domingo, 6 de dezembro de 2020

MAIS CITAÇÕES (109)

 
[Este ano a queda do PIB mundial (4%)] ultrapassará a da recessão de 2009 e será a maior desde o fim da Segunda Guerra.

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O ano próximo, quando quer que as vacinas comecem a alcançar a maioria da população, será de desemprego e falta de procura agregada.

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A queda de receita de IVA e outros impostos pode alcançar os 10 a 20%, segundo as projeções das instituições internacionais, e em 2021 ficaremos longe do nível do produto de 2019. 

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Vai ser preciso contrair dívida, beneficiando dos juros negativos. O que o orçamento não pode é ser curto. 

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Não haverá uma segunda oportunidade para responder a tempo aos problemas sociais imediatos.

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Se alguém ainda tem dúvidas sobre esta anomalia [da euforia bolsista], é melhor tomar atenção: a bolha concentra-se nas empresas que fizeram e farão grandes lucros.

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As bolsas estão intoxicadas com boas notícias e assim vão continuar.

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Ora, a euforia é ignorante. Na incerteza atual, já se registam três a dez vezes mais incumprimentos de hipotecas, o que pesa nos balanços dos bancos, e o efeito de arrastamento em 2021 será maior. 

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Os restaurantes e o turismo vão reduzir-se por muito tempo. Por isso, haverá setores que não recuperam com a vacina.

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A prioridade é recuperar a procura que salva empregos.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O assassinato de George Floyd, que espalhou indignação pelo mundo, não tem a gravidade do que se passou com Ihor Homeniuk no aeroporto de Lisboa, em meados de março.

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O insulto já não é o silêncio. Nem é a insensibilidade perante a família de Ihor. É Cristina Gatões ainda ser diretora do SEF. 

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Com imigrantes isolados do mundo e sem intérpretes, o Centro de Instalação Temporária (CIT) do aeroporto seria, segundo uma testemunha, um lugar de ameaças, pancada e medo. 

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Quando chegou ao cargo, em janeiro de 2019, [Cristina Gatões] já tinha ouvido a provedora de Justiça chamar ao CIT de Lisboa “terra de ninguém”, um universo mais impenetrável do que as prisões.

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Ela própria fora inspetora no aeroporto. Por isso, Cristina Gatões é politicamente responsável por o que aconteceu a Ihor Homeniuk. 

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Cada dia que passa com a diretora do SEF no lugar é mais um dia que o ministro que a mantém assume para si a culpa.

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Cada dia que passa sem que o ministro nada faça é um dia em que o primeiro-ministro assume para si a culpa. 

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Depois de oito meses sem que a diretora do SEF se demitisse ou fosse demitida, é o ministro que está a mais.

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

As portagens nas SCUT são a maior prática anticompetitiva que nos foi imposta.

Luís Veiga, “Expresso” (sem link)

 

Esse mundo é na sua quinta-essência o de uma forma vil de covardia, porque só o anonimato e a desresponsabilização explicam porque é que gente mesquinha, escondida no canto do seu telemóvel ou computador, faz do insulto, da intriga, da mentira e do ódio um passatempo quotidiano.

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O que deveria acontecer é que o que é lei cá fora devia ser lei lá dentro [das redes sociais], e isto é um crime.

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Aqueles programas [como o da Cristina] representam muitas vezes um papel perverso que têm mais relação com o mundo do ódio nas redes sociais do que se pensa.

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A promiscuidade de que muitas vezes esses programas se alimentam acaba mais cedo ou mais tarde por limitar a liberdade de quem não traça uma linha muito firme entre o público e o privado.

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Sempre existiu esta indústria do vilipêndio e agora vê-se mais? É verdade que sempre existiu e que agora se vê mais, mas também é verdade que agora é mais, mais descarado, mais vergonhoso.

Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

 

O aparvalhamento do mundo é um facto confirmado, embora, eventualmente, ainda não consumado.

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Catástrofe ou não, mais meteorito, menos meteorito, o certo é que ao aparvalhamento ninguém escapa, embora Trump e Bolsonaro tenham claramente abusado.

Ana Cristina Leonardo, “Público” (sem link)

 

Os processos históricos de mudança não são conseguidos por este ou aquele líder, mas pela força do colectivo.

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São as massas que ajudam a mudar o mundo e, sem elas, os líderes de esquerda bem podem clamar as suas vias para transformar o futuro que elas continuarão intransitáveis por falta de seguidores.

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A chegada [de Lula] ao poder e os seus dois mandatos na chefia do Estado representaram uma autêntica revolução num dos países mais desiguais e racistas do mundo. 

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O tempo de Lula passou e quanto mais tempo o PT continuar preso por essa âncora do passado, mais tempo levará a sua travessia do deserto.

António Rodrigues, “Público” (sem link)


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