos e para os
presos políticos catalães são até bastante iguais.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
Emprenhamos pelos ouvidos
e pelos olhos a ideia do consumo como preenchimento do nosso vazio existencial.
(…)
Actualmente, medimos a
nossa auto-estima, integração social e realização pessoal em função do poder de
compra que detemos.
Raquel
Guimarães, “Público” (sem
link)
As greves climáticas (esta
é a quarta em Portugal) são acontecimentos mundiais, com a participação de
milhões de pessoas.
(…)
Depois de décadas em que
os avisos foram ignorados, que os dados científicos foram negados, hoje a
emergência climática é incontornável.
(…)
É verdade que esses
interesses obscuros [das grandes empresas das indústrias fósseis] ainda não se
dão por vencidos, mas a consciência global sabe que os tem de vencer, sabe que
os consegue vencer.
(…)
Deixar tudo como está não
é opção. A via do imobilismo é negar o futuro às novas gerações, legando-lhes
um planeta em caos climático.
(…)
O modelo de uma economia
baseada nas indústrias fósseis é parte do problema, a sua superação é a única
solução.
(…)
A COP 25 é um momento
fundamental para confrontar os líderes mundiais com as decisões que têm de ser
tomadas, exigindo um modelo de desenvolvimento que garanta uma redução das
emissões de gases com efeito de estufa e a neutralidade carbónica e breve
prazo.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
Há matérias que requerem
aprendizagens incrementais e acumulativas, sendo garantido o desastre quando se
pula para um nível superior sem domínio do anterior.
(…)
A ênfase dada às
competências vem negligenciando o conhecimento, quando o conhecimento é nuclear
para qualquer tipo de desempenho.
Santana
Castilho, "Público" (sem link)
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
VIVA A GREVE CLIMÁTICA!
Apesar
das evidências, a direita não acredita na emergência climática, acompanhando os
interesses das indústrias ligadas aos combustíveis fósseis e outras de idêntico
calibre. nunca defendeu o aumento
de profissionais ou o reforço da dotação orçamental no Serviço Nacional de
Saúde
FINANCIAMENTO DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA É DECISIVO PARA A VIDA CULTURAL DO PAÍS
A
deputada do Bloco, Beatriz Gomes Dias, lembrou a Ministra da Cultura sobre os
atrasos da Direção Geral das Artes, a precariedade e a instabilidade dos
artistas e das companhias que, embora consideradas elegíveis, continuam sem financiamento.
O
sistema imposto pelo Governo no financiamento da cultura falhou por completo e
fragilizou o setor resultando no financiamento crónico, na precarização, nos
baixos salários e nos despedimentos que são a realidade dos produtores culturais.
A
deputada defendeu que se estruture um verdadeiro modelo de apoio às artes justo
e inserido numa política cultural que vise a garantia dos direitos de função e criação
cultural em todo o território.
nunca
defendeu o aumento de profissionais ou o reforço da dotação orçamental no
Serviço Nacional de Saúde
FRASE DO DIA (1245)
[As greves climáticas significam]
que as consciências estão a mudar e há cada vez mais pessoas que exigem dos
líderes políticos mundiais mais do que palavras bonitas ou ideias pomposas:
exigem ações concretas para responder ao estado de emergência climática.
Pedro Filipe Soares, “Público”
O PSD SEMPRE QUIS A DESTRUIÇÃO DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
O PSD anda muito
preocupado com esses pobres coitados que quase não conseguem viver de
rendimentos de capital. Vai daí anda sempre a procurar forma de ajudá-los. Por exemplo, atacando o SNS e tentando transferir o seu orçamento para o
negócio privado.
“O
PSD quer fazer da saúde uma linha de apoio a quem quer viver ou de rendimentos
de capital ou de rendas do estado” (Moisés Ferreira)
O
deputado Moisés Ferreira lembra que o PSD nunca defendeu o aumento de
profissionais ou o reforço da dotação orçamental do Serviço Nacional de Saúde e
que a grande solução do PSD para a saúde é utilizar o orçamento do Serviço
Nacional de Saúde para financiar os privados.
nunca defendeu o aumento de profissionais ou o
reforço da dotação orçamental no Serviço Nacional de Saúde
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
JAIR BOLSONARO DENUNCIADO POR CRIMES CONTRA A HUMANIDADE NO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL
São Paulo, 28 nov
2019 (Lusa) – O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro foi denunciado hoje no
Tribunal Penal Internacional (TPI), acusado de iniciar práticas de genocídio e
promover ataques sistemáticos contra os povos indígenas do país.
