sábado, 26 de setembro de 2020

CITAÇÕES

 
A Faculdade de Direito, segundo os jornais, conviveu tranquilamente com a existência de um programa e de uma cadeira de mestrado cuja frequência representa, nas palavras da presidente da Associação Portuguesa das Mulheres Juristas, “um ato de humilhação para qualquer estudante, que é violador da sua dignidade”.

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O relato do julgamento, que hoje se concluiu, é um hino ao machismo e a um certo país patriarcal, miseravelmente curvado aos “senhores doutores” e pronto a culpabilizar as vítimas.

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O professor de direito penal, de resto, parece ter querido fazer do julgamento uma tribuna semelhante àquela em que pretendeu transformar as suas aulas de direito penal.

José Soeiro, “Expresso”Diário

 

O que PS e PSD sinalizaram com esta lei [das petições] foi que a mobilização cívica que quer ter no parlamento um interlocutor é para eles um enfado, uma incomodidade.

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Esta tentativa de dificultar o debate de petições em plenário veio de par com a supressão dos debates quinzenais com o Primeiro Ministro e com a retirada do plenário de outros momentos importantes de debate político.

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O que fica desta rábula triste é o enfado do bloco central diante da vontade da gente que se mobiliza na expetativa de que o parlamento debata os seus problemas e as suas pretensões.

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Em vez de mostrar o apreço que a democracia tem que ter por quem a exerce, o bloco central mostrou aversão à iniciativa popular, nem misto de aristocracia e de tecnocracia.

José Manuel Pureza, “Diário as beiras”

 

A Convenção Nacional do Chega foi um fartote, ópera bufa de fim de semana inteiro.

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Ventura exigiu para outros o que não cumpriu - o uso de máscaras e o distanciamento físico pareciam indicados por Donald Trump ou Jair Bolsonaro.

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A intervenção policial mostra a sobranceria que imperava no congresso e dá conta da irresponsabilidade geral.

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O conteúdo [das moções apresentadas à votação] é tão educativo sobre o Chega que foi o próprio partido quem tratou de esconder estas pérolas, houve um apagão e já nada se encontra disponível para consulta.

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O sonho desses congressistas [do Chega] não é muito diferente do que vimos em regimes totalitários, não podemos mesmo baixar a guarda.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

A pouco mais de um mês das eleições presidenciais norte-americanas, o cuidado que Trump coloca na tentativa de se eternizar no poder é sintomático do que fará na noite eleitoral, caso as perca.

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Caso único. É o próprio poder que, antecipadamente, acusa o seu próprio sistema de fraude eleitoral, condicionando-o a um caso de derrota conveniente.

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Donald Trump, em caso de derrota, vai querer usar a violência nas ruas que agora semeia, autoriza ou menospreza.

Miguel Guedes, JN

 

O ato fundador da Intersindical foi genuinamente laboral. Há centrais sindicais, cuja legitimidade se respeita, que nasceram bem distantes desta génese.

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Conscientes da força do coletivo e da importância da unidade, os dirigentes dos 14 sindicatos que, a 11 de outubro, realizaram a primeira reunião (não era legal), tomaram em mãos essa agenda.

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E não é exagero dizer-se que a grandeza do 1.oºde Maio de 1974, organizado pela Intersindical, foi determinante para a transformação de um golpe militar progressista numa Revolução.

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Os sindicatos, indispensáveis à democracia, merecem o reconhecimento da sociedade pelo que fizeram e o apoio para as difíceis tarefas que têm de concretizar.

Carvalho da Silva, JN

 

Estes tempos de pandemia voltaram a colocar de novo a questão das praxes, que só a cobardia das instituições universitárias tem permitido sobreviver.

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Apetece dizer que há coisas boas que advêm de coisas más, e que a pandemia, ao levar as autoridades académicas a proibir com diferentes graus de rigor as actividades da praxe, são disso exemplo.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Em 2011, a Agência Internacional de Energia avisou que as infra-estruturas de combustíveis fósseis em funcionamento em 2017 já seriam suficientes para um aquecimento global de 2ºC até 2100.

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Toda a indústria petrolífera tem de ser desmantelada para que o planeta possa continuar a sustentar a civilização como a conhecemos e para travarmos a crise climática. Em causa está a sobrevivência da humanidade.

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Quem menos contribui para as alterações climáticas é quem mais sofre com as suas consequências.

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A crise climática é um resquício de séculos de colonialismo, escravidão e exploração.

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Ora, a indústria petrolífera é a continuação do colonialismo no Sul Global, tendo uma responsabilização directa na militarização das zonas indígenas e na expulsão das comunidades locais.

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É urgente destruir este sistema fóssil e extractivista em que vivemos. É preciso garantir reparações para com as comunidades e ecossistemas afectados.

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É mais importante do que nunca continuar a aumentar a onda de mobilização por Justiça Climática.

Bianca Castro, “Público” (sem link)


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