Os episódios que precederam o anúncio
deste “investimento” [na Amazónia do grupo hoteleiro português Vila Galé] são
obscenos.
(…)
Como insistia a líder indígena Sónia
Guajajara por estes dias em Lisboa, 5% de indígenas protegem 80% da biodiversidade
do mundo.
(…)
[Destruir os territórios indígenas como
pretende fazer a Vila Galé na Amazónia] é um crime contra a Humanidade, que nos
envergonha a todos, que deve ser travado por todos os meios e ao qual não
podemos ficar indiferentes.
A garantia dos direitos comuns a todos é
acrescida de direitos específicos e de um em particular que dá sentido às
obrigações de discriminação positiva em favor das pessoas com deficiência: o
direito a uma vida independente.
(…)
Quando vos disserem que Portugal é um
país que cumpre os direitos humanos, lembrem-lhes os direitos das pessoas com
deficiência. O desconforto que isso causar é a prova do tanto que está por
fazer.
Às agressões já existentes, a presidência de Bolsonaro juntou políticas
claras tendo em vista o não cumprimento dos acordos internacionais sobre o
combate às alterações climáticas ou o respeito pelos direitos humanos.
(…)
O ataque às populações indígenas
contrasta com o apoio ao agronegócio e à destruição da floresta da Amazónia ou
das terras demarcadas para os povos indígenas.
O evento [Web Summit]
esgotou, mas esteve longe do fulgor e da novidade do passado.
(…)
[O Web Summit] dá [lucro]
e muito. Os lucros de Paddy Cosgrave aumentaram 16 vezes desde que começou a
realizar o evento em Portugal.
(…)
E se entre o Governo e a
Câmara de Lisboa a Web Summit custa 11 milhões de euros todos os anos, seria de
esperar pelo menos uma palavrinha exigindo um mínimo de respeito pelo trabalho
realizado.
(…)
É verdade que [o lucro com
o voluntariado na Web Summit] não seria pouco, contabiliza-se em quase um
milhão de euros o valor desse trabalho não pago.
(…)
A racionalidade mostra que
não devemos viver bem com esta exploração de trabalho gratuito.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem link)
É desconcertante que o
"pai-coragem" agora apoiado, se gabe de ter criado uma associação de
solidariedade ("Luz Branca") para ajudar "famílias
desfavorecidas só brancas" e "crianças só brancas".
Alguns planetas estão a
passar a planetas anões, caso do CDS.
(…)
Esta legislatura vai ser
decisiva para a sorte dos pequenos partidos.
(…)
A politização da gaguez
vem em pacote com o estilo e ameaça ocultar qualquer discurso racional, se ele
se tornar deliberadamente inaudível.
(…)
O Livre e a sua
representante parlamentar têm que ter consciência de que essa escolha [da
politização da gaguez] tem implicações políticas.
(…)
A tese da Iniciativa
Liberal de que “a pobreza de muitos é aquilo que segura o PS no poder” e que,
por isso, o PS não combate eficazmente uma força que o mantém no poder, é um
absurdo.
(…)
[A direita] não precisava
de procurar votos por si, o PSD dava-lhos para as políticas que precisava.
(…)
O Chega chegou e tornou-se
o polo de atracção populista que nunca existiu autonomamente desde o 25 de
Abril.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
O SMN pode ser atualizado ano a ano mas
essas atualizações devem inserir-se numa estratégia, onde não cabe mais a
estagnação salarial que ainda marcou a última legislatura.
(…)
O SNS [Serviço Nacional de Saúde] continua
a degradar-se perigosamente e a escola portuguesa debate-se com bloqueios em
vários patamares.
(…)
A política de rendimentos não é um exclusivo
da Concertação Social. O que ali (por direito) for discutido tem de ser
balizado pelo Governo e também pelo Parlamento.
(…)
Chegámos a esta situação [de escassez de
mão de obra] em resultado dos salários de miséria para a maioria de quem
trabalha, de enfraquecimento da negociação coletiva, no aumento do emprego num
quadro de enorme redução da população ativa decorrente da emigração.
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