A informação foi divulgada
num comunicado do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu) e pela Comissão
Arns, duas organizações do Brasil autoras da representação.
Via Antena 21
O MAIOR PROBLEMA DO SNS É A SUBORÇAMENTAÇÃO
Como se explica que até Setembro deste
ano o Ministério das Finanças tenha mantido a cativação de mais de 800 milhões de
euros dos 1000 que o Orçamento autorizava?
Quatro quintos do
total continuava cativado. E porquê? Sem dinheiro nem autonomia para contratar,
os hospitais e unidades de saúde ficam numa situação impossível: não podem
deixar de responder aos utentes e não podem dimensionar a sua estrutura. (Catarina Martins)
FRASE DO DIA (1244)
Interessa
que [Tânia Laranjo] é jornalista,
que fez uma piada evidentemente racista num espaço público com um dirigente
associativo e um deputado sobre o qual poderá escrever a qualquer momento.
CONCURSO DE ESTÍMULO AO EMPREGO CIENTÍFICO INDIVIDUAL
O
Bloco de Esquerda tomou conhecimento durante a manhã do dia 27 de Novembro de
2019, que os resultados do Concurso de Estímulo ao Emprego Científico estavam a
ser comunicados a todos os seus concorrentes. Tomou também conhecimento que a
taxa de aprovação se situa nos 8%. A confirmar-se este número, significa que
dos cerca de 3720 candidatos, apenas 300 obtiveram financiamento.
Perante
os resultados, o Bloco de Esquerda só pode manifestar a sua preocupação com uma
taxa de aprovação tão baixa que, com certeza, não coloca em causa a qualidade
dos candidatos mas sim o funil com que este tipo de avaliação é efetuado. O que
estes resultados demonstram não é uma Cultura de Excelência nem de promoção do
Mérito, o que estes resultados demonstram é sim uma Cultura de razia e falta de
investimento na Ciência, que tem atirado para o desemprego e para a emigração
forçada os quadros mais qualificados do país. É incomportável o Governo
continuar a anunciar medidas de apoio à qualificação quando despreza uma classe
profissional desta forma.
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
O BLOCO CHUMBA A ARQUITETURA DO NEGÓCIO DO LÍTIO
Lítio: “O Bloco
chumba a arquitetura deste negócio”. Será criada uma empresa pública? O
ministro mostrou desconforto com a actual lei que "obrigou" à
concessão a esta empresa. Então, para quando a alteração da lei? É a pergunta
que se impõe. (Nelson Peralta)
FRASE DO DIA (1243)
[Eliminar as reprovações] passa por políticas
sociais que combatam as desigualdades, que não por colocar ainda mais pressão
sobre professores desmotivados, mal pagos, expostos à indisciplina e à
violência que grassam nas escolas e escravizados por trabalho sem sentido e
normativos manicomiais.
Santana
Castilho, “Público”
ESTA COMISSÃO NÃO ENTUSIASMA NINGUÉM...
O que os
deputados em geral, e os socialistas em particular, fizeram foi lavar as mãos
das suas responsabilidades para uma mudança séria.
Foi um voto
triste de um Parlamento que tarda em assumir o seu lugar.
Deixo-vos a minha
intervenção hoje em plenário em nome da Esquerda Verde - GUE/NGL (José Gusmão)
PORTUGAL ENTRE OS QUE TÊM UMA PERCENTAGEM MAIS BAIXA DA POPULAÇÃO COM FORMAÇÃO SUPERIOR NA UE
In CM
Na União Europeia a 28, Portugal é o 3º país com uma percentagem mais baixa da população com formação superior. Apenas a Itália e a Roménia nos superam de forma negativa nesta área...
terça-feira, 26 de novembro de 2019
CATARINA MARTINS VISITA PERÍMETRO DE REGA DO MIRA
Esta
manhã estivemos no perímetro de rega do Mira em São Teotónio para chamar a
atenção para dois problemas: uma violação de direitos humanos e um problema
ambiental.
