sábado, 14 de novembro de 2020

CITAÇÕES

 
Milhares de homens e mulheres resistiram durante esse longo inverno, entregaram a vida à luta pela liberdade enquanto sonhavam com a democracia, e os capitães de abril fizeram raiar o sol desse dia inteiro e limpo.

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Por grandes que fossem as diferenças entre os partidos democráticos - e elas eram bem visíveis - o cordão sanitário instaurado defendia a Constituição e a Democracia e era mais importante do que as comezinhas lutas pelo poder.

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A direita, com as lideranças históricas de Francisco Sá Carneiro, Diogo Freitas do Amaral e Gonçalo Ribeiro Telles (…), rejeitaram sempre reconhecer a legitimidade democrática dos partidos, movimentos ou personalidades da extrema-direita.

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A decisão do PSD abriu um debate que tem roçado o absurdo, baseando-se na revisão histórica para impor opiniões maniqueístas, o campeonato do relativismo e a discussão dos males menores.

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[Morais Sarmento] compara propostas de ódio racial à defesa de serviços públicos, a estigmatização de minorias com alterações ao código laboral - é uma retórica abjeta.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Está na hora de assumir que a Ciência precisa de financiamento a sério.

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Há hoje uma massa crítica sustentada e com trabalho realizado na área da Investigação em Portugal que não conhece reconhecimento neste modelo de financiamento.

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Não é aplicando a política do funil [na área de Investigação] que se garante o famigerado mérito e qualidade de excelência. 

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Ninguém, por mais longe que esteja politicamente do PSD, pode conceber que este partido tenha resolvido romper a cerca sanitária com o fascismo, a xenofobia, o racismo ou a misoginia.

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Há países europeus onde o centro-direita resiste (há décadas!) a alianças com uma extrema-direita que vale quase 20%.

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Deputados do PSD saem da toca para defender que o CH não é racista nem xenófobo.

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Ventura e Rio usam o Twitter em simultâneo como se fossem gémeos separados à nascença, brincando com o fascismo à boa maneira de Trump e Bolsonaro. 

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Morais Sarmento cria "fake news", afirmando que o BE não condena a Coreia do Norte.

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A normalização do fascismo, acreditando que se pode moderar pelo contacto e tornar pequenino, é como acreditar que há carne boa que se possa comer numa ratazana.

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Basta ver quem "frequenta" o CH.

Miguel Guedes, JN

 

Sem dúvida, estamos perante grandes mudanças no mundo do trabalho, contudo nem sempre é fácil distinguir as velharias daquilo que de facto é novo.

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Os países não podem dispensar sistemas de regulamentação de trabalho justos, ancorados no Direito do Trabalho e em princípios éticos. 

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Há hoje centenas de milhões de trabalhadores a quem não é dada uma oportunidade.

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Grande parte do emprego dos computadores é emprego com saída, todavia está a propiciar pouco futuro e está longe de ser trabalho digno.

Carvalho da Silva, JN

 

Esta comparação [do CH com BE e PCP] não tem qualquer fundamento nem factual, nem social nem histórico nem de ciência política, faz parte apenas de uma narrativa política autojustificatória para 2020.

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Para nos colocarmos em 2020 e não em 1917, ou em 1933, ou em 1975, façamos uma distinção entre a tradição e o programa genético dos partidos e aquilo que é hoje o seu “programa activo”. 

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O “programa activo” é (…) a identidade prática do partido.

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Não vemos nem o PCP nem o BE preparar-se para a revolução, inevitavelmente armada e violenta.

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Nem o PCP nem o BE, cuja composição agrupa várias tradições esquerdistas, do maoísmo ao trotskismo, e que têm génese no leninismo organizacional, o fazem. 

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O tempo conta para o “programa activo” porque ele condiciona hábitos, práticas organizacionais, recrutamentos, processos, culturas. E isso muda quase tudo.

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[O “programa activo” do CH] é claramente racista, xenófobo, violador dos direitos humanos e antidemocrático.

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Corrupção e pedofilia são um par no discurso do Chega, mas as faces que são apresentadas nos cartazes são apenas de políticos, excluindo qualquer referência, quer a empresários ou a banqueiros, no caso da corrupção.

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Esta obsessão com a pedofilia e com a castração é reveladora, porque no discurso do crime e da ordem, que é vital no Chega, não são todos os crimes que contam.

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Na verdade, nem é o crime nem a injustiça nem a pedofilia nem a corrupção que contam, mas a sua correlação com a política democrática.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

Talvez por não ser novidade continuamos a comprar produtos, baratos, a marcas de confecção cujos alicerces vivem alicerçados, perdoem-me o pleonasmo, na exploração laboral, baixos salários, trabalho infantil.

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Na fábrica da Mango em Dihuali, na Birmânia, os trabalhadores tiveram a peregrina ideia, para não dizer desfaçatez, de exigir água potável. A reacção não se fez esperar: 738 trabalhadores foram despedidos.

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Em 2019, a Mango teve um lucro de 41 milhões de euros e um recorde de vendas.

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No mundo inteiro, apenas 2% dos trabalhadores da indústria têxtil têm salários condignos.

João André Costa, “Público” (sem link)

 

Sai Trump, mas ficou demonstrada a disponibilidade de quase 70 milhões de eleitores para serem condescendentes com atropelos à democracia e no apoio a propostas de governo entre o superficial, o inaplicável e o bizarro.

Teresa Teixeira Lopo, “Público” (sem link)

 

O último quinquénio (2016-2020), no que às florestas e à actividade silvícola respeita, tem sido um verdadeiro desastre. 

Paulo Pimenta de Castro, “Público” (sem link)


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