sábado, 23 de novembro de 2019

CITAÇÕES


Será, no mínimo, difícil acreditar que de um dia para o outro o seu [de Thierry Breton] foco deixará de ser o das grandes corporações para passar a defender os interesses dos cidadãos europeus.
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Tendo em conta a sistemática violação do Estado de direito e os ataques aos direitos humanos por parte do governo húngaro, é difícil perceber como poderá ele [Olivér Várhelyi] assegurar que a democracia e o respeito pelos direitos humanos não serão enfraquecidos na política de vizinhança dos próximos anos.

Ontem no Parlamento, com alguma previsibilidade, assistimos à tentativa de instrumentalização de uma manifestação supostamente apartidária por elementos da extrema-direita e por um deputado a soldo da sua agenda.
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As reivindicações das forças de segurança são indiscutíveis e escapa a qualquer ordem racional que não tenham sido atendidas por sucessivos governos.
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Mas depois da simbologia associada ao "Movimento zero", percebemos que a maturidade das reivindicações não acompanha a maturidade do movimento sindical.
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Este mergulho às profundezas aproxima-se do abismo e não há sinal-ok-de-mão que nos diga que está tudo em segurança.
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São mesmo forças policiais a ostentarem simbologia inimiga do Estado de direito.

Sem contratação coletiva - como hoje constatamos em Portugal - os salários não evoluem de forma estabilizada, morrem as carreiras profissionais que tanta falta fazem, não são reconhecidas e enquadradas as novas profissões, a saúde e segurança no trabalho são secundarizadas.
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Por outro lado, especuladores ou gestores que destroem emprego para engordar acionistas são mais valorizados que empresários que criam emprego.
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Naturalmente, os sindicatos são menos valorizados quando fica frágil o seu poder.
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Os trabalhadores continuarão a necessitar de se organizarem para assegurar direitos coletivos e individuais.

O único partido que é um travão ao Chega, é, imagine-se, o PCP, que é também o partido cujo eleitorado mais é sugado pelo Chega.
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Com o enfraquecimento do PCP, cresce o Chega.
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Houve um tempo em que as reivindicações policiais e da GNR eram expressas por sindicatos e associações de uma esquerda próxima do PCP e da CGTP, mas hoje a força dominante é o Movimento Zero.
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Os polícias vêm dos mesmos meios que hoje abandonam o Labour ou os democratas americanos, e sentem-se a perder autoridade e estatuto que tinham quando ser polícia significava um upgrade nessas comunidades.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

A imagem de um Parlamento sitiado é diminuidora da nossa democracia: num Estado de direito não devemos ter medo das nossas forças de segurança.
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Essa segurança que o país tem não é dissociada da competência e do profissionalismo das nossas forças e serviços de segurança.
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Quando se conhece as condições de trabalho dos profissionais das forças e serviços de segurança, percebemos as enormes dificuldades que enfrentam.
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É legítima a pretensão de aumento das pensões de reforma que levam quase uma década de congelamento.
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A situação atual leva a um sentimento de abandono e de desrespeito dos profissionais que é compreensível.
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O terreno fértil para estas ervas daninhas [leia-se infiltração de elementos da extrema-direita] crescerem é o sentimento de abandono que existe.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Passos capitaneou em Portugal o monumental embuste de que a crise resultava dos portugueses viverem acima das possibilidades, escondendo que tinha sido o sistema financeiro quem com a sua ganância desmedida tinha provocado a crise.
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De cima do seu mando e de chicote na mão fustigou económica, social e moralmente a população trabalhadora de Portugal.
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Com Passos Coelho os que eram pobres ficaram mais pobres. Muitos dos remediados ficaram pobres. A classe média encolheu. Uma minoria ínfima ficou mais rica.
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Porventura o que faz alguns recordarem nostalgicamente Passos Coelho é a sua obstinação ideológica em querer destruir o Estado social.
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O legado de Passos foi pobreza a rodos, servida com a veemência de alguém que se desumanizou.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

Relevante é a forma como Ventura usa o marketing e manipula a realidade. E como, para esse objectivo, os polícias são presa fácil.
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As facturas provam que há falta de coletes no país ou apenas que “dezenas de polícias” — num universo de 45 mil — compraram um colete diferente do que lhes é dado pelo Estado?
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Em Portugal, no ano passado, houve 13.981 participações de criminalidade violenta, uma descida de 8,6% em relação a 2017 e de 42,5% em relação a 2008. Os crimes violentos são 4,2% de todos os crimes. 
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Ventura sabe tudo isto, mas estes números não lhe interessam. Fala dos coletes antibala para dar nas vistas.
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Em vez de sabonetes, Ventura vende medo e polícias. É o que lhe dá lucro.
Bárbara Reis, “Público” (sem link)

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