domingo, 15 de novembro de 2020

MAIS CITAÇÕES (107)

 
O que ele [Trump] nos garante é que um novo modo de política se instalou no mundo ou, melhor, se reinventou no tempo da hipercomunicação.

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O discurso supremacista branco e a violência racial vão continuar a ser um trunfo importante para a extrema-direita trumpista. Tem povo e tem ódio suficiente para fazer uma agenda.

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Nas eleições de 2016, os operários brancos votaram no republicano por uma diferença de 40 pontos percentuais, que agora diminuiu.

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O resultado da Geór­gia é o que mais assusta os republicanos, porque os ameaça num dos Estados em que tinham supremacia histórica e mostra como a demografia do Sul tem mudado.

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Mas a diferença essencial está no sucesso da campanha de inscrição no recenseamento eleitoral, que levou 800 mil pessoas, sobretudo negros, a registarem-se .

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A necropolítica, que é uma das raízes da história secular dos Estados Unidos e que se exprimiu no passado pela escravatura e depois pelas leis discriminatórias, revive agora sob o legado de Trump. 

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Para proteger essa escolha [do CH], Rio veio explicar que ocorreu o ansiado milagre da moderação de Ventura. 

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[Rio] concorda com o objetivo de reduzir o apoio aos pobres por via do RSI (para metade, diz o Chega).

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Se se perguntar se há um estudo que diga que essas pessoas recebem o que não deviam, ou se o PSD tem ideia de como criar dez mil empregos açorianos num ano, a resposta é o silêncio.

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Em 2019 havia nos Açores uma taxa de desemprego superior à média do país (7,9% para 6,5%). 

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Assim, a privação material severa, a pobreza extrema, atingia 13,1% da população, quando a média nacional era de 5,6%. Das 32 mil pessoas pobres, somente dois terços recebiam o RSI, cerca de 21 mil. 

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Parece que o objetivo do governo das direitas e extrema-direita é retirar esse pequeno apoio (a média do RSI é de 120 euros) a dez mil pessoas.

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A explicação é que convinha anunciar esta crueldade contra os pobres. 

Francisco Louçã, “Expresso” (sem link)

 

Na saúde, os hospitais entram em triagem e o número de mortos vai derrubando o mito da comparação com a gripe. 

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Na economia, a recessão aprofunda-se em falências, desemprego e pobreza.

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O Estado vai ter mais recessão, mais défice e mais dívida, mas tem de largar mais dinheiro sobre a saúde, Segurança Social e economia. 

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Não é profecia, é leitura: à fezada do confinamento suave impôs-se a realidade dura. 

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O défice deste ano nem sequer vem especialmente do aumento da despesa, mas da perda das receitas e da contração do PIB.

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Em vários países, a ansiedade vai-se transformando em agressividade, e esta em focos de violência ante a sedução de partidos populistas que culpam um “outro” qualquer.

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É preciso que o Estado português invista mais no futuro e gaste mais no presente. 

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

A pressa [do PSD em chegar a acordo com o CH] foi péssima conselheira e, no que é essencial, foi condenável do ponto de vista dos princípios.

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De outras paragens, sabemos o que acontece quando por oportunismo os partidos moderados acolhem extremistas: são contagiados, os termos do debate no espaço público degradam-se e as democracias empobrecem. 

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[Rio] esquece que estamos, pela primeira vez, face a uma representação parlamentar que questiona o consenso constitucional fundador do regime. 

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O Chega questiona o Humanismo que é o nosso chão comum. 

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Já era tempo de termos aprendido que o vírus do autoritarismo não regressa sempre de botas cardadas.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

Desejando que Ventura se converta ao racismo moderado, Rui Rio alegrou-se por o Chega não ter exigido “compromissos fascistas”.

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[Foi na Andaluzia] onde um acordo do PP [espanhol] com o Vox foi a rampa de lançamento para a extrema-direita se afirmar como aceitável e não mais parar de crescer. 

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O Chega entrou pela porta grande a que há muito batia.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

[A Alemanha] transformou os campos de concentração do regime nazi em extraordinários centros de memória e documentação, que os jovens visitam obrigatoriamente com as suas escolas, para que ninguém possa dizer que não sabe o que ali aconteceu.

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[A cidade de Nuremberga decidiu que] vai restaurá-lo [ o Parque Zepellin, local emblemático do nazismo] para que se junte a todos os outros locais que contam o horror nazi, na esperança de que o conhecimento trazido por estes espaços seja suficiente para que ninguém queira ver repetido o que ali se passou.

Patrícia Carvalho, “Público” (sem link)


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