Não
haver limite para aumentar as estufas destrói a paisagem e o ecossistema, cria
problemas de uso excessivo da água e de saúde pública, pelo uso de pesticidas.
Nada
contra que a atividade económica se desenvolva. Mas este descontrolo em pleno
parque natural é inaceitável.
Depois
temos um enorme problema de direitos humanos. O Governo acaba de autorizar a
construção de contentores para alojar trabalhadores, aos 16 por contentor, como
se fossem um utensílio agrícola. Como se imigrantes não tivessem direito a
habitação digna, à intimidade e vida familiar. São neste momento 11 mil
trabalhadores imigrantes e o número pode quadruplicar. Estas pessoas têm de ser
tratadas com dignidade. Caso contrário estamos a criar uma fratura social como
nunca tivemos em Portugal. Um estado democrático não pode aceitar isto. O
Governo tem de revogar a resolução do conselho de ministros que autorizou isto.
Tem de garantir a integração de imigrantes nas comunidades e fortalecimento dos
serviços públicos.
Muitas
áreas do Alentejo que estavam despovoadas, têm hoje gente a viver, e escolas a
funcionar graças aos trabalhadores imigrantes. Ainda bem. Fortaleçam-se os
serviços públicos locais para que acompanhem o aumento da população. Combatam-se
os guetos e permita-se a estes trabalhadores uma vida digna nas comunidades alentejanas.
(Catarina Martins)
FRASE DO DIA (1242)
Segundo outra estimativa do FMI, a perda de receita fiscal
mundial associada à evasão das multinacionais é de 450 mil milhões de euros,
mais do dobro do PIB português.
É BOM QUE TODOS MEDITEMOS SOBRE ISTO
Curiosamente
ainda ninguém se tinha referido ao programa do “Chega” e há partes que são de
arrepiar. Se fossem aplicados atingiriam toda a população, incluindo as forças
de segurança e suas famílias. Há que meditar!
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
HOJE É O DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
Não aceitamos, não esquecemos, não ignoramos.
FRASE DO DIA (1241)
Que os CEOs americanos se tenham
dado conta da repulsa moral que algumas das suas práticas têm gerado e que
queiram fazer alguma coisa para lhes pôr fim é, por si só, motivo de regozijo.
Agostinho Pereira
de Miranda, “Público”
BLOQUISTAS NA MARCHA PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
"Deixa
passar, sou feminista e o mundo vou mudar", gritaram as ativistas do Bloco
na Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, em Lisboa!
domingo, 24 de novembro de 2019
EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NÃO PODE SIGNIFICAR O AUMENTO DA PRECARIEDADE
No debate
temático desta sexta-feira sobre a Transição Digital, o deputado José Soeiro
frisou que as novas tecnologias devem estar ao serviço das pessoas e não devem
ser usadas para impedir a desconexão dos trabalhadores após o fim da jornada
laboral ou para prolongar horas de trabalho.
novas tecnologias devem estar ao serviço das pessoas e não devem
ser
MAIS CITAÇÕES (57)
Coerência, essa foi a linha da sua vida.
Essa é a ética forte que faz de José Mário Branco um referencial do lado
esquerdo da nossa vida coletiva.
(…)
Foi um dissidente a tempo inteiro porque
esse sentido ético da política o fez detestar todos os tacticismos.
(…)
Esse sonho antigo – sonho de
fraternidade, de respeito pelo trabalho, de solidariedade sem fronteiras com os
de baixo – foi para José Mário Branco um guia e a sua vida foi um exercício de
coerência com ele.
Nesta coluna e no meu programa na SIC
fui adiantando que O Governo não devia estar a considerar mais do que 3 ou 4
euros de aumento para salários de mil euros, o que nunca chegaria à conta da
inflação.
(…)
Todos os governos presumem sempre que
podem fazer estas habilidades e que o eleitorado se esquecerá e voltará a
confiar da próxima vez.
