sábado, 19 de setembro de 2020

CITAÇÕES

 O movimento dos cuidadores informais fez um percurso notável e emocionante em muito pouco tempo. Rompeu a invisibilidade e chamou a atenção para o trabalho não remunerado dos cuidados.

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Com os avanços e as limitações que resultaram de uma relação de forças construída a pulso pelo movimento dos cuidadores, [a lei dos cuidadores informais] foi uma lei histórica.

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Só que a sua concretização ficou em larga medida dependente de políticas públicas que cabe ao Governo realizar. E aqui é que a porca tem torcido o rabo.

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Até 31 de agosto, apenas 1340 cuidadores tinham apresentado requerimento para obter o Estatuto. Destes, só 74 tinham sido deferidos e não mais que 32 estavam naquele momento a receber o subsídio de apoio.

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Para esta situação muito contribuirá alguma falta de informação e de contacto por parte dos serviços com os cuidadores.

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Mas a discrepância entre o número real de cuidadores, o número dos que requereram o Estatuto e o número dos que estão a beneficiar do apoio [resulta também de outros fatores].

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Não esquecemos nem desistimos.

José Soeiro, “Expresso”Diário

 

Foi com esta imagem [de um Cristo negro nos braços da mãe] que a Pontifícia Academia para a Vida, um órgão do Vaticano, tomou posição na luta contra o racismo. Ainda bem. 

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A simbologia deste quadro bíblico é imensa, tanto para crentes como para não crentes.

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Para os crentes, a Piedade mostra Maria como a mãe universal, a quem todos podem recorrer e que todos acolhe em seus braços.

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A novidade da fotomontagem recentemente publicada pela Pontifícia Academia para a Vida é ser uma tripla mensagem contra o racismo e a xenofobia.

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No momento em que o movimento Black Lives Matter deu ao combate ao racismo uma enorme visibilidade há aqui uma tomada de posição inequívoca.

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[A divulgação da imagem] não consente perante a vergonha de Moria e o desastre das política migratórias da U.E..  

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A apresentação de Cristo como um homem negro é um marco na visibilidade que a Igreja Católica dá a pessoas de grupos que sempre foram sub-representados, exibidos como subalternos, historicamente oprimidos.

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No entanto, rapidamente se ouviram gritos de “blasfémia”. Os setores conservadores e reacionários da Igreja Católica, com particular ênfase nos EUA, reagiram violentamente.

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A indignação não é pela liberdade artística, é pelo ataque às raízes profundas de onde emana o racismo e o ódio. Não nos enganam. 

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As tomadas de posição do Vaticano (…) parecem indiciar que se quer escrever uma nova página, o que se saúda.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Reconhece-se que o trabalho é central na sociedade, mas não se promove a sua dignificação e valorização.

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As turbulências e impactos imediatos da pandemia estão a ser aproveitados para justificar despedimentos, em muitos casos de forma oportunista.

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O princípio da conciliação do trabalho com a vida familiar e pessoal deve ser salvaguardado.

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Quando os sindicatos são esquecidos, desvalorizados, marginalizados na elaboração da legislação laboral e lhes é diminuído o direito à negociação coletiva, a sociedade toda perde o contributo de competências e poderes estruturais e institucionais determinantes

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Em todo este processo [do Plano de Recuperação Económica] os sindicatos não podem deixar de ser chamados a participar e têm de preparar-se para isso.

Carvalho da Silva, JN

 

Depois do episódio do "off" sobre os médicos de Reguengos (justo ou injusto, uma insólita "punhalada"), já a presença [de António Costa] na lista de honra de apoio à recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica é muito mais do que um erro político grosseiro e infantil.

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António Costa não estava só obrigado a um princípio de prudência. Estava obrigado a um princípio de vergonha.

Miguel Guedes, JN

 

Mais do que nunca, temos que ter uma conversação rigorosa, dura, intransigente, mesmo impiedosa, sobre a corrupção.

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Nada mais fragiliza a democracia nos dias de hoje do que a corrupção num debate público envenenado pelas redes sociais.

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O que aconteceu é que toda esta gente [suspeita de corrupção] se encontrou uma ou mil vezes perante uma tentação a que não resistiu, ou que acolheu de braços tão abertos, que nem chega a ser tentação.

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A fila enorme de gente importante que foi lá buscar o seu quinhão, que mostra que não é um problema de meia dúzia de corruptos, mas do “meio” que facilita o crime, ou seja, é estrutural e não conjuntural.

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Hoje isto é dinamite para a democracia.

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Os populistas usam a corrupção para atacar a democracia divulgando o mito de que regimes de ditadura como o de Salazar-Caetano não tinham corrupção.

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O problema da corrupção (…) vem da sociedade.

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O problema é que os promíscuos não estão sozinhos, porque, se se pensa que o alarido populista significa verdadeira recusa deste tipo de actos, estão bem enganados.

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Já viram alguma especial indignação com a corrupção nos grandes clubes quando não é o “nosso”?

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O populismo é contraproducente para combater a corrupção; pelo contrário, até a reforça.

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[Combater a corrupção] é também dar o exemplo de que não se mistura “honra” com mundos muito pouco honrados.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

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