Tal como o Português e o Mirandês, a Língua Gestual Portuguesa é uma
língua, um sistema de representação constituído por palavras e por regras,
usado como principal meio de comunicação e de expressão de uma comunidade.
As pessoas Surdas têm o direito de estar integradas na sociedade
portuguesa, mas continuam a enfrentar obstáculos diários. Nos serviços públicos
não há intérpretes de Língua Gestual, muito menos nos serviços privados. Embora
parte da comunidade Surda consiga fazer leitura labial, nem isso é possível, no
momento em que vivemos, com o uso das máscaras.
É urgente mais intérpretes nos serviços públicos, nas escolas,
universidades, hospitais, centros de saúde e serviços sociais. É também
necessário o ensino da Língua Gestual Portuguesa, pelo menos o nível básico, às
pessoas ouvintes. Se aprendemos o espanhol, o inglês, o alemão, o francês...
Porque não poderemos aprender também a LGP, falada por tantas e tantos
portugueses? As escolas bilingues, em Portugal, são muito poucas. Mas as
pessoas Surdas são muitas dezenas de milhares.
Acreditamos num mundo mais justo, mais igual, onde a LGP também tenha
espaço para existir na escola, no trabalho e no lazer.
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