(…)
Centeno está a dizer a todos, no público
e no privado, que não há direito a expetativa de salários justos, ou que, se
lhes falta o pão, comam brioches.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Há cargos [na área da saúde] em que essa
exclusividade deve se condição obrigatória, como o caso dos diretores de
serviço.
(…)
Com a exclusividade, devem ser criados
incentivos na remuneração, na progressão, nas horas para investigação e na organização
do tempo de trabalho.
(…)
Para atrair [profissionais da saúde]
para o serviço público é preciso criar um regime que dê melhores condições para
quem se queira dedicar a tempo inteiro e em exclusividade.
(…)
Hoje desperdiçam-se muitos recursos
porque não há um regime de exclusividade.
Moisés Ferreira,
“Expresso” (sem link)
Como a OCDE vem alertando, garantir a
coordenação entre crescimento de licenciados [em medicina] e formações
posteriores, conducentes à especialização, é nevrálgico.
Pedro Adão e
Silva, “Expresso” (sem link)
Resumir o agressor a vítima é tão
injusto como reduzi-lo a agressor.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
O que está em causa com o aparecimento
destes movimentos [inorgânicos] não é apenas o roer do equilíbrio democrático,
mas do Estado de Direito.
(…)
Porque muitas reivindicações dos
polícias têm razão de ser (…) mas não é razão alguns extremarem ameaças, a que
um oportunista se alcandora em corpo de triunfo.
(…)
Os populismos extremistas colhem resultados
quando colhem o modo de pensamento de gente de uma sociedade alienada ou
desesperada.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem
link)
Esta Convenção [sobre os
direitos das crianças] é o tratado de direitos humanos internacionais mais amplamente ratificado de sempre, assumindo um carácter universal que o torna num
importante instrumento legal.
(…)
Nem todas as crianças veem
os seus direitos assegurados e muitas delas apenas reconhecem direitos de
sobrevivência, associados à prestação de cuidados básicos e de desenvolvimento.
(…)
Neste contexto, é
fundamental desenvolver uma cultura de educação para os direitos.
Rute
Agulhas, “Público” (sem
link)
Na escola, local de
formação por excelência, assistimos igualmente à transformação dos mais jovens
em autênticos animais de competição.
(…)
Na rígida lógica dos
burocratas não cabe sequer pensar que os grandes problemas que enfrentamos
apenas podem ser defrontados colectivamente, não cabe sequer imaginar que o
mundo estará sempre mais perto do caos conforme a noção de comunidade se for
perdendo.
Micael Alves, “Público” (sem link)
TIRANDO LISBOA E PORTO, PORTIMÃO É O CONCELHO DO PAÍS ONDE HÁ MAIS PESSOAS A VIVEREM SEM TETO
In Revista "Expresso"
É óbvio que o poder autárquico tem largas culpas nesta situação que se vive em Portimão e o PS governou o concelho, quase sempre com maioria absoluta. É uma vergonha este triste pódio para Portimão.
sábado, 23 de novembro de 2019
CITAÇÕES
Será, no mínimo, difícil
acreditar que de um dia para o outro o seu [de Thierry Breton] foco deixará de
ser o das grandes corporações para passar a defender os interesses dos cidadãos
europeus.
(…)
Tendo em conta a sistemática violação do Estado de
direito e os ataques aos direitos humanos por parte do governo húngaro, é
difícil perceber como poderá ele [Olivér Várhelyi] assegurar que a democracia e
o respeito pelos direitos humanos não serão enfraquecidos na política de
vizinhança dos próximos anos.
Ontem no Parlamento, com
alguma previsibilidade, assistimos à tentativa de instrumentalização de uma
manifestação supostamente apartidária por elementos da extrema-direita e por um
deputado a soldo da sua agenda.
(…)
As reivindicações das
forças de segurança são indiscutíveis e escapa a qualquer ordem racional que
não tenham sido atendidas por sucessivos governos.
(…)
Mas depois da simbologia
associada ao "Movimento zero", percebemos que a maturidade das
reivindicações não acompanha a maturidade do movimento sindical.
(…)
Este mergulho às
profundezas aproxima-se do abismo e não há sinal-ok-de-mão que nos diga que
está tudo em segurança.
(…)
São mesmo forças policiais
a ostentarem simbologia inimiga do Estado de direito.
