sábado, 10 de julho de 2021

CITAÇÕES

 
Um estudo revelou esta semana que o número de pessoas sem médico de família voltou a passar o milhão, o que não acontecia desde há cinco anos. 

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O Governo eleito em 2015 tinha assegurado que haveria médico de família para cada pessoa sem falta até 2017.

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Nunca terá havido menos do que 700 mil pessoas sem médico de família e agora a situação piorou.

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Entre março do ano passado e fevereiro de 2021, o número de consultas médicas presenciais nos centros de saúde terá diminuído em 46%, ou menos nove milhões de consultas.

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Mas o desinteresse dos governos pelas condições estruturais do SNS agravaram uma fragilidade fundamental, que agora derrapou para números pesados.

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Os incentivos e a carreira assegurada a estes profissionais [médicos] de há muito que não correspondem às necessidades do SNS.

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É na gestão das capacidades profissionais que se revela a maior falha dos ministérios da Saúde.

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Todo o ano de 2020, quando foram precisos mais profissionais para enfrentar o fluxo de doentes covid, foi um desastre, deixou-se andar.

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Até maio já perdemos mais 400 médicos, tanto para a aposentação como para o privado. 

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As promessas de novos concursos são entretenimento político.

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[Há que] ir buscar médicos ao privado, oferecendo boas condições profissionais e criando carreiras com exclusividade que sejam a base do SNS.

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[Apesar dos milhões que estão a caminho] o Governo anunciou que a decisão sobre exclusividade é adiada.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

[A OCDE, em recente relatório], releva a importância daquelas [micro, pequenas e médias] empresas no contexto das respostas aos impactos da pandemia, diz-nos que Portugal foi o segundo país da Zona Euro que menos gastou a apoiá-las.

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Basta consultar o relatório da OCDE para constatar que os pardais não tiveram direito ao milho que lhes devia pertencer e que é preciso cuidar deles bem melhor.

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A falta de atenção às pequenas empresas provocaria um doloroso aumento do desemprego.

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Segundo o referido relatório, o amplo e diferenciado conjunto das empresas que vai das micro até às médias representa, no geral dos países da OCDE, cerca de 99% do total das empresas. 

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Em vez de políticas laborais e de formação que articulem responsabilidades individuais e coletivas, prega-se e impõe-se o "faz-te à vida e sê empreendedor".

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A microestrutura e os meios limitados das pequeninas empresas dificultam-lhes o acesso a programas de apoio e à operacionalização de procedimentos junto das instituições com que têm de lidar. 

Carvalho da Silva, JN

 

A importância das CPI (…) cresceu na medida em que tornou visível a soberba do discurso dos visados, a sua arrogância, o comportamento de enguia ou de desvalorização intrínseca de qualquer trafulhice ou esquema montado para lesar o Estado, beneficiar os próprios ou terceiros.

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Joe Berardo, LFV e tantos outros transportaram a identidade para as CPI, deram-nos o que são, tal como são, descarregaram toda a sua impunidade para português ver. Como intocáveis que julgavam ser, incriminaram-se publicamente.

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A detenção do presidente do Benfica na "Operação Cartão Vermelho" é um real alerta de prevenção geral com efeito dissuasor.

Miguel Guedes, JN

 

A queda do banco do regime (ou seria este o regime do banco?) levou à queda das cartas, marcadas no baralho dos esquemas financeiros, dos negócios de favor, da cortina de fumo que os amores clubísticos ajudaram a manter.

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Berardo não era um estranho no sistema, ele foi sua criação.

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E nem a fanfarronice lhe é unicamente imputável, muitos outros acharam que podiam viver acima (e em cima) das nossas possibilidades.

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O empreendedor [LFV], afinal, era um reestruturador encartado que passou as últimas décadas fugindo ao crédito malparado através de benevolentes reestruturações de dívidas.

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Quando já não dava para fintar a conta e a fatura chegou à mesa, foi ao Estado que vieram pedir a solução.

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E é ver a lista de governantes, políticos, destacados membros da sociedade que, a cada candidatura, se acotovelavam para colocar o seu nome na lista de apoiantes de Vieira para o Benfica.

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Nem falo dos deputados que privavam diretamente com Luís Filipe Vieira – com outro qualquer, André Ventura já teria esgotado a palavra “Vergonha!”

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Vieira também é fruto de um sistema que lhe permitiu prosperar, mesmo arruinando negócio atrás de negócio.

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Hoje está exposta ao ridículo a lengalenga que nos foi vendida: A meritocracia é, tão só, o acesso fácil a decisores.

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As recentes detenções não foram das maçãs podres que colocam em causa a qualidade do cesto, são as peças de fruta que deixaram cair para tentar manter o resto do cesto intocado.

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Para não repetirmos os mesmos erros, temos de levar até ao fim o combate a este sistema de “gangsterismo” financeiro – este é o grande desafio.

Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

 

Este fim-de-semana as temperaturas chegarão aos 40ºC em vários locais do país, havendo até previsões internacionais de serem atingidos os 45ºC em alguns lugares.

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António Costa é actualmente o responsável máximo pelo estado de degradação florestal em Portugal.

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Para salvar o capitalismo, governos e empresas provocam deliberadamente a continuação e até o aumento de emissões de gases com efeito de estufa em vez de cortar as emissões a meio até 2030.

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Esta temperatura elevada articular-se-á com o estado cada vez mais deplorável do território nacional em termos de ordenamento e, claro, da disseminação massiva de árvores altamente combustíveis.

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Poderia dizer-se que é um fenómeno natural, este novo regime de incêndios, mas é uma construção deliberada.

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Os governos que apoiam e sustentam estas empresas [fósseis e de celuloses] são tão ou mais responsáveis do que elas.

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Este governo e o que o precedeu são responsáveis por, após o desastre de 2017, terem feito aproximadamente nada.

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As zonas que arderam em 2017 têm hoje uma carga combustível ainda maior, com o eucaliptal a rebentar em força nas áreas em que ardeu.

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A aliança celuloses-Governo já decidiu que Portugal pode arder.

João Camargo, “Público” (sem link)


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