Sem contratação coletiva -
como hoje constatamos em Portugal - os salários não evoluem de forma
estabilizada, morrem as carreiras profissionais que tanta falta fazem, não são
reconhecidas e enquadradas as novas profissões, a saúde e segurança no trabalho
são secundarizadas.
(…)
Por outro lado,
especuladores ou gestores que destroem emprego para engordar acionistas são
mais valorizados que empresários que criam emprego.
(…)
Naturalmente, os
sindicatos são menos valorizados quando fica frágil o seu poder.
(…)
Os trabalhadores
continuarão a necessitar de se organizarem para assegurar direitos coletivos e
individuais.
O único partido que é um
travão ao Chega, é, imagine-se, o PCP, que é também o partido cujo eleitorado
mais é sugado pelo Chega.
(…)
Com o enfraquecimento do
PCP, cresce o Chega.
(…)
Houve um tempo em que as
reivindicações policiais e da GNR eram expressas por sindicatos e associações
de uma esquerda próxima do PCP e da CGTP, mas hoje a força dominante é o Movimento Zero.
(…)
Os polícias vêm dos mesmos
meios que hoje abandonam o Labour ou os democratas americanos, e sentem-se
a perder autoridade e estatuto que tinham quando ser polícia significava um upgrade nessas comunidades.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
A imagem de um Parlamento
sitiado é diminuidora da nossa democracia: num Estado de direito não devemos
ter medo das nossas forças de segurança.
(…)
Essa segurança que o país
tem não é dissociada da competência e do profissionalismo das nossas forças e
serviços de segurança.
(…[
Quando se conhece as condições de trabalho dos profissionais das forças e serviços de segurança,
percebemos as enormes dificuldades que enfrentam.
(…)
É legítima a pretensão de
aumento das pensões de reforma que levam quase uma década de congelamento.
(…)
A situação atual leva a um
sentimento de abandono e de desrespeito dos profissionais que é compreensível.
(…)
O terreno fértil para
estas ervas daninhas [leia-se infiltração de elementos da extrema-direita]
crescerem é o sentimento de abandono que existe.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
Passos capitaneou em
Portugal o monumental embuste de que a crise resultava dos portugueses viverem
acima das possibilidades, escondendo que tinha sido o sistema financeiro quem
com a sua ganância desmedida tinha provocado a crise.
(…)
De cima do seu mando e de
chicote na mão fustigou económica, social e moralmente a população trabalhadora
de Portugal.
(…)
Com Passos Coelho os que
eram pobres ficaram mais pobres. Muitos dos remediados ficaram pobres. A classe
média encolheu. Uma minoria ínfima ficou mais rica.
(…)
Porventura o que faz
alguns recordarem nostalgicamente Passos Coelho é a sua obstinação ideológica
em querer destruir o Estado social.
(…)
O legado de Passos foi
pobreza a rodos, servida com a veemência de alguém que se desumanizou.
Domingos
Lopes, “Público” (sem
link)
Relevante é a forma como
Ventura usa o marketing e
manipula a realidade. E como, para esse objectivo, os polícias são presa fácil.
(…)
As facturas provam
que há falta de coletes no país ou apenas que “dezenas de
polícias” — num universo de 45 mil — compraram um
colete diferente do que lhes é dado pelo Estado?
(…)
Em Portugal, no ano
passado, houve 13.981 participações de criminalidade
violenta, uma descida de 8,6% em relação a 2017 e de 42,5% em relação a
2008. Os crimes violentos são 4,2% de todos os
crimes.
(…)
Ventura sabe tudo isto,
mas estes números não lhe interessam. Fala dos coletes antibala para dar
nas vistas.
(…)
Em vez de
sabonetes, Ventura vende medo e polícias. É o que lhe
dá lucro.
Bárbara Reis, “Público” (sem link)
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
HÁ QUE REFORÇAR O COMBATE CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
O combate à Violência
Doméstica tem de continuar a ser prioridade nacional. É fundamental garantir
investimento para que 20 anos de políticas públicas façam sentido e sejam
eficazes.
“Estamos a perder o
combate contra a violência doméstica”.
A deputada Sandra Mestre
Cunha alertou para a urgência da criação do Observatório judicial de Violência
Doméstica, um recurso essencial para corrigir a falta de dados especialmente a
nível judicial, e reforço também a necessidade de ter a Rede de Habitação para
as vítimas implementada em mais autarquias.
FRASE DO DIA (1240)
Reconhecer a justeza das
reivindicações deve vir a par com o reconhecimento de algumas tentativas de
infiltração por elementos de extrema-direita, racistas e xenófobos, que não se
conformam com o respeito pelos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos.
Isso deve ser combatido sem tibiezas.
Pedro Filipe Soares,
“Público”
BOLÍVIA: CONTINUAM A SER ASSASSINADOS MANIFESTANTES ANTI GOLPE
Como resultado do
golpe de estado na Bolívia continuam a ser a ser assassinados manifestantes
anti golpe.
Raiva e indignação na Bolívia
pelos mortos durante a manifestação nas instalações de hidrocarbonetos de
Senkata.
TAMBÉM OS GOLPISTAS BOLIVIANOS FAZEM O SINAL DE "SUPREMACIA BRANCA"
Deputados golpistas bolivianos fazendo o mesmo sinal que os fascistas do Movimento Zero. O w e o p que fazem com a mão significa "white power" ou "supremacia branca".
Mesmo em Portugal já começa a ser preocupante principalmente por aparecer nas forças ditas da ordem. As organizações democráticas e o Governo não podem fingir que não entendem estes sinais de alarme.
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
FRASE DO DIA (1239)
O
PSOE não teve quaisquer razões para não fazer antes o que fez agora: abrir as
portas do governo a Pablo Iglésias e chegar a um acordo aceitável para todos.
Tanto tempo perdido.
23 NOV: ENCONTRO COM CATARINA MARTINS
Tal como já aqui foi referido, no dia 23 de Novembro, sábado, a coordenadora
nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, irá estar presente num
conjunto de atividades bloquistas no Algarve. Na parte da manhã irá ocorrer uma
arruada com visita aos Mercados de Olhão e durante a tarde haverá uma
Assembleia Distrital de aderentes.
Na parte da manhã, a visita aos mercados de
Olhão irá ocorrer por volta das 10:30h, começando a concentração pelas 10:00h
na sede do Bloco em Olhão e havendo uma arruada pelas ruas da cidade até aos
Mercados Municipais.
Todos são bem-vindos a esta iniciativa.
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
HONRA À MEMÓRIA DE JOSÉ MÁRIO BRENCO
"Num país de Varas, Zeinais, Loureiros, Sócrates, Granadeiros e Bataglias, resta-nos o consolo de saber que há Homens que recusam condecorações."
BLOCO EXIGE CONDIÇÕES DIGNAS PARA HOMENS E MULHERES DAS FORÇAS DE SEGURANÇA
Sandra Mestre defendeu que a "dignificação e valorização das forças e serviços de segurança começa precisamente pelo respeito dos direitos e por garantir condições de trabalho dignas entre estes homens e mulheres."
FRASE DO DIA (1238)
Defender,
perante crimes graves, a punição sem reintegração é tão estéril como defender a
reintegração sem a punição.
EM DEFESA DE UM REGIME DE EXCLUSIVIDADE PARA O SNS
Na declaração política de hoje,
o Bloco de Esquerda levou à Assembleia da República a proposta de criação de um
regime de exclusividade para o SNS. E, claro, o fim do despacho do Secretário
de Estado que proíbe a contratação de profissionais pelas instituições do SNS.
“É preciso que o Governo não
coloque um garrote ao SNS, impedindo-o de contratar os profissionais que são
necessários. para isso não pode vigorar nenhum despacho que pretende ignorar a
Lei de Bases e a lei de Reforço da Autonomia das Instituições.
É preciso criar um regime que
promova a exclusividade dos profissionais. Que retenha aquele que é o recurso
mais valioso do SNS. Que valorize quem se dedica a tempo inteiro ao serviço
público. Que permita captar profissionais para que os serviços não encerrem,
para que os tempos de espera não se perpetuem. Para que as populações tenham
melhores cuidados”. (Moisés Ferreira)
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